Casada em Segredo com o Herdeiro romance Capítulo 47

Menina pequena?!

“O que você quer dizer com ‘pequena’?” Robin não conseguiu evitar a pontada que sentiu no peito com aquelas palavras.

Os olhos de Edward se estreitaram, analisando-a de cima a baixo com uma expressão arrogante.

“Bom, nada em você parece grande.”

Para ele, ela era como uma fruta verde, ainda presa ao galho, longe de estar madura o suficiente para ser colhida.

O olhar que ele lançava fazia Robin se sentir diminuída, e a irritação borbulhava dentro dela.

Apertou os lábios e apressou-se a terminar de ajudá-lo a se vestir, caminhando logo em seguida em direção à porta.

Mas antes que pudesse sair, a voz dele a deteve:

“Você vai ficar neste quarto esta noite.”

“Não!” O rubor em seu rosto ainda não havia desaparecido desde a troca anterior.

Sem conseguir encará-lo, murmurou:

“Tem muitos outros quartos disponíveis.”

Seu tom era firme, inegociável.

“Você vai ficar aqui. Assim será mais fácil me cuidar.”

Mas eu não me sinto à vontade!

Robin só queria um pouco de paz para organizar seus pensamentos e se preparar para os problemas em casa.

“Sr. Dunn, eu me mexo muito quando durmo. Posso acabar te incomodando.”

“Pode dormir na cama extra. Faça como quiser.”

Relutante, Robin percebeu que, se recusasse agora, pareceria hipócrita diante do que havia dito antes.

“Tudo bem.”

Pegou o celular sobre a mesa de cabeceira e se deitou na cama extra, que a enfermeira havia deixado preparada.

Com a luz do teto apagada, apenas o brilho suave da luminária na parede iluminava o quarto.

Sua mente vagava até Dawn, e, ao encarar o teto, Robin teve certeza de que o sono seria difícil naquela noite.

Suspirou fundo, afundando-se no colchão.

“Robin.” A voz baixa de Edward cortou o silêncio.

Ela congelou e virou-se para ele.

“Te incomodei?”

Achava que ele já estivesse dormindo, e não conteve o suspiro que escapou.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Edward continuou, com o tom tranquilo:

“Venha me ajudar no banheiro.”

Tudo bem...

Com um suspiro resignado, Robin saiu da cama, acendeu a luz e foi ajudá-lo.

Ele apoiava boa parte do peso sobre ela enquanto caminhavam, e mesmo tão próximo, ainda exalava um leve cheiro de cedro — embora mais fraco do que antes.

Ao chegarem ao banheiro, Robin o guiou até o vaso e o ajudou a se manter de pé.

“Rápido,” sussurrou, impaciente.

“Preciso enxaguar a boca. Por que você me trouxe até aqui?” perguntou Edward, confuso.

Robin piscou, surpresa.

“Você... não precisava usar o banheiro?”

“Em que momento eu disse isso?” O tom dele continha uma pitada de divertimento.

Percebendo o engano, Robin fez uma careta e, sem dizer nada, o levou até a pia.

Edward pegou a escova de dentes casualmente e começou a escovar.

“Você está distraída desde mais cedo. Está começando a se cansar de cuidar de mim?”

“Não estou!” respondeu Robin de imediato.

“Se não quiser mais ajudar, não precisa vir amanhã.”

Robin abriu a boca, sem saber como explicar.

Depois de um tempo, finalmente falou:

“Não me importo. Disse que cuidaria de você até melhorar.

É que recebi uma ligação da minha mãe hoje à tarde, e isso mexeu comigo. Não tem nada a ver com você.”

A expressão de Edward suavizou.

“Brigaram?”

“Foi mais... eu sendo gritada,” confessou Robin, olhando para o chão.

“Eles estão enfrentando alguns problemas e queriam que eu ajudasse, mas nem pensaram na minha situação. Isso criou tensão.”

O assunto sobre dinheiro ficou de fora. Ela não queria aprofundar.

Mesmo com poucas palavras, ela sentiu o peso em seu peito aliviar um pouco.

Assistiu enquanto Edward lavava o rosto, e então sussurrou:

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