Casada com a Fera romance Capítulo 50

Acordei sentindo uma contração, estava me acostumando com isso, nas últimas semanas eu fui para o hospital algumas vezes, mas no fim tinham sido apenas contrações falsas, nossos bebês não estavam prontos para sair.

Me virei olhando para Patrick dormindo profundamente ao meu lado com a mão sobre minha barriga, aquilo me tirou um sorriso. Não podia estar mais feliz, até tinha medo de que toda aquela felicidade pudesse acabar, mas ele me prometeu que não deixaria nunca acabar, seríamos felizes mesmo com os problemas, mesmo quando Patrick e eu brigávamos, ou com a loucura que eram os problemas da empresa do meu pai, ainda éramos muito felizes, desde que meu tio tinha sido preso e Emily e Louis desapareceram das nossas vidas eram dias de paz.

Me levantei devagar, me desvencilhando dele e tentando não acordá-lo, pois cada vez que eu achava que era a hora o homem parecia prestes a ter um infarto, ele acabaria tendo um qualquer hora dessas com outro alarme falso.

O dia já estava começando a nascer percebi quando cheguei a janela foi que percebi, o sol já saia entre as árvores pintando o céu de um tom de amarelo no meio de todo o azul escuro.

— Parece que vai ser um dia... ai! — respirei fundo pelo nariz e soltando pela boca quando uma nova contração me acertou. — Vai ser um dia ensolarado.

Envolvi as mãos em minha barriga acariciando e tentando acalmar os gêmeos, o dia nem tinha começado direito e pelo jeito eles iam agitar o dia do papai.

Ainda não tínhamos escolhido os nomes, decidimos que seria interessante conhecer os dois primeiro, olhar nos rostinhos deles, foi uma verdadeira confusão em casa já que cada um queria dar um palpite, dizer qual nome deveríamos escolher, mas só faríamos essa escolha quando o víssemos.

— O que está fazendo acordada tão cedo? — a voz de Patrick me pegou de surpresa e eu me virei assistindo ele se erguer na cama, se esgueirando entre os lençóis.

Quando ele deu um passo para fora da cama o cobertor caiu de seu corpo, mostrando sua nudez. Eu não consegui evitar de encarar meu marido da cabeça aos pés, não me cansava daquele visão dele completamente sem nada, como se soubesse o efeito que tinha sobre mim Patrick tocou seu membro, um toque despretensioso mas totalmente para me provocar.

— Seus filhos me tiraram da cama. — respondi desviando os olhos da imagem tentadora e de volta para a janela.

— Uhhh se está chamando de meus filhos é porque estão aprontando. — Patrick me alcançou parando atrás de mim e envolvendo os braços grandes em volta do meu corpo. — Crianças, o que eu falei sobre irritar a mamãe? Depois o papai tem que acalmar a fera.

Eu não consegui segurar a risada enquanto ele acariciava minha barriga prestes a explodir.

— Não comece com suas safadezas, eu não aguento nem mesmo erguer um braço, não até esses dois saírem de dentro de mim. — falei e nem era de brincadeira, eu me sentia mais cansada do que o normal nos últimos dias.

Patrick jogou meu cabelo para o lado e plantou um beijo em minha bochecha, antes de começar a descer os beijos pelo meu pescoço até meu ombro.

— Porque você não fica quietinha e me deixa te fazer relaxar. — ele mordiscou meu ombro enquanto as mãos dele trataram de desfazer o laço do meu robe.

— Como pode me achar atraente quando eu estou desse tamanho? Minha barriga parece que vai explodir a qualquer minuto, meus pés estão inchados, minhas calcinhas nem me servem mais, isso sem falar com meu humor do cão.

Foi só eu terminar de falar para que outra contração tomasse meu corpo me forçando a morder os lábios para que Patrick não percebesse nada.

— Você é linda e sexy de qualquer jeito meu amor. Sua barriga enorme e os pés inchados só me fazem amá-la mais por carregar nossos filhos, se suas calcinhas não servem é porque essa bunda está ainda maior e eu adoro ainda mais. — ele sugou o lóbulo da minha orelha, tentando me seduzir, mas no momento eu estava mais concentrada na dor. — Sobre seu humor, ele nunca foi muito fácil querida.

O empurrei com o quadril ainda sorrindo das besteiras que ele tinha acabado de dizer, enquanto as mãos dele continuavam seu caminho, agora descendo por minha barriga.

— Seus pais acabaram de chegar e vão ver essa baixaria toda da janela! — exclamei quando vi o carro parando na entrada da casa, mas isso não o intimidou.

— Não é como se eles não soubessem o que fazemos. — ele disse se virando a minha frente e se ajoelhando. — E se me lembro bem você me chupou enquanto eu estava em reunião com meu pai e outros.

Mas foi só ele beijar minha barriga prestes a descer a boca para que eu gritasse com a dor ainda mais forte.

— AAAAAAAI.... que merda, acho que vamos ter que ir ao hospital de novo. — respirei fundo tentando acalmar o desconforto e senti algo escorrer entre minhas pernas me assustando.

— Sophie o que... sua bolsa acabou de estourar. — Patrick falou com uma calma que não combinava com ele nesses momentos. — Chegou a hora.

— Ai meu Deus, então é de verdade? Dessa vez é sério mesmo? — eu nem conseguia acreditar que estava mesmo acontecendo.

Ele se levantou sem pressa e me levou até o banheiro segurando o meu braço, então pegou algumas toalhas me ajudando a me trocar e me limpar. Nem parecia o homem que tinha gritado com todos e corrido pela casa toda quando eu senti as primeiras contrações falsas.

— Vou chamar mandar John ligar o carro, não saia daqui. — ele murmurou me colocando sentada na cama, mas antes que ele saísse eu segurei sua mão o impedindo de ir longe.

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