CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 2

"Renata, o que significa esse acordo de divórcio?"

Renata despertou completamente ao ouvir a voz sombria de Eduardo.

"O significado literal."

Eduardo deu uma risada irônica, "Antes de ir trabalhar, passe no meu escritório para levar de volta esse lixo. Às oito da noite, quero ver você e... suas malas na Villa Bella Vista."

Renata lhe devolveu um sorriso frio: "Eduardo, você por acaso está..."

Louco?

Ela hesitou na sua fala, percebendo de repente o subtexto da ligação dele.

"Não precisa se preocupar que Alice Silva ganhe a fama de amante. Só nossos pais e alguns amigos sabem do nosso casamento, aos olhos dos outros você ainda é o fiel homem que suportou a espera em prol da carreira da namorada. Agora que a espera valeu a pena, todos estão felizes por você."

Alice Silva tinha sido fotografada por Eduardo levando-a ao hospital na noite anterior, e hoje ela estava pedindo o divórcio. Se esse acordo viesse a público, Alice estaria definitivamente marcada como a amante.

Renata terminou de falar e só então percebeu que Eduardo já tinha desligado o telefone.

Homen desgraçado...

O hotel onde ela estava hospedada era perto da Família Adams, Renata não estava com pressa, relaxadamente tomou o café da manhã antes de pegar o metrô.

Depois de se casar com Eduardo, ela aceitou o pedido de sua sogra para trabalhar na Família Adams como assistente de vida de Eduardo.

Dizendo ser assistente, na verdade era uma babá.

Normalmente era responsável pelas três refeições do dia de Eduardo e por várias outras trivialidades da vida, do tipo que fica à toa e recebe salário.

Ninguém na empresa sabia que ela era a esposa de Eduardo, a dona da Família Adams.

É triste pensar que enquanto a amante é conhecida por todos, a esposa legítima age como se fosse uma espiã. Às vezes, quando andava no carro de Eduardo para a empresa, tinha que descer dois quarteirões antes.

Após chegar na empresa, Renata foi direto para o computador para começar a digitar seu pedido de demissão. Já que estava se divorciando, ela certamente não continuará a ser babá!

Alguém passou por ela e exclamou: "Assistente Renata, você vai se demitir? Foi o seu namorado rico que te pediu em casamento?"

Renata parou de digitar. Uma vez, quando ela saiu do carro de Eduardo, alguém a viu e perguntou surpreso se ela tinha vindo no carro do Sr. Adams.

Naquele momento, não querendo que as pessoas soubessem daquela relação, ela mentiu que tinha um namorado e aquele era o carro dele.

Então, no dia seguinte, todo mundo na empresa estava falando que ela tinha um namorado rico com um carro de luxo igual ao do Sr. Adams.

Ninguém associou isso a Eduardo, pois todos no trigésimo sexto andar sabiam que o Sr. Adams nunca comia os pratos que a Assistente Renata encomendava, sempre acabavam no lixo.

Só Renata era tola o suficiente para preparar as refeições sem falta, dia após dia.

Naquele momento, Renata negou: "Não, nós terminamos."

"Você realmente tem coragem de deixar um homem tão bom assim, se fosse eu, já estaria chorando até morrer!" Alguém lamentou por ela, embora não se soubesse quantos estavam secretamente felizes com a situação.

Renata pensou em Adams e respondeu com uma voz leve, mas afiada: "Um homem cuja única coisa dura é a sua boca, por que não terminam?"

"E as outras partes não são duras?"

"Cof!"

Um tosse embaraçosa interrompeu a conversa, todos se viraram e, ao verem quem estava na porta do escritório, ficaram petrificados de medo!

"Sr. Adams..."

Renata já estava preparada para sair sem nada, então não ficou surpresa com isso.

No entanto, essa indiferença foi vista por Eduardo como uma provocação. Seus dedos bem definidos se esticaram e agarraram seu queixo, "Sem mim, com que você vai se sustentar? Com aquele salário mensal de cinco mil reais? Isso cobre o aluguel, ou mesmo o colar no seu pescoço?"

A ironia era evidente, embora não dita.

Renata tentou desviar a cabeça para se libertar de seu aperto, mas não conseguiu, e a dor só piorou.

Ela suportou a dor: "Isso é problema meu, não precisa se preocupar."

"Eh," Eduardo riu friamente, irradiando uma energia que poderia despedaçá-la, "Isso significa que você já encontrou um novo namorado?"

"..."

Vendo que ela não respondia, Eduardo assumiu que era uma confirmação.

Ele de repente sorriu, um sorriso de escárnio nos lábios, soltando o queixo dela, "Há algo que você parece não entender, você não tem o direito de decidir se vamos nos divorciar ou não, ainda faltam três meses no acordo."

Mas para Renata, isso não fazia diferença; de qualquer forma, ele nunca tinha a tratado como esposa durante esses três anos, que dirá nos últimos três meses?

Sua atitude agora era simplesmente porque o divórcio fora proposto por ela, ferindo seu orgulho e prejudicando a reputação de Alice Silva.

A pior natureza de um homem!

Parecendo que o divórcio não seria acordado naquele dia, Renata decidiu deixar clara a sua posição —

"Não importa quanto tempo resta, eu não voltarei."

Eduardo olhou para ela de cima, "Você está tentando me dizer que quer se separar de mim, hmm?"