Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 48

Após perceber que já estava bem longe do casal, ela colocou a mão em sua cabeça, não podia ser real. Primeiro a Alice lhe disse aquilo, que já havia lhe deixado toda confusa e agora esse casal, aparecendo do nada e dizendo aquelas coisas sem saber.

Resolveu continuar seu trajeto, já que não queria retornar e encontrar aquelas pessoas novamente. Pegando a trilha para o rio, encontrou a caramboleira carregada de frutas, do jeito que imaginava que estaria. Aquele lugar lhe trazia nostalgia. Sentou-se em baixo da árvore e enquanto se deliciava da fruta, observava a água cristalina do rio que corria lentamente. Queria que seus problemas fossem levados com aquela água, talvez assim, conseguiria seguir em frente voltando a viver sua vida normalmente.

Já estava quase na hora do almoço, quando ela olhou para o rio e percebeu que a água estava convidativa. Naquele horário, já estava bem quente, talvez um bom banho naquelas águas cristalinas lhe fizessem bem. Então, se lembrando do passado, tirou a roupa, que estava vestida e ficou apenas com a roupa íntima de baixo, entrando na água, deu um belo mergulho, ao voltar a superfície, se sentiu revigorada, como se sua vida pudesse voltar a ser como era antes. Se lembrou dos dias que passava ali com Saulo e da primeira vez que fizeram amor naquele lugar.

— Será que milagres ainda existiam?

[…]

Era bem perto do meio-dia, quando Saulo chegou em casa para almoçar. Tereza havia acabado de colocar à mesa posta.

— Bom dia Tereza, a Denise tomou café da manhã hoje? — Perguntou, enquanto folgava a gravata do pescoço.

— Bom dia, senhor. Não vi a senhorita Denise hoje, fui até seu quarto para levar o café, mas ela não abriu a porta, e como o senhor mesmo já havia dito que não é para incomodá-la, não insisti, e voltei a fazer minhas coisas.

— Tudo bem, irei ao quarto dela e verei se ela quer vir comer aqui.

Deixando suas coisas em cima da mesa, se dirigiu para o quarto da noiva, após bater e não obter resposta, sentiu-se preocupado e resolveu abrir a porta, que não estava trancada. As coisas dentro do quarto estavam arrumadas e viu que sua mulher não estava ali, um sinal de alerta ecoou em seu consciente.

"E se ela foi embora?"

Logo a procurou por toda a casa, preocupado, ligou para seu celular, que apenas chamava e não respondia.

Correu pelos arredores da casa chamando seu nome, sem êxito. Entrou no carro e foi na casa de Oliver que era bem próxima, talvez ela estivesse ido até lá para caminhar um pouco, chegando na entrada, logo viu Oliver e Aurora sentado na varanda, conversando com um casal de meia-idade. Por mais que não gostasse de interromper conversas alheias, foi sem ter muita educação se intrometendo.

— Desculpa atrapalhar a conversa, mas a Denise esteve por aqui Oliver? — Seu rosto já estava vermelho, mostrando o quanto já estava cansado de procurá-la.

— Não. O que aconteceu? — Oliver voltou seu olhar para Saulo, preocupado.

— Ela não está em casa. — Sua voz saiu cansada. — A procurei por todos os lados, mas ela não apareceu e nem atendeu o telefone.

— Com licença. — O homem que estava conversando com Oliver falou. — Está procurando a moça de cabelos pretos curtos?

— Sim! — Saulo respondeu preocupado.

— Nós a vimos mais cedo, na verdade, paramos para conversar com ela por alguns minutos. — A mulher disse.

— Ela conversou com vocês? — Perguntou surpreso.