CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 435

Mário olhou para ele, Alex estava examinando um documento, e da perspectiva de Mário, só podia ver a franja um pouco longa do outro: "Ele disse que, no dia em que a Família Adams anunciar falência, ele voltará para comemorar contigo."

Alex virou uma página: "O lugar para onde papai foi desta vez é muito isolado? Por que nem ao menos conseguimos entrar em contato?"

"Sim," Mário respondeu evasivamente, e logo após, tirou um frasco de medicamento da gaveta: "Irmão, você já tomou seu remédio?"

"Já tomei."

Desta vez, Mário não verificou, apenas devolveu o frasco de medicamento à gaveta, que por acaso coincidiu com a entrada da secretária trazendo doces, e ele foi comer.

No instante em que o bolo tocou seu paladar, seus olhos e sobrancelhas se fecharam em contentamento, como uma pequena raposa que saboreou um manjar dos deuses.

Durante esse tempo, Alex estava ocupado, ora revisando documentos, ora em reuniões ou ao telefone. Mário, apoiando o queixo com a mão, observava-o com olhos brilhantes.

Mário não ficou sentado por muito tempo e logo se levantou para ir embora. Assim que ele saiu, Alex jogou os documentos que tinha em mãos e levou a mão à testa, espremendo as sobrancelhas.

Sua mente parecia ter sido invadida por uma broca elétrica, com um zumbido constante acompanhado de uma dor intensa, inúmeras imagens e sons inundavam sua consciência.

Barulho, confusão, difícil distinguir o que era real do que não era.

"Ainda não funcionou?"

"Sua força de vontade é muito determinada, e ele não está cooperando de forma alguma. Para alcançar o resultado desejado, será necessário insistir um pouco mais."

"Então, deixe o pessoal continuar a pressão. Mesmo que seja de aço, eu posso fazê-lo dobrar."

Eduardo cerrava os dentes, levemente curvado para frente, a camisa enfiada na cintura das calças, aderindo ao corpo com o movimento. Ombros largos, cintura estreita, da parte de trás até a linha da cintura e até as nádegas, os músculos tensionados delineavam-se claramente.

Apesar do clima sereno do outono, havia uma fina camada de suor frio em sua testa, e mesmo com as feridas já cicatrizadas, ele ainda podia sentir a dor aguda.

...

Renata estacionou o carro no estacionamento da Família Adams, exausta, debruçou-se sobre o volante.

Que irritação.

Será que Alex é mesmo Eduardo?

Se soubesse, teria tirado sua roupa naquela época para examiná-lo cuidadosamente, memorizando até a localização de cada sinal em sua pele, o que seria melhor do que agora, que, além daquela cicatriz, ela estava completamente no escuro.

Contudo, cicatrizes e sinais são coisas que podem ser removidas, ou talvez medir o comprimento?

Enquanto Renata divagava, ouviu-se um som de batidas 'toc toc' na janela do carro.

Ela se endireitou e olhou para fora. Ao reconhecer a pessoa do lado de fora, Renata rapidamente abaixou o vidro: "Vinicius? O que você está fazendo aqui?"

"Eu vim conversar com o tio sobre algo e quando estava descendo, vi seu carro passando. Tentei chamar sua atenção, mas você não me viu."

"Desculpe, eu estava procurando uma vaga para estacionar e não prestei atenção."

Vendo-a desfocada, Vinicius passou o chá de leite que segurava pela janela entreaberta: "Ainda está pensando se Sr.Ribeiro é Eduardo?"

"Sim, Alfonso Oliveira já voltou para o país?"

Percebendo o que ela quis dizer com isso, Vinicius respondeu: "Você quer que o Alfonso o reconheça?"

"Não vejo outra opção."

"..." Vinicius ficou em silêncio por alguns segundos, "Renata, é tão importante assim saber se Sr.Ribeiro é Eduardo? Se ele for e não está admitindo sua identidade, deve ter um motivo sólido para isso, e ele voltará naturalmente quando resolver suas questões. Se ele não for, então não vale a pena desperdiçar tempo tentando provar isso."