CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 1

"Vi... Vinicius, queria...."

"Renata Soares, você vê quem eu sou?"

As luzes se acendem bruscamente e Renata consegue ver o rosto do homem sobre ela, suas pupilas se contraem instantaneamente!

"Eduardo Adams? Como pode ser você?!"

O homem aperta seu queixo com uma frieza extrema no rosto, "Deitou-se em minha cama, deveria saber que não sou alguém que se possa provocar facilmente."

"Não é isso, eu me enganei..."

Renata luta para empurrá-lo, mas já é tarde demais, uma dor dilacerante a invade e ela é completamente consumida pela noite escura...

Depois do ocorrido, Eduardo lhe dá um cartão e Renata lhe dá um tapa!

Ele toca o canto de sua boca com a língua, com um sorriso irônico: "Não era isso que você queria, hmm?"

Uma frase que destrói completamente Renata, ela agora não tem espaço para arrependimentos.

"Eduardo, eu não quero seu dinheiro, eu quero que você me case comigo!"

Três anos depois, na Villa Bella Vista.

Renata assiste às notícias de entretenimento na televisão, a dançarina Alice Silva sofre uma queda inesperada do palco, causando caos no local.

Um homem de terno passa pela multidão com o rosto fechado, pega a mulher ferida e se afasta rapidamente do local.

Mesmo sendo apenas um perfil, mas depois de três anos de casamento, Renata o reconheceria mesmo que ele se transformasse em cinzas.

Ontem à noite... era também esse homem que estava deitado na cama, dizendo que voltaria mais cedo hoje.

Ela se vira para olhar a comida fria na mesa, o que ela preparou com tanto esforço à tarde.

Renata se levanta, vai até lá e despeja toda a comida no lixo.

As costas daquela mão branca está marcada com duas bolhas de queimadura, um contraste irônico com a forma como ela descarta a comida sem expressão no rosto.

Depois de jogar fora a comida, Renata sobe para arrumar as malas.

Ela se lembra, no dia em que se casou com Eduardo, também assinou um acordo de divórcio com a duração de três anos, que era o tempo de Alice Silva estudar no exterior.

Embora ainda faltassem três meses para o período acordado, Alice Silva voltou ao país mais cedo, então o acordo de divórcio também deve estar em vigor, certo?

Renata desce com a mala, e antes de sair, ela liga para Eduardo.

A voz impaciente do homem vem pelo telefone: "O que foi?"

Ouvindo sua voz fria, os dedos de Renata segurando o telefone ficam levemente brancos, como se ele já tivesse esquecido a promessa da noite anterior.

Mas isso é normal, como se pudesse acreditar no que um homem diz na cama, certo?

"Você já jantou?"

Talvez não querendo responder a sua pergunta trivial, ele fica em silêncio por alguns segundos: "Se não é nada, vou desligar. Estou ocupado."

Uma frase direta e clara, e então ele desliga.

Mais tarde, Renata vai embora de carro, escolhendo o mais caro na garagem.

Originalmente, entre tantos carros de luxo, não parecia tão especial, mas uma vez na estrada, o sentimento arrogante de poder se torna aparente.

Ela vai diretamente para o hotel mais luxuoso da cidade, um hotel de sete estrelas, e entrega um cartão preto para o recepcionista: "Suíte presidencial, três meses."

O recepcionista sorri e pega o cartão preto: "Certo, senhora. O total é de quinze milhões. Você reservou a suíte presidencial. Se fizer o check-out antecipado, cobraremos uma taxa de cancelamento de trinta por cento."

Renata não muda a expressão: "Pode passar o cartão."

Amanhã, ela provavelmente não poderá mais gastar o dinheiro de Eduardo.

O acordo de divórcio que ela fez o advogado preparar era para dividir os bens pela metade, mas se Eduardo não concordasse, e decidisse fazer as coisas do jeito difícil, deixá-la sem nada também era uma possibilidade.

As notícias haviam se espalhado, certamente ela já estaria sabendo.

O homem ficou em silêncio por alguns segundos, franzindo a testa com impaciência, "Não precisa."

Eduardo permaneceu no hospital até o amanhecer e só então voltou para casa, onde a empregada já iniciara a limpeza. Ao vê-lo, apressou-se em dizer: "Senhor, acabou de chegar? Deseja o café da manhã?"

"Sim."

Ele passara a noite em claro e agora sentia uma leve dor de cabeça, esfregando as têmporas, perguntou casualmente sobre Renata, "E a senhora?"

"A Sr.Renata deve ter ido para a empresa, não a vi quando cheguei."

Eduardo não gostava de estranhos em casa, por isso a empregada não morava lá.

Ele olhou para o relógio de pulso. Normalmente, a essa hora, Renata ainda estaria tomando café da manhã. Então, a reserva do hotel na noite anterior foi para ela?

Ela não tinha voltado para casa durante a noite.

A expressão de Eduardo escureceu, mas a empregada não percebeu e, ao trazer o café da manhã, também entregou um envelope, "Senhor, isto foi entregue pela administração do condomínio esta manhã, é um pacote que foi enviado para o senhor."

O endereço residencial dele era confidencial, e os documentos geralmente eram enviados para a empresa e só chegavam até ele depois que a secretária os analisava e achava necessário.

Aproveitando o momento de folga, Eduardo não se importou e abriu o envelope.

As palavras em destaque no topo do documento – Acordo de Divórcio – fizeram a já sombria expressão de Eduardo congelar instantaneamente. Ele leu rapidamente e, ao chegar na seção da partilha de bens, uma risada fria escapou de sua garganta, "Está tudo muito detalhado."

Todas as casas, carros, dinheiro e ações registradas em seu nome haviam sido meticulosamente divididas pela metade.

Eduardo comentou com sarcasmo: "Bem ambicioso."

A empregada, que não ousava responder, também tinha visto as palavras 'divórcio' e desejava poder desaparecer naquele momento.

Com o acordo em uma mão e o celular na outra, Eduardo discou um número.

Do outro lado da linha, uma voz feminina sonolenta respondeu rapidamente: "O que foi?"