Cativa do Sheik romance Capítulo 30

Resumo de Eu estou devolvendo a sua liberdade.: Cativa do Sheik

Resumo de Eu estou devolvendo a sua liberdade. – Cativa do Sheik por Sandra Rummer

Em Eu estou devolvendo a sua liberdade., um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Cativa do Sheik, escrito por Sandra Rummer, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Cativa do Sheik.

A noite foi terrível. Não consegui dormir direito. Passei as horas observando Raed dormindo. Acho lindo a forma como ele segura o travesseiro. Fico reparando em suas pestanas e como elas são perfeitas, compridas. A luz do luar banhando o corpo dele, revelando seus braços fortes e poderosos, suas costas largas, musculosas.

Quando eu estou quase pegando no sono, ele se mexe e seus braços me procuraram para um abraço. Aconchegada a eles eu fecho os olhos e finalmente consigo dormir.

Acordo dez para às oito. Raed ainda dorme. Os minutos passam. Aos poucos Raed começa a abrir os olhos e logo eles procuram meus olhos.

—Sabāha l-ḫair (Bom dia). —Eu digo, com um leve sorriso.

Raed me dá um sorriso fraco e me puxa para os seus braços.

— Sabāha l-ḫair. Allah! Como eu dormi!

Ele me afasta e me olha.

—Sim, desde ontem à tarde. —Digo.

—E você? Deitou-se cedo ontem? Você parece abatida.

Eu enceno um sorriso.

—Demorei para pegar no sono. Depois que você dormiu, fui até a sala de música e brinquei de tocar piano. Depois jantei, dei um tempo lá fora no jardim, e lá pelas dez horas eu me deitei, mas ainda assim foi difícil pegar no sono.

Ele me beija carinhosamente. Aperto os olhos e os mantenho fechados, um sentimento contraditório aos meus pensamentos de deixá-lo me assalta, mas eu o rejeito.

Quando nos afastamos ele me fala, passando a mão nos meus cabelos.

—Hoje vou tentar marcar uma consulta para você com uma médica conhecida da família. Ela é obstetra. Se eu conseguir, eu te ligo e então mandarei o motorista. Ele irá te levar para fazer o exame. Vou avisar Hamira que ela irá com você.

Isso significa que ela sabe da minha condição, talvez saiba até que esse filho é de Zein. Mas do jeito que ela é fiel ao dono, nunca comentou nada comigo.

—Está certo. —Forço um sorriso. Triste pelo que irei fazer.

Ele me dá um beijo demorado na boca, suas mãos são como fogo percorrendo pelo meu corpo, mas eu o paro. Seguro as mãos dele. Não estou me sentindo bem, tanto fisicamente como mentalmente. Raed me olha estranhando meu gesto. Eu nunca neguei nada a ele.

—O que foi? —Ele sussurra ternamente.

—Eu...eu não estou muito bem.

Ele me olha preocupado.

—Está tudo bem com o bebê? Você está sentindo alguma coisa?

—Como sabe, não dormi direito. Acho que é isso. Amanheci indisposta.

Um lindo sorriso terno se abre em sua boca.

—Eu me sinto falho com você, já deveríamos ter feito exames.

Forço um sorriso.

—Você já tem feito muito por mim. —Abro minha boca para confessar que o amo, mas a fecho. Se eu disser, ele pode dizer que me ama de volta, e sairá forçado e isso irá me confundir.

Raed paira sobre mim e me beija com carinho a minha boca. Quando ele se afasta, diz:

—Hoje, sem falta, você irá no médico. Vou ligar para a doutora e pedir urgência.

—Está certo.

—Gostaria de passar o dia junto com você, mas preciso sair. Hoje eles irão tirar a sedação do meu pai, e quero estar ao lado dele quando ele acordar.

—Não se preocupe, habibi.

Raed acena um sim triste e me beija. Nu entra no chuveiro, toma banho enquanto eu fico na cama. Então ele sai e começa a se trocar na minha frente. Meus olhos, como sempre, não deixam de passar pelo seu corpo perfeito em admiração.

Ele se veste rápido. Coloca então o paletó de seu terno negro sob medida. Hoje ele está inteirinho com essa cor, inclusive a camisa e a gravata.

—Quando você chegar, vou pedir para Hamira me ligar, para saber se está tudo bem. — Ele me olha ainda deitada na cama. —Quer que eu peça para trazerem o café aqui para você?

Eu nego.

—Não, já vou me levantar. Quer que eu te acompanhe agora no café?

—Não meu anjo, não tenho tempo para café hoje.

Raed se inclina e me beija. Sai deixando seu perfume e levando meu coração com ele.

—Até a noite.

Dez minutos depois que ele saiu, vou até o closet atrás do meu passaporte. Ele está num lugar secreto, mas não tão secreto assim. A rotina o deixou descuidado, e eu já o observei guardando documentos lá.

Se trata de uma parede falsa, é só apertá-la e ela se abre.

Faço isso, só que me deparo com um grande empecilho, um que eu não contava, atrás dela um cofre.

—Eu as compro para você.

Eu fungo.

—Não! Eu quero poder comprar minhas próprias roupas.

Ele funga do outro lado também.

—Tudo bem. Quanto você precisa?

—Você sabe o quanto tudo aqui é caro. Preciso de uma quantia razoável, não quero passar vergonha.

Posso ouvir sua respiração dele se agitar. Ele fica um tempo calado.

—E então? —Pressiono.

—Tudo bem. Dentro do closet, tem uma parede falsa, é só apertá-la e ela se abrirá. Nela contém um cofre. Lá tem a quantia que você precisa. A senha é 204070

Meu coração se aperta com sua generosidade, mas mantenho meu plano. Não posso amolecer agora.

—Obrigada, habibi.

—Nos vemos mais tarde. Quero saber todos os detalhes do seu exame e ver os vestidos que você comprou.

Pisco com as lágrimas.

—Está certo, até mais tarde.

Desligo, e olhando fixamente para frente penso:

Adeus meu amor...faço isso por você. Para que você volte sua vida normal. A minha situação não te deixou escolhas devido ao seu passado de descaso. Eu estou devolvendo a sua liberdade.

Minutos depois, estou em frente ao cofre e encontro tudo que preciso. Há muitos dólares, libras, euros e o dirham daqui.

Pego Dirham o suficiente para comprar minha passagem e as libras. Coloco meu passaporte na bolsa junto com meus documentos.

Respiro fundo. Não quero essas lágrimas traiçoeiras descendo pelo meu rosto, mas não consigo evitá-las. Tomo um banho e coloco uma roupa bem confortável para a viagem. Ainda bem que na Inglaterra essa parte do ano é verão, pois não poderei levar casaco, se bem que o montante de libras que peguei dá para comprar um e recomeçar minha vida.

À princípio ficarei na casa de minha tia até arrumar um emprego e então, correr atrás de um lugar para morar.

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