- AFRODITE -
-- Porque eu sinto que a senhora está me escondendo algo ? - comento com a boca cheia da sopa sem sal - E não fala que é paranoia da minha cabeça , porque não é - engulo sentindo o incômodo na minha garganta , mas nada que o tempo não melhore.
A dona velha me olha com deboche e ignora enchendo mais uma colher trazendo o aviãozinho pra minha boca e eu como uma boa garota as vezes recebo de bom grado.
Estou preocupada com meu homem , pai , amigo e agora minha amiga que saiu dizendo que voltava logo .
Isso tem quase 48 hrs e ela nem atender o celular atende .
Me pergunto se algo grave aconteceu com um deles e estão me escondendo , achando que é o certo a se fazer.
Helena - Não fica pensando muito nisso não. Vai fazer mal pros bebês - ela tosse limpando a garganta - Esses que você adquiriu enquanto sentava pro chefe sem ninguém saber - alfineta.
Eu sorrio da sua expressão.
Essa rádio favela está revoltada que não ficou sabendo antes de todo mundo sobre mim e o Russo.
Vê se pode .
O celular dela toca dentro da mala em forma de bolsa e se afastando ela pega fazendo uma careta pra tela antes de atender .
Helena - O que é ? - incorpora dona Herminia - Lembrou que tem avó e que deixou essa velha num hospital igual formigueiro de tanta polícia ? - reclama.
A última parte é verdade.
Fiquei sabendo meio por alto que um deles matou a recepcionista , por isso o hospital está cheio .
Tão investigando.
O diretor está me escondendo no quarto mais chique do hospital , no último andar , o cú está que não passa nem sinal de wi-fi por causa das ameaças que a Brenda fez pra ele caso algo acontecesse comigo.
De novo , né.
Quem diria , a Brendinha se tornando violenta.
Acho que é a convivência .
Helena - Ah mais eu vou sim , não sou baú - a risada escandalosa dela me faz franzir o cenho , lá vem fofoca - Não deixa não , puta velha ... - ela fica séria do nada - Oi , vou passar pra ela , calma ai - me estende o celular fazendo cara de tédio.
-- É a Brenda ? - pergunto trazendo o aparelho lentamente pro meu ouvido - Eim , tia Helena ? - minha velha me ignora mais uma vez e pega o prato vazio e um maço de cigarro indo pra fora do quarto , fumar no corredor porque ela acha que o hospital é dela - Mas tá muito abusada mermo essa velha surda - brinco - Precisando levar tapa no bumbum ...
Sou interrompida.
--
- Você também , minha pretinha . Uns tapas bem forte nessa bunda gostosa por ficar me escondendo os bagulho .
Sorrio toda besta ao reconhecer a voz.
-- Oi , Bóris . Lembrou de mim ?
- E quando é que eu te esqueço, feiticeira? Tú não sai da minha mente , nunca.
-- Não sei , me diga você. - pergunto com a voz suave , chegando a ser sexy.
Ouço ele grunhir e em seguida respirar fundo .
- Vamo voltar que o assunto é sério. E tua voz tá me deixando duro .
Sorrio , consegui o que eu queria.
-- Tá sozinho ?
- Afrodite... Sua filha da puta . Não me provoca .
-- Eim ? - continuo com o mesmo tom .
Imagino qual seja o assunto sobre o qual ele quer conversar , mas não quero falar com ele sobre isso . Na verdade com ninguém.
Não agora que está tão recente.
- Tô , sua feiticeira . Continua falando, me instiga já que é isso que tú queria.
-- Tá sentado ? - ele resmunga , confirmado - Deslizando sua mão sobre o pau comprido e grosso que eu tanto amo ? - provoco sentindo minha buceta pulsar , mais uma vez ele confirma.
Que os anjos safados me ajudem e impeçam que a dona velha entre agora.
-- Imagina que eu esteja no meio das suas pernas , com a língua pra fora só esperando pra ganhar meu leitinho . Imaginou ?
- Porra - geme - O tempo todo minha pretinha.
Sem controlar eu desço com minha outra mão pro meio das minhas pernas , meu olhar se travando na porta .
-- O que mais você imagina ? - gemo quando meus dedos desajeitados tocam meu clitóris por cima do tecido da calcinha de algodão .
- Você... Deslizando sua língua sobre a cabecinha melada - fecho meus olhos imaginando , chego a sentir o gosto do líquido agridoce na boca , tô com tanta saudade dele - Subindo e descendo no meu pau lentamente com a tua buceta apertadinha ... - meu coração acelera , respiração começa a falhar quando eu intensifico a fricção sobre meu botãozinho de prazer .
-- Eu sinto... - gemo sem me importar com quem pode ou não ouvir - Cada parte dele pulsando quando você soca lentinho - o calor no meu estômago desce pro meio das minhas pernas - Quando suga meu peito , apertando meu corpo com o seu ... - ele urra do outro lado e sei que chegou lá, seu gemido sai arrastado impulsionando o meu - Enquanto enche minha bucetinha de leite .
Eu trinco o maxilar tentando conter quando aperto de uma vez meu grelinho , a explosão acontece e eu gozo chamando seu nome desse vez.
Baixinho só pra ele ouvir .
Minhas vistas escurecem , meu corpo todo treme , ficando tenso logo depois de relaxar ao sentir uma dor forte irradiar por todo ele.
E agora eu vejo , sinto que não foi uma boa idéia eu me masturbar tão ferozmente.
- Pretinha ? - a voz ofegante chama com um tom preculpado, eu gemo de dor com o olhos fechados - Porra . Tá bem ?
Sua voz soa distante , misturada com mais outras três que eu não sei de onde vem e eu tento me concentrar nela .
- Fala comigo , Afrodite . - respiro ofegante - Caralho , eu tô indo prai.
A frase me faz tirar força da onde não tinha .
-- Não vem não, por favor , não vem .
Ouço sua respiração ser solta com força.
- Graças a Deus... Tá sentindo o que ?
-- Eu tô bem , estava só me recuperando. - minto , tudo dói intensamente e nesse momento eu sinto as lágrimas quentes descerem pelo meu rosto.
- Afrodite , tú já ouviu falar que quando a gente ama alguém intensamente a gente sente quando a pessoa não tá bem , bagulho de aperto no peito ?
Eu sorrio em meio ao choro.
-- Tú me ama a esse ponto ?
- Amo além, minha feiticeira. Eu senti antes de acontecer aquele bagulho na boate naquele dia . Senti a quatro dias atrás e não sabia porque, agora eu sei e tú pode ter certeza que esse bagulho não vai ficar assim . Eu vou caçar aquela puta até no inferno se for preciso. E voltando sobre o lance de sentir , eu sinto agora . Bagulho ruinzão no peito . Então não mente pra mim. Tá sentindo o que ?
Eu choro , e não sei se é de dor ou porque as palavras dele foram como bala no meu coração me fazendo sentir o quanto a gente tá ligado nesse momento.
-- Tudo dói , amor - admito em meio ao soluço e no mesmo instante abro os olhos ao ouvir a porta ser aberta.
Meu coração que já batia acelerado quase sai pela boca ao ver a pessoa que eu menos queria ver nesse momento ali , parada , sendo sutentada por uma muleta .
-- Leonaro ? - pergunto em choque.
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