Cativa do Sheik romance Capítulo 40

Eu me visto com meu terno negro, ajeito o nó da minha gravata e adiciono as minhas abotoaduras. Saio do quarto e encontro minha sombra na sala. É assim que vejo Kate. Mas meu olhar não se demora nela e sim na minha acompanhante, Isabela.

Deus, ela está deslumbrante com esse vestido longo vermelho. Seus cabelos castanhos-avermelhados estão presos no alto da cabeça, apenas alguns fios caem na lateral de suas faces.

Ela realmente é impressionante. Seu rosto é um dos mais expressivos que eu já vi. Maças salientes, lábios cheios e olhos cor de esmeraldas. Sinto o baque no meu corpo quando a vejo, ainda bem minhas calças não são justas.

Isabela se vira para mim.

Com um sorriso conquistador vou até ela, mas ela é imune ao meu charme e a frustração se agita dentro de mim e, finalmente admito, eu daria de tudo para tê-la na minha cama. Mas ela só relaxa quando temos que representar. Sempre me olha assim, fria, profissional.

Isso é broxante.

Isabela

Estamos na casa do embaixador. Meu peito se aperta quando sinto o vazio. Já o conheço nas festas que ele deu, não como a convidada principal, mas como a tradutora do Sheik Youssef.

Nunca estive em sua casa antes.

Allah! Cada polegada minha quer voltar no tempo novamente e nunca ter olhado para Zein. E o pior, virei as costas para Raed, sem ao menos conversar com ele.

Limpo uma lágrima furtiva.

Estou ao lado de Luke enquanto ele cumprimenta todos os membros do gabinete. O sorriso dele, a coisa mais perfeita que eu já vi. Mas eu sou imune a isso.

Ele me apresenta como sua namorada a todos. Eu inalo com a mentira. Não me sinto bem com ela.

Os homens me olham com admiração.

As mulheres com interesse e inveja.

Eu deveria ter ficado com minha tia, mesmo vendo a entortada de nariz que ela dava quando começou a se incomodar com a minha estadia em sua casa.

Kate está ao meu lado. Se ela fosse mais nova, acredito que ela investiria em Luke. Ela o olha com fascinação evidente. Mas ela tem seus cinquenta e oito anos e ele trinta, e Luke gosta das ninfetas.

Luke pega meu braço e sai comigo pela sala com sua caminhada confiante, saudando rapidamente aqueles que o cumprimentam. Sua postura e passos são de um homem que sabe o que quer e sabe que ele é o centro de atenção de todos, principalmente das mulheres. Nem o próprio embaixador que está dando a festa tem esse magnetismo todo.

—Embaixador, quero te apresentar, Isabela.

O Senhor muito bem-vestido de cabelos grisalhos sorri para mim.

—Eu a conheço. Você não é a árabe tradutora do Sheik Youssef?

—Sim. Eu mesma.

Luke sorri com a lembrança dele e me olha.

—Não poderia ter escolhido melhor pessoa Luke. Raed, o príncipe nunca poupou elogios a seu trabalho.

O tocar no nome de Raed foi como um golpe certeiro no meu coração. Ele pula e depois se agita e agora está apertado dentro do meu peito.

—Obrigada. —Forço um sorriso.

Luke me leva para outro canto da sala e me apresenta a algumas pessoas, eu aceno para elas sabendo que nunca mais as verei. Logo que ele se eleger, vai acabar essa farsa.

Alguém importante chega na festa, pois primeiro cai o silêncio e depois escuto os burburinhos atrás de nós.

Isso me faz lembrar quando o sheik e Raed entravam em cena. Era sempre assim. Os poderosos magnatas do petróleo silenciavam sempre os convidados.

Eu me viro para ver quem é.

Allah!

A voz dele, profunda e firme, cheia de sotaque enche a sala quando ele fala com o embaixador. Fico imediatamente, abalada demais para pensar no que faço agora. Tremula, assombrada e sem saber como reagir a isso, tento controlar meu nervosismo para não desmaiar, mas o ritmo da minha respiração aumenta.

Raed? Arregalo mais meus olhos, incapaz de acreditar no que estou vendo.

Ofego e a convicção que uma catástrofe está para começar me faz me afastar de Luke imediatamente.

O perfil perfeito, a tez morena de um homem do deserto, o porte realçado pela luz forte do lustre de cristal o deixam mais belo. Ele está mais magro, de repente noto.

Sinto-me como se tivesse sido remessada ao passado.

Só que eu mudei.

Não sou mais a mesma quando o olho.

A distância, ter respirado um pouco, me fez enxergar muita coisa.

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