CALIENTE (morro) romance Capítulo 39

- AFRODITE -

-- Porque eu sinto que a senhora está me escondendo algo ? - comento com a boca cheia da sopa sem sal - E não fala que é paranoia da minha cabeça , porque não é - engulo sentindo o incômodo na minha garganta , mas nada que o tempo não melhore.

A dona velha me olha com deboche e ignora enchendo mais uma colher trazendo o aviãozinho pra minha boca e eu como uma boa garota  as vezes recebo de bom grado.

Estou preocupada com meu homem , pai , amigo e agora minha amiga que saiu dizendo que voltava logo .

Isso tem quase 48 hrs e ela nem atender o celular atende .

Me pergunto se algo grave aconteceu com um deles e estão me escondendo , achando que é o certo a se fazer.

Helena - Não fica pensando muito nisso não. Vai fazer mal pros bebês - ela tosse limpando a garganta - Esses que você adquiriu enquanto sentava pro chefe sem ninguém saber - alfineta.

Eu sorrio da sua expressão.

Essa rádio favela está revoltada que não ficou sabendo antes de todo mundo sobre mim e o Russo.

Vê se pode .

O celular dela toca dentro da mala em forma de bolsa e se afastando ela pega fazendo uma careta pra tela antes de atender .

Helena - O que é ? - incorpora dona Herminia - Lembrou que tem avó e que deixou essa velha num hospital igual formigueiro de tanta polícia ? - reclama.

A última parte é verdade.

Fiquei sabendo meio por alto que um deles matou a recepcionista , por isso o hospital está cheio .

Tão investigando.

O diretor está me escondendo no quarto mais chique do hospital , no último andar , o cú está que não passa nem sinal de wi-fi por causa das ameaças que a Brenda fez pra ele caso algo acontecesse comigo.

De novo , né.

Quem diria , a Brendinha se tornando violenta.

Acho que é a convivência .

Helena - Ah mais eu vou sim , não sou baú - a risada escandalosa dela me faz franzir o cenho , lá vem fofoca - Não deixa não , puta velha ... - ela fica séria do nada - Oi , vou passar pra ela , calma ai - me estende o celular fazendo cara de tédio.

-- É a Brenda ? - pergunto trazendo o aparelho lentamente pro meu ouvido - Eim , tia Helena ? - minha velha me ignora mais uma vez e pega o prato vazio e um maço de cigarro indo pra fora do quarto , fumar no corredor porque ela acha que o hospital é dela - Mas tá muito abusada mermo essa velha surda - brinco - Precisando levar tapa no bumbum ...

Sou interrompida.

--

- Você também , minha pretinha . Uns tapas bem forte nessa bunda gostosa por ficar me escondendo os bagulho .

Sorrio toda besta ao reconhecer a voz.

-- Oi , Bóris . Lembrou de mim ?

- E quando é que eu te esqueço, feiticeira? Tú não sai da minha mente , nunca.

-- Não sei , me diga você. - pergunto com a voz suave , chegando a ser sexy.

Ouço ele grunhir e em seguida respirar fundo .

- Vamo voltar que o assunto é sério. E tua voz tá me deixando duro .

Sorrio , consegui o que eu queria.

-- Tá sozinho ?

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