Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas romance Capítulo 102

Stella se desvencilhou dos braços dele e perguntou suavemente:

"Dorme, amanhã você ainda precisa trabalhar."

"Fica quieta, assim mesmo, não se mexa." Ele a puxou de volta para seu abraço, com uma firmeza que não permitia recusa.

Sem querer, a mão de Stella deslizou pelo braço de Antônio, e seu olhar ficou surpreso ao sentir um líquido viscoso semelhante a maquiagem.

Ela fixou o olhar no braço dele: a camisa estava rasgada, sangue vermelho e espesso coagulado na superfície, enquanto ao redor o líquido quente continuava a escorrer.

Ele estava sangrando? Por que não tinha tratado o ferimento?

Ela perguntou:

"Você se machucou?"

Antônio respondeu com indiferença:

"É só um arranhão."

"Como foi isso?" Stella insistiu. "Vou pegar o kit de primeiros socorros para cuidar do ferimento."

"Não precisa." Antônio a interrompeu.

Aquilo tinha sido obra dos homens de Kleber. As provas já estavam reunidas, e ele estava sendo procurado pela Interpol. Todas essas evidências tinham sido coletadas por mercenários contratados por Antônio.

No mundo inteiro, Kleber já não tinha mais onde se esconder; sua captura era apenas questão de tempo. Os capangas dele estavam apenas fazendo um último esforço desesperado, então era natural que tentassem se vingar de Antônio.

Antônio fora atacado enquanto estacionava o carro. Já tinha recebido o aviso, mas não esperava que alguém disfarçado de funcionário do estacionamento o surpreendesse com uma faca. Ele levou o golpe no lugar de Bruno, ficando com um corte profundo. Tinha voltado às pressas para ver aquela mulherzinha, sem tempo de cuidar do ferimento.

"De jeito nenhum." Stella insistiu em pegar a caixa de remédios.

No meio da insistência dos dois, Antônio soltou um gemido abafado e, com o rosto pálido, desabou.

"Ei, o que houve com você?"

Não podia ser… Um ferimento tão pequeno não seria capaz de matá-lo, certo?

Stella ficou lívida, desesperada, segurando o braço de Antônio, chamando por ele baixinho, várias vezes:

"Antônio, acorda. Por favor, acorde."

Antônio franziu a testa, olhando para Stella.

Essa mulher tinha o dom de deixá-lo furioso em segundos. Que coisa estranha, uma boca tão linda e nunca dizia uma palavra agradável.

Antônio acariciou suavemente o rosto de Stella com a mão grande e disse baixinho:

"Vou perguntar de outro jeito: se eu morrer, com quem você pretende se casar?"

Que pergunta inútil… Ele sabia muito bem com quem ela queria se casar, por que fingir que não entende?

Stella apertou os lábios, sustendo o olhar perigoso de Antônio:

"Você trate de viver muito, não me dê essa oportunidade."

Antônio franziu o cenho, entendendo que dali não sairia nenhuma resposta diferente. Virou-se e a apertou mais uma vez contra o peito, na mesma posição, com a cabeça dela repousando sobre seu coração.

A cabeça dele encostou suavemente nos cabelos dela, acariciando-os devagar.

"Eu vou viver muito, mas se você tentar se casar com aquele homem, quero ver."