CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 413

Marcel levantou a cabeça e olhou para fora, franzindo a testa ao ver o uniforme da pessoa à sua frente e o pastor alemão imponente a seus pés, "Você come com calma, eu preciso sair um momento."

Antes de sair, ele fez um sinal com os olhos para seu segurança, pedindo que ele ficasse de olho em Renata.

A pessoa do lado de fora se aproximou: “Sr. Marcel, eles disseram que receberam uma denúncia de que há contrabando no nosso carro e querem fazer uma revista.”

Eduardo tinha usado essa mesma desculpa para revistar a villa do Elton Sousa há dois dias, e Marcel não esperava que hoje seria sua vez.

A pessoa mostrou-lhe uma identificação: "Recebemos uma denúncia de que há contrabando neste carro, precisamos fazer uma busca. Por favor, coopere com nosso trabalho."

Marcel olhou para a arma presa à cintura do outro e acenou com a cabeça: “Façam a busca.”

Apesar de estar preparado psicologicamente, Marcel ainda franziu a testa ao ver a polícia retirar um pacote de debaixo do carro.

Quando o pacote foi aberto, revelando sacos de pó branco, o policial pegou um pouco e cheirou, e sua expressão se tornou séria imediatamente, "De quem é isso?"

Marcel manteve a compostura: “Não sei, fui para o mar de madrugada e só agora voltei para terra. Você pode contatar o policial da divisão de investigação criminal para perguntar.”

Vendo que ele estava cooperativo, o policial relaxou um pouco: “Essa substância foi encontrada no seu carro. Quer seja ou não sua, você precisa nos acompanhar à delegacia para ajudar na investigação.”

Quando Renata olhou para trás, viu Marcel sendo algemado junto com os outros e levado para um carro à parte.

Ela não sabia o que estava acontecendo, e quando estava prestes a se levantar para perguntar, foi impedida pelo segurança: “Srta. Soares, se você for lá agora, será levada junto. Se algo urgente acontecer e tanto você quanto o Sr. Marcel estiverem presos...”

Eles foram revistados assim que chegaram em terra, era claramente uma armadilha preparada.

“Eu entendo.”

Renata não foi até lá, mas em vez disso perguntou ao dono do bar que estava assistindo tudo.

O dono do bar apontou para ela surpreso, e depois para o carro da polícia partindo: “Você não está com aquele homem...”

Eram do mesmo grupo?

Renata manteve sua expressão normal e mentiu: “Não, encontrei com ele no cruzamento à frente. Ele insistiu em me oferecer um trabalho que pagava muito bem, dizendo que eu poderia ganhar centenas de milhares em um dia. Eu o ignorei, e ele me seguiu até aqui.”

O dono do bar suspirou ao ouvir isso: “Sorte sua não ter ido com ele, aquele é um traficante de drogas, a polícia acabou de encontrar um grande pacote no carro dele. Essas pessoas... são ousadas demais.”

Renata agradeceu e partiu no seu carro.

Quando voltou ao RJ já era tarde, ela foi direto para a antiga casa da Família Adams, onde o médico já a esperava.

Nicole Adams estava pescando à beira da lagoa; anteriormente, havia um lago de lírios ali, mas recentemente começaram a criar peixes.

Ele estava tendo uma ótima pescaria e estava de bom humor, até que levantou os olhos e viu Renata se aproximando: “Sua mãe marcou uma partida de cartas com as amigas, vou ligar para ela agora. Se ela souber que você veio, certamente deixará o mahjong de lado e correrá para casa. O médico disse que ela não pode ficar sentada por muito tempo, mas ela não escuta.”

Quando Nicole pegou o celular, olhou por cima do ombro de Renata: “Cadê o Eduardo, ele não veio com você?”

A voz de Renata estava rouca: “Pai, há algo que eu preciso te contar, podemos... ir para outro lugar?”

Ela não podia esconder o que aconteceu, nem deveria. A Família Adams tinha mais contatos e recursos do que ela. Renata não poderia perder o melhor momento para o resgate, usando a desculpa de não querer que eles se chocassem.

Se algo realmente tivesse acontecido com Eduardo, eles se arrependeriam pelo resto de suas vidas.

“Nicolas me ligou. Sei de tudo que aconteceu, você precisa cuidar de si mesma para ter força para encontrá-lo.”

“Hum.”

Renata não recusou a gentileza de Viviana. Ela foi para o assento do passageiro, fechou os olhos e forçou-se a dormir.

Marcel também havia sido preso; ela tinha que descansar bem para aguentar.

Assim que o carro parou na Villa Bella Vista, Renata acordou, com os olhos vermelhos por falta de sono, e seus passos eram leves e trêmulos.

Viviana a apoiou: “Vá tomar um banho, eu vou ajudar a arrumar suas roupas, e então pegaremos o trem-bala para lá, é o mais rápido. Já entrei em contato com a locadora de veículos, o carro está reservado, assim que chegarmos podemos ir direto para lá, e o barco já está acertado também.”

Ao contrário de confortos vazios, Viviana preferia fazer coisas concretas.

Naquele momento, a mente de Renata estava uma bagunça, mas com Viviana organizando tudo, ela poderia descansar um pouco a mente: “Está bem.”

Ela abriu a porta.

Um aroma floral encheu o ambiente, rosas e margaridas de tons claros estavam misturadas por toda a sala, algumas folhas de eucalipto adornavam o espaço, e cordões de luzes amarelas envolviam o ambiente, exalando romance e beleza.

Renata foi pega de surpresa ao lembrar das palavras de Eduardo antes de subir no barco.

Ele disse que tinha preparado uma surpresa para ela.

Renata segurou o peito, a dor a fez dobrar-se involuntariamente. Desde o incidente, ela não havia chorado, mas naquele momento, diante da sala cheia de flores, as lágrimas começaram a cair em torrentes. Emocionada, ela escureceu e desmaiou.