CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 596

A mão de Renata apoiava-se no peito dele. "Eu tenho algo para te dizer."

A respiração de Eduardo era rápida e desordenada, com os olhos ligeiramente avermelhados, uma incontrolável onda de testosterona acompanhada por um impulso atingia o topo da sua cabeça, nas veias pulsantes, como se faíscas estivessem se espalhando.

Renata, apesar de usar alguma força contra a mão dele, sabia que se Eduardo realmente quisesse forçar a situação, aquela pequena resistência não o deteria, mas ele não o fez.

Com a voz rouca, ele disse, "Você tem certeza de que quer falar sobre isso agora?"

Eduardo segurou a mão de Renata, movendo-a para uma posição abaixo do seu abdômen. "Os participantes da competição foram definidos, e eu estou entre eles."

"É possível não ir?" Eduardo também sabia que não era possível, e ele não queria que Renata desistisse de seus sonhos por ele, muito menos prendê-la como um canário em uma gaiola, apenas para mantê-la por perto. Então, ele apenas falou sem muita esperança.

Renata hesitou um pouco. "Eu ainda estou pensando."

Essa resposta foi totalmente inesperada para Eduardo, ele podia sentir que Renata queria ir. "Por quê?"

Será porque não queria deixá-lo?

Só de pensar que essa poderia ser uma possibilidade, o sorriso nos lábios de Eduardo era incontido, mesmo que houvesse apenas um por cento dessa razão, ele ficava muito feliz.

Renata abraçou sua cintura, com o rosto pressionado contra seu peito, podendo ouvir claramente o batimento cardíaco rápido do homem. "Provavelmente por sua causa."

Desde que soube da competição, ela queria participar, mas por algum motivo, quando Doutor Samuel a questionou, ela hesitou.

Naquele momento, ela também não sabia pelo que estava hesitando, talvez fosse apenas – intuição feminina.

"Verdade?" Ao ouvir isso, o coração de Eduardo aqueceu-se instantaneamente, nesse momento, todo o ressentimento e agravos foram alisados, uma sensação elétrica de formigamento subiu dos pés à cabeça, explodindo em inúmeros fogos de artifício de alegria em sua mente, fazendo-o sentir-se inexplicavelmente confortável.

Por causa dessas palavras, ele sentia que mesmo se Renata realmente precisasse ficar no exterior por um ou dois meses, ele conseguiria suportar.

Eduardo a abraçou fortemente, sua resposta física ainda era evidente, até mesmo um pouco dolorosa, mas naquele momento, ele não tinha nenhum pensamento naquela direção, ele só queria abraçá-la assim.

Apenas abraçá-la assim, sem fazer mais nada.

O silêncio preenchia a sala de estar, os dois abraçados pacificamente, com a luz quente iluminando o rosto de Eduardo, suavizando as linhas duras de seu rosto.

Nesse ambiente, o olhar de Renata se tornou vago, a mente turva, ela fechou os olhos, sentindo-se sonolenta e querendo dormir.

Mas manter essa posição por muito tempo certamente seria desconfortável, então ela, aproveitando que ainda não estava completamente relaxada, cutucou a barriga de Eduardo com o dedo. "Leve a tigela para a cozinha, estou com sono."

Eduardo, até aquele momento, ainda estava imerso naquela emoção avassaladora. Ao ser cutucado por Renata, o impulso reprimido e a urgência física vieram à tona instantaneamente, ele murmurou baixinho, quase se rendendo naquele instante.

Mas era apenas um impulso, e ele não agiu, caso contrário, sua reputação de 'não funcionar' com Renata seria incontestável.

Eduardo levou a tigela para a cozinha, enquanto Renata deitava-se no sofá à espera dele, mas rapidamente sucumbiu ao sono pesado, fechando os olhos.

“Crash…”

Renata acordou com esse som, sentando-se de súbito no sofá, com um olhar ainda confuso, mas imediatamente olhou em direção à cozinha.

O som vinha de lá, um som nítido de uma tigela quebrando.

Ela não se lembrava se tinha fechado a porta da cozinha, mas naquele momento, a porta estava fechada, e Eduardo não estava à vista.