CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 597

"Assustada," Eduardo disse com uma expressão tranquila, "na frente da pessoa que você gosta, é claro que você quer se apresentar bem. E se você me visse nesse estado lamentável, e se arrependesse de ter concordado em se casar comigo?"

Renata ficou em silêncio.

Ele falava seriamente, mas ela ainda sentia que algo estava errado. No entanto, Eduardo parecia completamente normal, até o suor fino em sua testa já havia secado.

Renata instintivamente estendeu a mão para segurar a de Eduardo, mas ele a evitou.

"..."

Depois de terem aberto seus corações um para o outro, essa foi a primeira vez que Eduardo evitou o toque dela intencionalmente.

Renata olhou para ele surpresa. Eduardo então abriu suas mãos diante dela, explicando "Estão sujas de óleo."

Eduardo se virou para lavar as mãos, não sem antes avisar "Não entre."

Depois de lavar as mãos, ele juntou os cacos e o molho espalhados pelo chão, jogando-os no lixo, e limpou o chão com o esfregão. Depois de terminar, ele finalmente estendeu a mão para Renata. "Desculpe, te assustei?"

Renata assentiu, "Eu te chamei, mas você não respondeu."

Ela não estava mentindo; ela realmente havia se assustado.

Eduardo disse, "Não ouvi, não vai acontecer de novo."

Ele estava sujo, então foi tomar um banho assim que voltou ao quarto. Renata sentou-se no sofá, olhando fixamente para o nada.

Ela ainda estava pensando na expressão de Eduardo quando ele abriu a porta, e de repente, sentiu como se tivesse sido levemente golpeada na cabeça.

Não doeu, mas foi o suficiente para trazê-la de volta de seu transe.

Renata ergueu a cabeça, encontrando o olhar de Eduardo. Ele estava vestindo um pijama cinza escuro, seu cabelo não estava molhado, mas claramente ainda úmido, "No que você está pensando? Chamei você várias vezes, vai se lavar, não está cansada?"

"Oh, certo."

Renata levantou-se e foi para o banheiro. Depois de terminar, percebeu que havia esquecido de levar uma troca de roupas com ela. Ela olhou para o suporte de toalhas, mas não havia roupão.

Será que ela teria que sair enrolada em uma toalha?

Não era que ela estivesse envergonhada; eles iriam se casar, afinal, o que mais havia para ser tímido? Ela estava mais receosa, sentindo que cada vez que faziam amor, Eduardo parecia estar provando algo secretamente para ela.

Renata enrolou-se na toalha e abriu cuidadosamente uma fresta da porta do banheiro, espiando para fora. Eduardo não estava à vista.

Ela começou a ficar nervosa, prestes a abrir a porta completamente, quando de repente ouviu a voz de Eduardo, soando quase como uma risada, "Procurando por algo?"

Renata se assustou, quase batendo a cabeça na porta "O que você está fazendo? Assustar alguém pode ser fatal."

Aproveitando que Eduardo não estava olhando, ela tocou seu peito, respirando aliviada. Provavelmente tinha se assustado antes, na cozinha, agora estava um pouco paranóica, facilmente perdida em pensamentos quando não via ele por perto.

Eduardo riu baixo.

Renata estava prestes a falar, quando, no segundo seguinte, Eduardo estendeu a mão para ela, segurando seu pijama "Sra. Adams toma banho sem levar roupa, estava planejando sair assim?"

O rosto de Renata, já avermelhado pelo vapor, ficou ainda mais vermelho, e ela sentiu calor.

Ela rapidamente pegou o pijama de sua mão, voltou para o banheiro, e fechou a porta com um 'bang'.

Quando ela saiu, trocada, Eduardo já estava na cama. Renata levantou o cobertor, pronta para se deitar, então franzindo o nariz perguntou, "Você fumou?"