CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 397

Eduardo estava carregando-a nas costas, analisando os eventos recentes, "Certamente Aline tem mais truques na manga."

"Sim." Isso era evidente pelo seu histórico de ações.

Renata estava irritada, se soubesse que este passeio no shopping traria tais complicações, teria ficado em casa. No entanto, ela sabia que Aline encontraria outra forma de empurrá-la para o centro das atenções de qualquer maneira.

A situação era complicada.

Aquela mulher não buscava uma nora para subir na vida social, mas por estar desesperada, procurando uma mulher para trazer boa sorte, independente de fazer sentido ou não. Afinal, ela acreditava nisso, e o que poderia ser feito se a ciência não pudesse ajudar? A superstição torna-se a última esperança.

Uma mulher se torna feroz quando é mãe. Pelo seu filho, ela certamente não desistiria facilmente. E se ela realmente acreditasse nas palavras de Aline sobre "trazer sorte ao marido e aos filhos", como poderia desistir apenas por causa de um aviso de Eduardo?

Percebendo seu desânimo, Eduardo a encorajou suavemente: "Eu tenho uma solução para isso."

"Qual?"

"Um certificado de casamento é protegido por lei. Com ele, não importa quantos planos alguém tenha, eles não terão onde aplicá-los. E mesmo que o seu 'bazi' traga sorte ao marido e aos filhos, seria ao marido no certificado."

"..." Renata, sempre tão sutil, levou um momento para entender a insinuação. "Sr. Adams, não se esqueça que você ainda é um namorado temporário que nem sequer passou do período de experiência. Sua empresa promove alguém a CEO antes mesmo de passar da experiência?"

"Se a capacidade estiver lá, isso não importa. Pode-se fazer uma exceção."

Que exagero.

Mesmo com uma exceção, no máximo promoveriam alguém a chefe de equipe. Ela nunca ouviu falar de alguém sendo promovido diretamente a CEO. "Quantas vezes sua empresa fez essa exceção ao longo dos anos?"

"Uma vez." Eduardo respondeu com muita convicção.

Realmente houve um caso?

Renata olhou para ele com suspeita, mas de seu ângulo só conseguia ver o perfil dele.

De estagiário a CEO, isso teria que ser alguém muito capaz...

De repente, ela parou e com os olhos arregalados de incredulidade, disse: "Essa pessoa não é você, é?"

"..." Preocupado com um possível mal-entendido, Eduardo esforçou-se para explicar: "Ainda assim, é necessário passar pela avaliação do conselho de administração para ser promovido. A Família Adams não é uma empresa familiar, independente da posição, é o mérito que conta. Se eu não tivesse a capacidade, o conselho nunca teria concordado com a minha sucessão."

Quanto mais ele explicava, mais Renata achava que ele estava tentando esconder algo. Além disso, a conversa havia mudado repentinamente de reatar o casamento para uma retirada silenciosa, dizendo que não havia problema, algo que nem um cão acreditaria.

Eduardo, na verdade, não estava se sentindo culpado. Ele apenas se lembrou de outra questão: Marcel, a quem ele considerou um rival no amor, estava prestes a se tornar seu sogro.

Ele não só havia retirado a cooperação já certa com a Família Sousa, mas também havia apresentado uma namorada para Marcel, zombando dele como um homem velho sem vergonha, flertando com garotas jovens...

Se fosse ele, definitivamente não aceitaria esse casamento.

Eduardo levou Renata de volta à Villa Bella Vista e durante o trajeto, não mencionou mais nada sobre reatar o casamento: "Tenho um assunto para resolver e talvez volte tarde. Se estiver cansada, vá dormir primeiro."

Renata inclinou-se para abrir a porta do carro, e antes de sair, ainda sentia que algo não estava certo: "Você fez algo errado? Ou está prestes a fazer algo errado?"

"Você quer vir comigo?"

Ele fechou o estojo e o empurrou de volta: "Se o Sr. Adams tem algo a dizer, fale claramente. Dessa forma, eu não me sinto à vontade."

"Sobre aquela parceria que você mencionou da última vez, a Família Sousa ainda está interessada?"

Marcel...

"Se for para discutir negócios, que tal marcarmos durante o dia? Afinal, há muitos assuntos a serem tratados e não se resolvem em um instante", disse ele, massageando as têmporas: "Estou ficando velho, não aguento mais noites em claro. Fico com dor de cabeça, o que me deixa abatido e, assim, fica ainda mais difícil encontrar uma namorada."

Marcel se divertia internamente ao ver Eduardo lutando para manter a compostura.

Humph.

Quer brincar de indiretas comigo? Eu já estava lutando em batalhas de astúcia quando você ainda brincava na lama.

As palavras de Eduardo giraram em sua garganta várias vezes. Ele percebeu que Marcel estava debochando dele, sempre mencionando a idade e a ausência de uma namorada, uma clara lembrança de ressentimentos passados: "Hoje eu e a Renata fomos ao shopping e encontramos a Aline. Ela teve um desentendimento com uma mulher mais velha e acabou envolvendo a Renata também."

Marcel não precisou de mais explicações para saber quem era a mulher mais velha que Eduardo mencionava, e seu rosto escureceu ligeiramente: "Diga à Renata para não se preocupar, eu cuidarei disso."

Eduardo: "Independentemente de como você lidar com isso, haverá falhas. Recusar um casamento pode ser visto como ingratidão e prejudicar a imagem da Família Sousa. Você está nos negócios há mais tempo do que eu, deve saber o quanto a imagem externa de uma empresa pode influenciar."

As pessoas procuram parceiros de negócios com uma imagem positiva, e essas duas questões são as mais delicadas, ninguém quer ser traído pelo parceiro.

"Se não recusar, vão criticar suas costas, afinal, Aline é apenas sua sobrinha, e casá-la com alguém em coma seria mal visto por todos."