—Ainda dá conta de mais um round? – questionara Leonard mirando o pau da boneca com o olhar. Aquilo parecia não dar sinal de amolecer nunca.
—Acredite, posso fazer isso a noite toda – respondera Kimberly mordendo o lábio inferior – Jamais imaginei qualquer coisa assim rolando entre nós, mas vou ser sincera, estou amando cada minuto dessa experiência com vocês.
Leonard beijara a amiga nos lábios e se levantara, ficando em pé.
—Vamos continuar esse jogo, mas antes, vou fazer valer uma das regras do Inferno de Dante do qual ninguém pode ser liberado – continuara ele, indo até a mesa de bebidas, colocando duas taças uma ao lado da outra.
—Me lembro bem das suas regras, mas… amor, como disse, álcool apenas de forma moderada e controlada…
O sujeito estreitara o olhar e ainda assim apanhara uma garrafa, a abrindo e servindo as duas taças com pequenas doses.
—Château Gerbay 1976, Castillon-Côtes-de-Bordeaux – dissera Leonard – Presente especial de um amigo vindo direto de Bordéus, na França, esperando por uma ocasião especial para ser degustado. Acreditado ser essa a ocasião que venho aguardando. Não estou pedindo para se embebedar como algumas amigas que tenho. Apenas desejo sua companhia na degustação de uma obra de arte dos vinhedos da França.
—Vai desistir se me recusar? – indagara a morena torcendo os lábios com seu melhor olhar de vítima inocente.
—Acredito que sabe a resposta para essa pergunta.
Não era a primeira vez que Kimberly ia até ali, nem a primeira vez que falava com o rapaz. A morena já conhecia a personalidade peculiar e extravagante de Leonard S. Kennedy. E sabia que não tinha escolhas.
Quando se levantara do sofá, o pau não estava mais tão duro quanto antes, porém, ainda se destacava. Kim retirara o preservativo e o deixara em uma mesa mais próxima do sofá onde estivera. Quando ficara em pé, o membro apontava para a frente, na direção do anfitrião. Memórias que a trans não revelara vieram à sua mente e ela sorrira embaraçada.
—Confesso que estou envergonhada. Por mais difícil que seja de acreditar, não tenho o costume de ficar caminhando nua pelo apartamento de amigos com quem tenho pouca intimidade. Me perdoe a sinceridade – sussurrara.
Leonard lhe estendera uma das taças e sorrira para ela.
—Querida, transou com Katie e estamos prestes a continuar – comentara de forma provocante – Como espera que possamos ter mais intimidade que isso?
Kimberly torcera o canto dos lábios.
—Touché! – respondera apanhando o copo e sorvendo um gole menor que uma gota. A bebida descera imediatamente por sua garganta ao mesmo tempo que lhe subia a cabeça. Era doce e inebriante – Uau… – sussurrara. As maçãs de sua face de uma hora para outra ficaram tão coradas quanto as de Katie.
—Gostou? – indagara Leonard já sabendo a resposta, apenas para ouvir nas palavras da garota diante de si – Disse que não se arrependeria.
—Perfeito. Simplesmente perfeito.
O rapaz colocara a própria taça de volta no balcão ao lado da mesa. Havia um brilho de satisfação em seu olhar. Era experiente e estava em seu território, sabia os caminhos necessários para alcançar o que desejava.
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