Casada com a Fera romance Capítulo 52

Quando cheguei naquela casa não imaginei que em tão pouco tempo eu teria tudo aquilo, amigos, família, um marido amoroso e dois filhos lindos. Mas olhando para minha vida agora isso era o que eu tinha e estava mais do que feliz com isso.

Estava ansiosa para o batismo dos gêmeos hoje, por isso tinha acordado antes de Patrick para me arrumar, não queria nenhum atraso hoje, o dia tinha que ser perfeito.

Me encarei no espelho enquanto prendia os fechos da cinta, desde o parto eu vinha usando uma daquelas porque tudo parecia estar fora do lugar. Eu sabia que era esperado isso, o corpo estava tentando se adaptar a nova vida, mas a verdade é que eu me sentia horrível quando me olhava no espelho.

Depois da minha barriga ter esticado tanto durante a gravidez e estrias, celulites, e agora toda a flacidez, a última coisa que eu me sentia era bonita. Por isso não deixava Patrick chegar perto de mim, aquele não era o corpo que ele estava acostumado, não era nem mesmo o que eu estava acostumada, e por mais que eu o quisesse, que sentisse falta do toque, do sexo quente, eu não me sentia nenhum pouco sexy ou atraente.

Estava acabado de passar maquiagem quando ouvi o chorinho vindo do quarto dos bebês, tinham acordado bem na hora para se arrumar. Mas antes que eu saísse do banheiro os choros já tinham parado, eu corri direto pra lá mas assim que passei pela porta dei de cara com Patrick conversando com Mary enquanto começava a trocar a fralda do Sebastian.

Eu adorava ver ele assim, todo relaxado conversando com os filhos, interagindo com eles, demonstrando amor nos pequenos detalhes, tão diferente do homem que era quando eu cheguei aqui, fechado, recluso, sofrendo e mantendo a todos longe.

— É garotinha, seu irmão fez uma bagunça nessa fralda. — ele falava fazendo uma voz infantil. — E depois vamos arrumar vocês dois, temos um dia importante meu... amor. — ele paralisou quando se virou se deparando comigo na porta observando tudo. — Me espionando mocinha?

— Adoro ver você assim, bancando o paizão. — entrei no quarto indo ajudar ele no trabalho duplo.

Patrick seguiu cada passo meu com o olhar em meu corpo, aquilo dava uma sensação ótima, saber que ele ainda me desejava, mas logo eu me lembrava que ele não estava vendo o que estava por baixo do vestido.

— Eu sempre estou bancando o paizão querida. — ele retrucou me jogando uma fralda quando coloquei Mary no trocador. — Agora você está merecendo ser observada. É realmente um perigo pra minha sanidade.

Meu marido não poupou o olhar e então acertou um tapa na minha bunda me arrancando uma risada.

— Você é um tarado, isso sim. — ele ergueu o pequeno já trocado e com a roupa de ir para o batizado. — Papai está se exibindo, querendo fingir que trabalha mais rápido do que a mamãe.

Pat ergueu uma sobrancelha sorrindo de lado e me deixando ainda mais apaixonada, ele se virou colocando nosso menino de volta no berço enquanto eu começava a vestir Mary.

— O papai é tão bom no que faz quanto a mamãe. — as mãos dele envolveram minha cintura por trás e ele plantou um beijo em meu ombro. — Afinal fizemos essas duas crianças lindas. — Patrick subiu os lábios por meu pescoço me arrepiando.

Ah Deus, se ele soubesse o quanto eu estava necessitada, não ficaria me provocando daquele jeito, mas é claro que ele queria exatamente isso, me fazer perder a cabeça.

Ele só esperou que eu terminasse de colocar o vestido na nossa filha antes de me puxar contra seu corpo, me afastando do trocador e me colando contra seu peito.

— Pat, não temos tempo pra isso. — murmurei, mas não era nem um protesto direito já que não me mexi para me afastar dele.

— Acho que temos um tempinho, um momento para que eu possa apreciar minha mulher linda. — Ele deslizou a lingua pelo lóbulo da minha orelha e a mão dele começou a subir meu vestido.

Patrick sabia mesmo como me deixar sem forças para resistir a ele, não tinha como pedir para que ele parasse quando os lábios dele beijavam meu pescoço me arrepiando toda, ele sabia que a nuca era um ponto fraco.

— Patrick, o que você ahhh... — gemi quando a mão dele alcançou minha calcinha ele lentamente massageou meu clitóris, acordando o vulcão dentro de mim.

— Estou prestes a dar um orgasmo pra minha esposa. — ele respondeu aumentando a velocidade dos dedos e me fazendo agarrar o braço dele para me segurar enquanto minhas pernas fraquejavam. — Era isso que você estava querendo linda? Me fala se era isso o que você queria?

Eu gemi baixinho ouvindo ele falar ao pé do ouvido me deixando ainda mais excitada. Mas antes que as coisas aumentassem ainda mais o barulho dos pais dele do outro lado da porta me trouxeram de volta a realide.

— Eles vão entrar aqui. — murmurei empurrando a mão dele e me afastando dele, mas ele continuou parado no meio do quarto com uma ereção enorme marcando a calça do pijama. — Merda, você acaba comigo desse jeito. — sussurrei ainda sem fôlego.

— Onde estão meus netos queridos? — Audrey perguntou abrindo a porta e entrando no quarto. — Aí meu Deus Patrick! Eu vou fingir que não vi isso a essa hora da manhã. — ela gritou quando viu a ereção nada discreta do filho.

— Não mandei vocês entrarem sem bater, mais um segundo e estariam vendo uma coisa bem mais obscena! — ele rosnou voltando para o nosso quarto e trancando a porta.

Eu sorri junto com o pai dele, mas eu entendia a irritação dele, não estava sendo fácil ficar sem ter intimidade tanto para mim quanto pra ele, era difícil negar a conexão e o desejo que sentiamos sempre que nos tocavamos, e ainda sim eu continuava mantendo essa lacuna entre nós.

— Olha só, já estão prontos! — o avô exclamou pegando Mary do trocador. — Acho que só falta comer.

— Eu vou fazer isso agora. — peguei Sebastian nos braços pronta para dar de mamar.

Ainda era um desafio dar mama a dois, por isso intercalavamos com fórmula, mas eu gostava muito de poder alimentar meus filhos.

Quando terminei ali Patrick apareceu já vestido com o terno perfeitamente alinhado em seu corpo, segurando a minha bolsa e meus sapatos.

— Pronto pra ir? — perguntei com Mary no colo, Sebastian já tinha descido com a avó.

— Estou. Vamos? — ele me puxou pela mão e plantou um beijo na minha testa antes que saíssemos do quarto. — Desculpe ter saído irritado daquele jeito. Sabe que eu te amo, não é?

Aí meu Deus, eu não aguentava aquele homem. Se ele ao menos soubesse que eu estava tão frustrada quanto ele, irritada comigo mesma, com meu corpo e inseguranças.

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