Resumo do capítulo Vou encontrá-la, nem que eu tiver que ir ao inferno, mas eu a trarei de volta. de Cativa do Sheik
Neste capítulo de destaque do romance Romance Cativa do Sheik, Sandra Rummer apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Raed
Depois do telefonema de Hamira volto para casa como um louco. Dirigindo pelas ruas como se estivesse participando de um racha com alguém.
Estaciono meu carro e salto dele o deixando com a porta aberta. Ofegante, entro no palácio. Hamira já me espera, ela sentiu como eu estava nervoso ao telefone quando ela me ligou dizendo que Isabela tinha sumido.
—Por Allah! Hamira. Explique-me isso direito. —Esbravejo. — Como Isabela foi embora? Como?
Ela chora.
—Depois do procedimento, ela simplesmente me deu um beijo e saiu. Eu fiquei aturdida olhando ela ir embora, sem entender seu gesto.
—Então vocês chegaram a ir ao médico?
—Sim. —Hamira me olha ofegante. —Ela perdeu o bebê.
Eu estremeço.
—Como assim, ela perdeu o bebê? Se ela tivesse perdido, nós saberíamos, não saberíamos?
Hamira aperta as mãos em aflição.
—Nem sempre. Ela pode ter perdido o bebê e não ter falado nada. A ultrassom revelou que havia tecidos placentários apenas. Eu até me admirei com a atitude dela, era como se ela já esperasse o diagnóstico do médico. Então o médico fez um procedimento para retirar o que ficou. Ela ficou em observação e então, quando o médico a dispensou ela me deu um beijo no rosto dizendo “agradece Raed por tudo” e foi embora. Pelo jeito vossa excelência não a encontrou no aeroporto.
—Não, nem sinal dela. —Digo exaurido das minhas forças. —Tinha acabado de sair um avião para Londres.
Sento-me no sofá. Justo agora que meu pai ficou bem comigo, me perdoou pelo que eu fiz, que entendeu minha atitude de me unir a Isabela. Recebi até a benção dele. A eminência da morte realmente mexeu com ele.
Sinto a fúria lutando contra a dor por ela ter me deixado sem uma palavra.
Por isso ela queria o dinheiro!
Que idiota eu fui!
—O que fará?
Eu ergo meu rosto.
—Vou encontrá-la, nem que eu tiver que ir ao inferno, mas eu a trarei de volta.
Uma semana depois....
Raed...
Contratei um investigador particular em Londres para descobrir o paradeiro de Isabela. Ainda não obtive respostas. Isso significa que ela ainda não se expôs, ainda não arranjou um emprego. Com certeza ela deve estar vivendo com sua tia, a tal roqueira. Só de me lembrar dela acaba comigo. Adoro nela aquele traço de vulnerabilidade a despeito da sua boca atrevida.
Paciência, agora é meu nome.
Meu pai graças a Deus tem boas chances de recuperação, segundo os médicos, hoje mesmo ele terá alta. O coração está reagindo bem com as pontes de safena. Durante esse tempo que tenho o visitado há uma quietude entre nós, uma paz, uma compreensão das coisas. Aquele velho Sheik turrão amoleceu.
Agora estou ao lado dele, sentado numa cadeira, olhando para o nada, pensando na minha vida, tentando aplacar esse vazio que ficou no meu coração.
—Como você e Isabela estão? —Meu pai, de repente, pergunta.
Ergo meu olhar. E fico um tempo calado, tempo demais.
—Nós vamos falar sobre o que aconteceu? Ou vamos ignorar a girafa no meio desse quarto?
E agora? Preciso dizer a verdade, não conseguirei ocultar mais nada de meu pai. Sempre fui verdadeiro com ele, sempre bati de frente, ele sabe disso.
—Ela perdeu a criança e me deixou. Sem se despedir, ela foi embora.
Preocupado com o que ele possa sentir com isso, observo sua reação. Mas ele apenas pergunta:
—E o que pretende fazer a respeito disso?
Eu abaixo a cabeça na cama. Meu pai passa a mão nos meus cabelos e diz: —Perdoe-me, eu errei. Me perdoe pelo modo como agi com você, meu filho.
Eu me levanto e o beijo na testa.
—Estou feliz que tenha me contado. Eu sempre me perguntei por que o que eu fazia nunca era o suficiente para agradá-lo.
Meu pai enxuga as lágrimas.
—Eu sempre te admirei, mas sei que sempre fui muito duro com você. Eu coloquei uma barreira entre nós e depois não sabia mais como quebrá-la. Mas a eminência da morte me trouxe um grande arrependimento da minha omissão como pai. Sei que não fui um pai presente. Eu pretendo recuperar o tempo perdido caso você me perdoe.
Com lágrimas nos olhos aperto a mão do meu pai e depois a beijo. Ergo meus olhos para ele.
—Baba...claro que te perdoo.
—Fico feliz, meu filho.
—Eu posso nem ser seu filho.
Meu pai ofega.
—Quando surgiu o exame de DNA, você tinha dezoito anos. Enquanto você dormia, eu mesmo cortei uma mecha de seu cabelo e pedi o exame. Você é meu filho.
Eu choro de cabeça baixa.
A porta se abre e minha madrasta entra no quarto. Ela fica sem ação quando nos vê emocionados. Ela está mais magra. Nem parece a mulher que meu pai se casou. A perda de Zein e a doença do meu pai a abateu muito.
—Volto outra hora.
Eu enxugo minhas lágrimas:
—Não, fique com ele. Eu preciso ir para o escritório, há assuntos pendentes para resolver. Tudo bem, baba?
—Sim, meu filho, vai.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Cativa do Sheik
Muito bom mesmo esse livro!...
To gostando desse livro... bem leve e interessante....