Cativa do Sheik romance Capítulo 12

Resumo de Tempo presente: Cativa do Sheik

Resumo de Tempo presente – Capítulo essencial de Cativa do Sheik por Sandra Rummer

O capítulo Tempo presente é um dos momentos mais intensos da obra Cativa do Sheik, escrita por Sandra Rummer. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Narro tudo para Burak, ocultando algumas impressões e sentimentos até a conversa que tive agora no celular com meu pai....

—Seu pai renunciando ao neto? —Ele então me pergunta.

—Neto? Pelo que vi, ele nem o considera assim. E é a forma dele manobrar tudo para que eu não me case. Ele achou que isso me pararia. É muito tradicionalista, e Camily é o que ele deseja como esposa para mim.

—Ele está sendo muito duro com você.

— Sim. Mas eu já esperava por isso. A criação dele foi muito rígida. Meu avô era muito enérgico. Claro que não veria com bons olhos o fato de eu me casar com Isabela. Mas abrir mão do neto? Isso é novo para mim.

Burak se inclina na minha direção.

—Você não teme que ela descubra que seu pai desistiu da ideia de ficar com o neto?

Minha mão se fecha.

— Sempre há o risco de ela descobrir, mas até lá, eu espero que estejamos mais unidos e ela entenda o que me levou a omitir tudo.

Burak coça a cabeça.

—O que houve com você? Estou surpreso. Você parecia estar gostando de Camily.

Eu rio amargo.

—Eu me sentia como se tivesse com um prêmio de consolação. Mas sempre olhando para trás, com aquele sentimento que eu estava jogando fora o grande prêmio.

—Eu não entendo esse seu sentimento por essa mulher.

Eu solto o ar.

—Eu fui um idiota. Você sabe que sempre trabalhei muito. Achei que eu a esqueceria. Deveria ter me aproximado dela e tentando entender o que eu estava sentindo toda vez que conversávamos. Se você pegar o Notebook do meu escritório, e olhar meu histórico, verá as minhas entradas no perfil dela no Facebook. Eu fazia milhões para o grupo Ibrahim e nos meus momentos de calmaria e silêncio eu entrava lá. Vendo se ela tinha postado algo ou conhecido alguém novo. Mas ela sempre foi discreta, poucas fotos, poucas amizades, e ainda assim como um vício, eu checava sua vida.

—E você continuou distante?

—Aí é que está. Quando eu coloquei no meu coração de procurá-la, meu irmão me ligou me dizendo que estava saindo com ela. Bem, o resto você sabe...

—E agora? Que você a tem nas mãos? Qual é o seu sentimento?

Tamborilei os dedos na mesa num gesto nervoso.

—Eu me sinto pequeno. Diminuto. Gostaria que ela estivesse comigo por livre e espontânea vontade.

—Você está brincado. Amigo! A garota acabou de perder o homem que ela gostava e está grávida dele.

—Allah! Eu sei, mas ela me deixa louco. Preciso tomar cuidado para não me esquecer disso. Preciso ter paciência com ela. Agora o que não posso é deixá-la partir. Eu não conseguiria colocar a cabeça no travesseiro sabendo que ela terá que refazer sua vida com uma criança.

—Raed, é isso mesmo? Você poderia dar a vara para ela e ensiná-la pescar, ao invés de dar o peixe. Comprar um apartamento como seu pai disse, colocar uma babá, dar dinheiro para ela...

Eu respiro fundo com as palavras dele.

—E a criança? Ela precisa de um pai.

Burak respira fundo quando vê a minha determinação.

—É isso mesmo? Ou está se enganando?

—É isso e não vou abrir mão dela dessa vez.

—Você que sabe.

—Por favor, quero total discrição com o que conversamos.

—Claro. Mas você não errou em ter contado a verdade para Camily?

—Sinceramente? Não sei. Não sei o que seria pior.

—Você já marcou a data do seu casamento?

—Não, ainda não.

—E como será o casamento?

—Simples. Nos casaremos apenas no papel. Nunca fui chegado às tradições mesmo. Sempre fiz o que quis.

—É, amigo, somos as ovelhas negras das nossas famílias.

Assinto com um sorriso. Burak também, para desgosto de seus pais, se casou com uma estrangeira, uma americana.

—Por que você acha que nossa amizade perdurou? Você me entende e eu te entendo.

Ele ri.

—Isso é verdade. Bem chefe, preciso trabalhar. Você vai para o escritório?

—Não, vou tirar essa semana para mim.

—Você que sabe, você é o chefe. E...se teu pai perguntar por você?

—Ele não vai perguntar por mim.

—Está certo então.

—Foi bom conversar com você, meu amigo. Eu me sinto bem melhor.

—Fico feliz. —Ele diz sorrindo.

—Vou precisar de testemunhas para o casamento. Gostaria que você fosse e levasse sua esposa. Eu aviso a data.

—Pode contar comigo.

Pouco tempo depois entro na sala e me deparo com Isabela. Ela está distraída com um livro nas mãos. Passo os olhos pelos cabelos de fogo que emolduram seu belo rosto. Estes que sempre me fascinaram estão mais compridos, eles passam um pouco de seus ombros.

Isabela Saladino é a mais pura perfeição e agora ela é minha noiva. Uma combinação estonteante de inteligência, ousadia, força e vulnerabilidade. Uma combinação que me enfeitiçou.

Passo os olhos pela estrutura delicada de sua linda figura. Ela está vestindo uma saia preta com uma blusa branca. Posso ver só um pouco da lateral de suas pernas.

Hum, sua pele parece lisa e macia ao toque.

Uma descruzada de pernas foi o suficiente para aumentar meus batimentos cardíacos a níveis perigosos. Minha respiração se agita. Ela então respira fundo e ergue a cabeça. Seus olhos verdes encontram os meus e eu suavizo meu olhar, tento não a olhar como se estivéssemos sozinhos em um quarto.

—Tudo bem?

Embora pálida, fica ereta, o queixo erguido.

—Seu pai esteve aqui.

Ela observa o meu peito arfar enquanto sinto um nó desconfortável na garganta.

—Aqui? —Procuro camuflar o nervosismo na minha voz.

Calada, mantém seus olhos verdes com aquele estreitamento desafiador.

Allah! Eu deveria ter imaginado. Claro que ele a procuraria.

Eu caminho até ela, minhas pernas quase não me sustentam, estou muito nervoso. Sento-me ao seu lado. Ela está muito tranquila me dizendo isso.

Ele lhe contou sobre a sua decisão? Que a deixará partir sem exigências nenhuma?

—Sim.

Ela passa a mão nos cabelos.

—Eu quero te pedir perdão. Você está lutando contra tudo para eu ficar com meu filho. Hoje quando seu pai veio aqui, pensei nisso, ele pode me caçar e me achar, e eu vou perder meu filho, pois é muito claro que ele vai entrar na justiça. E eu aqui, dificultando as coisas para você.

As palavras dela agitam meu coração e eu sorrio nervoso. Estico minha mão e seguro a dela. Estão tão frias, contenho o desejo de levá-las aos meus lábios.

—Desculpas aceitas. Faça as malas. Vamos partir hoje.

—Hoje? Para onde? —Ela questiona, parece agitada.

—Gênova.

—Itália?

—Exato.

—Ficaremos em um hotel? —Ela me questiona, a ponta da língua umedecendo o lábio carnudo inferior.

E eu reprimo meus pensamentos eróticos, tentando diminuir minha ereção. Sim, eu sou um estranho. Ela sempre foi estável, sempre focada no trabalho. Ela nunca me olhou diferente.

Allah! Por que foi se envolver com meu irmão?

Por fim respondo:

—O hotel é muito impessoal. Prefiro ficar com você em uma casa. Mas antes que me diga algo, quero que saiba que dormiremos em quartos separados.

Ela respira fundo.

Alívio?

—Entendo. —Ela dá um sorriso fraco. —Tudo bem, vou fazer as malas.

Agora ela parece tão delicada e formosa que me sinto tentado a tocar seu rosto, mas me contenho.

—Ótimo. Vou chamar uma serva para te ajudar. —Digo observando-a se levantar.

—Não precisa. —Ela diz e cambaleia. Eu me levanto e a seguro. Ela se apoia no meu peito. Eu estremeço. Quando ela ergue o rosto, minha voz some encarando aqueles olhos claros. —Eu já estou bem.

—Tem certeza?

Eu lhe dou um olhar demorado, como ela não me responde, eu a carrego no colo.

—O que está fazendo?

Ela se retrai, visivelmente irada. Sou invadido por aquela sensação desconfortável de rejeição e que sempre me foi comum, dado a severidade que foi minha vida, mas que agora me incomoda e muito. Caminho como um robô, sem olhá-la com ela nos braços. Se eu fizer isso, vou sucumbir ao desejo. Digo olhando para frente:

—Nada, apenas te levando para o quarto. Não quero que corra o risco de cair por aí.

A coloco em frente a porta e a abro. Eu a encaro com o semblante sereno, mas trovejando por dentro.

—É verão na Itália, então leve roupas leves, meia-estação.

Os lindos olhos verdes focam nos meus e ela acena com a cabeça. Eu controlo meu impulso de beijá-la.

Preciso ir devagar. Sem impor, forçar... É um grande exercício de resistência, mas valerá a pena. Eu não vou desistir dessa vez. Eu a quero para mim, cada centímetro de Isabela. Quero memorizar cada sarda, cada marca de nascença. Saber tudo sobre ela.

Quero seus gemidos na minha boca, quero seu coração trovejando contra o meu, mas não de medo. E muito mais que seu corpo, quero seus pensamentos, quero seu coração, sua alma, seus sentimentos.

Chega de viver de lembranças, recordando continuamente seu brilhante sorriso, ou a beleza inocente de seus olhos ou a forma interrogativa como ela ergue suas sobrancelhas.

Sentimentos intensos atemorizam e eu dei ouvidos e estou pagando caro...

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