Casada em Segredo com o Herdeiro romance Capítulo 32

O homem idoso tomava seu chá com serenidade, como se estivesse saboreando os pequenos prazeres da vida em vez de gerenciar uma simples barraca.

Robin achou a cena curiosa e não pôde evitar lançar alguns olhares. Ao notar seu interesse, o homem a chamou com um gesto.

"Senhorita, gostaria de uma leitura de palma? Se não quiser saber nada, não cobro."

Após um breve momento de hesitação, Robin se aproximou e sentou-se.

"Como isso funciona, senhor?"

"Basta me mostrar sua mão."

Robin estendeu a mão sobre a mesa, e o velho a examinou com um olhar sério e atento.

"Bem, essa é uma das palmas mais complicadas que já vi," comentou, franzindo a testa.

"Você tem um irmão mais novo, não tem? É por isso que seus pais nunca lhe deram muita atenção. E em relação ao dinheiro, você tende a sofrer perdas — muitas vezes por causa da sua família."

Robin ficou boquiaberta com a precisão da leitura.

O velho prosseguiu:

"Você enfrenta dificuldades, mas sua carreira tende a compensar isso. Trabalhe com dedicação e terá um futuro promissor. Agora, quanto à sua vida amorosa..."

O tom solene o fez parecer ainda mais sério.

"E minha vida amorosa?" ela perguntou, ansiosa.

"Está complicada."

Robin franziu os lábios.

Complicada era um eufemismo.

Era como se ele estivesse lendo sua história em voz alta.

"Querida, não desanime," disse o velho com uma risada suave. "Sua sorte no amor pode ser ruim, mas não é impossível encontrar equilíbrio."

Ela arqueou uma sobrancelha. "E como eu faria isso?"

"Encontre um homem cuja sorte amorosa seja ainda pior que a sua — assim vocês se equilibram."

Robin ficou sem palavras.

Equilibrar azar com azar? Isso parecia no mínimo duvidoso.

Antes que ela pudesse comentar, o velho analisou mais um pouco sua mão e murmurou:

"Ah, então você já é casada? E seu marido parece ser exatamente esse tipo de homem."

Os olhos de Robin se arregalaram, impressionados.

"Você consegue ver tudo isso? Isso é incrível!"

O velho sorriu, orgulhoso.

"Claro. No meu auge, ninguém se comparava às minhas habilidades com leitura de palma."

"Então por que está trabalhando numa barraca como essa?"

George congelou, pego de surpresa pela pergunta. Não podia simplesmente admitir que montou a barraca para observar sua nora em segredo. Mas, por sorte, sua improvisada barraca estava atraindo bastante gente.

Robin não insistiu. Em vez disso, levantou-se e disse:

"Imagino que uma leitura tão precisa como essa tenha um custo. Quanto devo pagar?"

Antes que George pudesse responder, seu estômago roncou alto.

Grrr.

Constrangido, ele tentou disfarçar.

"Ah... Estive ocupado o dia inteiro e acabei esquecendo de comer. Nada mais natural que sentir fome, certo? Sou apenas humano."

Robin apenas piscou, sem comentar.

Após pensar um pouco, ofereceu:

"Gostaria de ir até minha casa para comer algo caseiro? Ainda pagarei pela leitura — considere a refeição uma forma de agradecer pelo conselho."

As palavras do velho a ajudaram a ver sua situação com outros olhos. Além disso, o tom dele lhe trazia à memória seus avós, que não via há muito tempo.

George olhou para as sacolas de mantimentos que ela carregava. Sentiu-se tentado, mas tentou manter a postura.

"Oh, eu não poderia aceitar. Seria um incômodo."

"Não é problema algum. Sempre faço comida demais. Na verdade, agradeço se me ajudar a não desperdiçar."

Diante disso, George se levantou, entregou a xícara ao assistente e sorriu.

"Bem, então aceitarei sua generosidade sem cerimônia."

O assistente o observou, incrédulo.

"E eu, senhor?"

"Vá comer por aí e volte depois pra me buscar."

O assistente ficou sem palavras.

Parecia ter sido completamente deixado de lado.

Robin acompanhou tudo com um sorriso caloroso.

Ela percebeu que o velho queria apenas cuidar dela.

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