Casada em Segredo com o Herdeiro romance Capítulo 380

Prez esticou o braço até a gaveta ao lado, pegou uma pequena caixa e a entregou a Robin.

— Mamãe, leve isto.

Robin aceitou, intrigada.

— O que tem aqui dentro?

Ao abrir a tampa, reconheceu de imediato a peça: o colar de platina com diamante azul que um dia dera a Prez.

— Oh? Você já fez modificações?

Ele confirmou com um aceno sério, explicando ponto a ponto:

— Mamãe, na parte de trás de cada pedra preciosa, escondi um pó para dormir que o Gaz preparou. Se estiver em perigo, basta pressionar este ponto para liberar o pó. Além disso, há cerca de dez agulhas escondidas, todas com a ponta envenenada. Um simples clique e elas saltam — perfeitas para defesa a curta distância.

Apontou então para o pingente:

— Coloquei um rastreador e um sensor. Ele monitora sua frequência cardíaca e sinais vitais, enviando atualizações direto para o meu celular.

Robin ficou boquiaberta.

Por fora, parecia apenas uma joia comum, mas escondia um arsenal inteiro de recursos.

Será que o meu filho mais velho é um pequeno gênio disfarçado?

Antes que pudesse se recuperar da surpresa, Gaz enfiou a cabecinha entre ela e Prez:

— Mamãe, também fiz pílulas de antídoto! Se você for envenenada, a pedra maior tem o remédio dentro. Não esqueça!

— Vou acompanhar todos os dados do sensor e ligar para você com frequência — acrescentou Prez, decidido.

— E você também tem que nos ligar sempre, senão a gente vai ficar preocupado! — reforçou Gaz.

O coração de Robin se aqueceu.

Ainda assim, por algum motivo, sentia-se como uma criança prestes a viajar, recebendo conselhos de pais superprotetores... só que ela era a mãe.

Decidindo descansar, deitou-se.

— Mamãe, vou arrumar sua mala! — anunciou Gaz, saltando da cama.

Era ele quem sempre fazia isso quando ela viajava a trabalho... até o dia em que Robin descobriu, escondido no fundo, um mini canhão acompanhado de um bilhete fofo pedindo para ela se proteger e não hesitar em usar.

Se não tivesse achado a bagagem pesada demais e conferido no banheiro do aeroporto, teria passado pela segurança com aquela arma — e a polícia especial certamente não entenderia a “boa intenção” do seu bebê de dois anos e meio.

A lembrança fez Robin abraçar Gaz com força.

— Não, querido, dessa vez eu arrumo.

O menino fez beicinho.

— Mamãe, você está diferente... antes deixava eu ajudar. Não me ama mais?

Ela suspirou e cedeu:

— Está bem. Quando chegarmos em casa, você prepara tudo direitinho, combinado?

Podia muito bem remover depois, sem que ele percebesse.

Instantaneamente animado, Gaz correu para servir-lhe um copo de água.

Prez, percebendo a mistura de afeto e exasperação no rosto da mãe, perguntou:

— Mamãe, o Gaz arruma mal a sua mala?

— Não é isso — ela respondeu, com um nó na garganta. — É que ele sempre esconde pequenas armas que não passam pela segurança. Tenho que tomar muito cuidado.

Era como carregar um pequeno rojão: um amor intenso e... explosivo.

Prez ficou em silêncio por alguns instantes antes de comentar:

— Você quer dizer aqueles canhões de braço pretos e dourados, com mira?