Logo que o carro avança pelas ruas estreitas ele diz:
—Pensei em irmos até o Aquário de Gênova é o maior aquário da Itália.
Eu ri.
—Tantos lugares para ir e vamos a um aquário?
Raed para no farol e olha para mim.
—Você diz assim pois não viu esse aquário. Ele é localizado na antiga área portuária e tem 33.000 pés quadrados. Recebe mais de 1,2 milhão de visitantes por ano.
Ele fala com tanto entusiasmo que eu estou envergonhada por remar contra. Há tanto magnetismo nele, que não consigo discordar e fazer meu papel de mulher incompatível. Apenas aceno com a cabeça sem conseguir desviar os meus dos intensos dele.
Durante o percurso eu lanço um olhar para ele. Raed parece descontraído, mas está em silêncio, preso em seus pensamentos. Sinto algumas vezes ele me observando, tento não enlouquecer, mantenho minha vista ocupada olhando pela janela. O percurso é magnífico e está valendo muito só pela paisagem, do meu lado direito uma grande montanha e do meu esquerdo mar Ligúria.
Depois de vinte minutos o cais. O aquário fica ao lado dele. De um lado muitos barcos ancorados, desde pequenos até iates. Raed desce e abre a porta para mim.
Eu desço, ele fecha a porta do carro então aciona as travas com a chave. Estende a mão para mim. Pego a mão dele, mas Raed não se contenta com ela, ele me cerca pela cintura e só se afasta quando fica impossível caminharmos juntos.
—Que espetáculo! —Exclamo ao ver os peixes e três baleias na parede de água que se ergue uns vinte metros para cima. Eu me sinto como se estivesse no fundo do mar.
—Você não viu nada habibi. Tem muitos ambientes assim para vermos. —Ouço Raed me dizer.
Eu olho para ele, impressionada. Raed sorri.
—Eu sabia que você iria gostar.
Assinto para ele.
—É uma imensidão, me sinto insignificante diante de tanta beleza, tanta perfeição.
Raed sorrindo me envolve pela cintura.
—Vem. Vamos ver os corais, se você está impressionada com os peixes, você precisa ver o colorido intenso dos corais.
Os momentos correram prazerosos, eu acabei relaxando ao lado de Raed e acabei entendendo o porquê ele me levou ao aquário. O contato com a criação nos traz vida e é relaxante. Não há nada que se levante contra isso.
Quando saímos do aquário já era uma hora. Então fomos até um restaurante ali perto. A decoração é bem tipicamente italiana. As mesas com toalhas xadrezas em branco e vermelho, garrafas e queijos pendurados no teto.
Vamos para uma mesa no canto, a iluminação é natural que vem dos janelões de vidro. Eu me sento de frente pra ele. Peço suco de uva, desde que soube da gravidez não bebo nada com álcool. Sinto meus músculos tensos e não quero que Raed perceba o quão sua presença me perturba.
Estou sedenta. Levo o copo aos lábios e dou o primeiro gole, mas quase não consigo engolir quando vejo o jeito que Raed me observa. É difícil me manter tranquila, meu semblante impassível.
Fique calma, ele é do tipo dominador, e está querendo te sentir nas mãos dele e ele sabe como agir. Esse homem é o árabe mandão e sem-consideração, lembra?
Pedimos risoto de camarão e Raed escolhe um vinho de boa safra. Os minutos a seguir vão ficando leves. Quando me vejo, estou ouvindo ele falar, esquecida da minha gaiola.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Cativa do Sheik
To gostando desse livro... bem leve e interessante....