Cativa do Sheik romance Capítulo 42

Ele me puxa e deixa Kate parada ali, nos olhando saindo, rindo como bobos.

Logo seu motorista e seu segurança nos avistam e a Mercedes preta estaciona em frente a calçada. A porta de trás é aberta pelo seu motorista. Feliz por poder falar com Raed e cansada com tudo isso, entro primeiro. Luke em seguida.

—Hotel Hilton. —Ele diz.

—Como sabe que ele está nesse hotel?

Luke ri.

—Porque esse é o melhor hotel da cidade.

—Raed é simples. Ele ficava aqui por causa do Sheik.

Luke sorri.

—Queria que alguém me defendesse assim como você.

Eu sorri para ele.

—Espero que ele não tenha ido embora.

—Não, ele só vai amanhã cedo. É muito tarde. Deve estar aí, lambendo as feridas.

Coloco o cinto e apoio minha cabeça no vidro. Fecho os olhos. Não demorou muito chegamos ao hotel. O segurança de Luke Sai do carro e abre a porta.

—Luke melhor você me esperar aqui embaixo. Só usa sua influência para eu subir até o quarto sem avisar. Do jeito que Raed está frio comigo, é bem capaz que ele nem me deixe subir.

—Caso se demore, vou embora. Combinado assim?

—Tudo bem.

—Tem dinheiro para o táxi, eles ficam em frente ao hotel.

—Sim, claro. Se quiser pode ir.

Minutos depois estou em frente a sua suíte. Bato na porta insistentemente, até que ela se abre. Raed surge com um robe branco. Meu coração se agita com sua figura tão máscula.

Antes que ele feche a porta passo por ele como um tufão e entro.

Raed ainda com a mão na porta fica a princípio sem reação ao me ver tão decidida.

—Mas que palhaçada é essa? —Ele diz fechando a porta. —Esse hotel já foi melhor, agora deixam entrar qualquer pessoa.

O jeito hostil que ele fala comigo e me olha me fazem estremecer, mas eu ergo meu queixo.

—Precisamos conversar.

—O que você pode me dizer nesse momento que melhore as coisas entre nós?

—Eu te amo.

Ele ri, e me dá um olhar afiado antes de abrir a porta novamente.

—Saia!

—Raed!

Eu me aproximo dele. Ele nem olha para mim. A mão na porta, o queixo erguido, sua postura firme.

—Saia!

Com um gemido, um misto de desejo e fúria, ele me aperta contra si e seus lábios procuraram os meus. A saudade me faz abraçá-lo e eu correspondo seu beijo, com toda a verdade do meu coração. Eu o amo.

Sua mão procura os meus seios e ele aperta, me provoca. Eu fecho os olhos quando explosões começam a querer me consumir. Mas ele me solta, eu o prendo ansiosa por mais, por ser beijada mais uma vez, como só ele sabe fazer.

— Seu amante não a satisfaz como eu? Quer que eu me encarregue disso? —Ele diz tirando o robe e ficando nu. O desprezo na voz dele me faz me afastar dele.

Mas ele me segura e rasga uma alça do meu vestido. Minha bolsa cai no chão. Então me lambe no pescoço e me beija com selvageria, não mais com o amor de antes.

Eu não reconheço Raed. Ele me olha como um animal. Isso me faz empurrá-lo.

— Raed, não. Não assim.

Ele me ergue nos braços e me joga na cama. Eu tento sair e ele me segura.

—Não é isso que você quer? Ou, talvez me enlouquecer?

Seus lábios quentes descem pelo meu pescoço e ele desce nos meus ombros nus onde está rasgado o vestido. Suas mãos não são gentis, ele está com raiva.

—Raed, por favor, acredite em mim! Eu juro que te amo. Eu amo você! Realmente amo você!

Ao ouvir minhas palavras sua paixão dá imediatamente lugar à indiferença, à frieza. Então vejo que estou longe de toda a possibilidade de reconciliação.

Ele se levanta da cama.

—Saia!

Eu respiro fundo, reunindo todo o meu orgulho e me levanto, segurando a alça rasgada do meu vestido. Vou até a minha bolsa e a pego do chão.

Eu me viro para ele dizendo:

—Você sabe que eu te amo, mas seu orgulho árabe está falando mais alto. Pense nisso e adeus!