Cativa do Sheik romance Capítulo 11

Quatro meses atrás, primeiro dia de trabalho de Isabela, almoço beneficente...

Lá está ela, a garota independente de cabelos vermelhos que meu pai tinha me dito. Isabela Saladino.

Ela estava posicionada ao lado dele fazendo seu papel de intérprete. Lembro-me de ter passado os olhos por seu conjunto discreto, mas vermelho, uma cor que eu gosto, cores que meu pai nunca verá em minha mãe. Ele odeia cores fortes. Chamam muito a atenção.

Como uma garota tão jovem pode ser independente? Eu me pergunto enquanto a vejo trabalhar.

Meu pai quando soube disso comentou comigo também. Ela é muito jovem para lidar com a vida sozinha.

Meu baba(pai) me chama, e eu caminho até eles. Claro que ele não foi para me apresentar pessoalmente a sua assistente. Ele apenas faz uso de seus empregados e os trata como uma classe inferior.

— Filho, esse é Willian Reney. Ele que passará a organizar as festas.

—Salaam Aleikum —O cumprimento.

—Alaikum As-Salaam—Ele responde.

—Prazer em conhecê-lo.

Eu aceno para ele e digo:

—Gostei do seu trabalho. Você deixou tudo muito mais comovedor. —Falo no meu perfeito inglês e dou uma olhadinha para a intérprete. Seus olhos verdes estão sobre mim e ela sorri de leve sob meu olhar. Mas logo desvia seus olhos dos meus e mantém sua postura séria.

Meu pai se despede e se afasta. Isabela o segue atenta à nova conversa que se inicia com o embaixador.

Fico com Willians, ele está me explicando sua estratégia de chamar mais atenção para os donativos com as imagens usadas. Mas enquanto eu faço que o ouço, passo os olhos pelas pernas da assistente de meu pai.

Com certeza ela está usando meia calça um tom um pouco mais escuro que sua pele branquinha e eu me sinto confuso com a liberdade que começa a tomar meus pensamentos, eles se tornam de repente inadequados, pervertidos. E eu trato imediatamente de afastá-los e tento manter o foco na conversa, mas quando me vejo, meus olhos estão procurando sua linda figura novamente.

Quando me afasto de Willians para pegar uma bebida, a vejo sozinha. Meu pai está conversando com um Tarif Kalil, um emiradense-árabe, editor da revista do meu país de origem.

Ela é a mais discreta do lugar cheio de mulheres. Muitas usam vestidos extravagantes. Essa festa é mista, formada por árabe-ingleses, isso explica essa miscigenação. Isabela se vira para a mesa de salgados, e eu a vejo de perfil saboreando um. Seu nariz é arrebitado, seus lábios cheios e parecem macios.

Caminho até ela, ainda intrigado com essa fascinação que ela despertou em mim.

—Salaam Aleikum.

Me agrada ver o rubor se arrastando lentamente sobre a pele dela. Seu rosto fica sério.

—Alaikum As-Salaam.

—Como aprendeu a falar bem a minha língua? —Pergunto para ela no meu bom inglês, fruto de constantes estudos da língua.

—Meus avós eram emiradenses. E meus pais fizeram questão de preservar parte da cultura e a língua.

Eu lhe dou um leve sorriso.

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