CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 521

Mortícia Adams balançou a cabeça, sem saber se estava evitando falar sobre o passado ou respondendo à pergunta de Renata Soares: "Como o Alex Ribeiro apareceu aqui?"

Ela quase deixou escapar o nome de Eduardo, formando as palavras com seus lábios antes de fechá-los rapidamente.

Renata: "Não sei, vou perguntar ao Nicolas daqui a pouco."

A questão dos convites era algo que ele estava gerenciando. Em teoria, não deveriam ter convidado Alex, mesmo sem conhecer sua identidade. A Família Ribeiro havia sido uma pedra no sapato da Família Adams recentemente, usurpando muitas de suas parcerias. Convidar alguém desse grupo era basicamente procurar problemas.

Mortícia não ousou olhar na direção de Eduardo Adams, temendo que sua expressão a denunciasse, "Ele tem estado bem?"

Ela queria fazer essa pergunta desde que viu o teste de paternidade, mas nunca teve coragem. Tinha medo de que tudo fosse uma invenção de Nicole Adams para animá-la.

Só agora ela tinha certeza de que seu Eduardo estava vivo e bem.

"Está bem. Mário Neves não ousa fazer nada com ele, no máximo limita sua liberdade." Renata não mencionou os ferimentos dele.

Com a chegada de Eduardo, a atmosfera no local ficou estranhamente tensa. Exceto pelas pessoas que já o conheciam, os demais estavam chocados e sem reação. Por um momento, além da música, não se ouvia nem sussurros.

Nicolas estava por perto e também ficou surpreso ao ver Eduardo aparecer, pois não tinha convidado ninguém da Família Ribeiro.

Eduardo, por sua vez, não parecia desconfortável com a atenção que atraía. Ele caminhou diretamente em direção a Nicole, e sua identidade rapidamente se tornou conhecimento comum.

"Esse é o filho que a Família Ribeiro criou no interior? Ele é muito parecido com o Sr. Adams, quase como se fossem cortados pelo mesmo molde. Não pode ser um filho ilegítimo do Presidente Adams, pode?"

Eles não haviam associado Eduardo e Alex como a mesma pessoa porque, com a posição e os recursos da Família Adams, seria impensável que seu filho vivesse sob uma identidade falsa. Além disso, em comparação, a Família Ribeiro era como céu e terra em relação à Família Adams.

"Não sei, mas é possível, olha só a atitude dele, parece que veio para declarar guerra."

"Será que a esposa do Presidente Adams sabe disso? Eu digo, não existem essas histórias de amor eterno neste mundo. Esses homens, pobres e sem habilidades, sonham com várias esposas, quanto mais alguém como o Presidente Adams. Minha mãe dizia que muitas mulheres sonhavam em se casar com o Presidente Adams, mas todas foram recusadas."

Esses comentários chegavam aos ouvidos de Mortícia aos pedaços: "Só fofoca, como podem ser tão ociosos?"

Renata viu que ela estava um pouco pálida e cansada, "Mãe, não ligue para o que elas dizem, vamos comer alguma coisa."

"Vai lá, eu vou ver seu pai," para não ser enganada por aquele coração negro novamente, "se no futuro..."

Ela olhou para Eduardo: "Se encontrar um marido bobinho, é melhor pegar um pau e resolver logo, para não amolecer o coração e ainda criar problemas."

Renata inclinou ligeiramente o corpo, olhando para um canto do salão de festas onde alguém estava tirando fotos com uma câmera, "Hoje, muitos jornalistas e mídias foram convidados, e todos respaldados por companhias de comunicação muito famosas. Se alguma escândalo vazar, será difícil de abafar."

"Somos apenas velhas amigas conversando. Mesmo que algo seja capturado, dirão que é a prova de nossa profunda amizade," a mulher deu um passo em direção a Renata, calçando sapatos de salto alto, e colocou a mão em seu ombro: "Mas e você? Se tropeçar aqui e se sujar de comida, será que amanhã se tornará o patinho feio ridicularizado por todos?"

Ela endureceu o rosto: "Renata, você ainda se lembra da vez que despejou um balde de sopa da cantina na minha cabeça?"

A sopa gordurosa havia a coberto, e ela foi ridicularizada por um semestre inteiro. Ela havia guardado essa mágoa até agora.

Renata respondeu: "Você que procurou por isso, ainda culpa os outros por derramar sopa em você? Eu não usei a grande colher de ferro da cozinheira para te dar duas colheradas, isso já foi uma grande generosidade da minha parte."

Brigar era uma coisa, mas trazer à tona a mãe da pessoa, que já havia falecido, era realmente passar dos limites.

Não muito longe, Eduardo, após socializar com alguém, lançou um olhar distante que parecia casualmente cair sobre Renata. Embora não houvesse uma ação exagerada, qualquer pessoa minimamente observadora poderia perceber que a atmosfera entre elas não era amigável.

Mário seguiu o olhar de seu irmão, "Irmão, parece que a irmã Renata está sendo incomodada, você não quer ir ajudá-la?"

(Hoje fui para o interior comemorar o aniversário do meu avô, por isso a atualização está um pouco atrasada, voltem amanhã para continuar.)