Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 122

As garotas haviam conversado antes e decidido que os vestidos escolhidos para elas por Trixie eram comportados e conservadores demais. A loira, como sempre, pretendia roubar toda a cena para si. Se dependesse das duas, não era o que aconteceria naquela noite.

Sharon abusara do fato de ser ruiva, reforçando o tom vermelho dos cabelos. Deixara as madeixas longas e brilhantes soltas, descendo até o meio das costas, que por sinal, estavam nuas. O vestido escarlate de festa para noite chamava tanta atenção quanto seus cabelos, o batom da mesma cor ou o magnifico rubi em seu pescoço. Embora a peça que vestia fosse longa, as costas eram abertas e na frente, mal cobria os seios da moça. A intenção em deixar o colo, ombros e braços nus era exibir as diversas tatuagens que tinha, misturando estilos rebelde e clássico noturno. Uma coisa era fato, Sharon era encantadora e elegante e sua presença abalava estruturas independentemente do que estivesse vestindo.

Considerando os aplausos e assobios dos alunos na plateia, a maioria tinha aprovado a escolha. Trixie, por outro lado, queria poder enforcar as amigas por a terem traído daquele jeito, mas era tarde demais.

Assim como dizia o clássico filme de 1979, o show deve continuar.

—Jogos online – começara a ruiva, pegando o gancho deixado pela amiga – Todos já ouvimos falar deles e muitos entre nós ainda pensam que são apenas coisas para crianças, mas estão enganados. Mais da metade dos jogadores nos jogos online são adultos. São pais e mães de família, pessoas com empregos e filhos, são estudantes de faculdades e até mesmo aposentados. Mas eles não são a nossa preocupação. Nosso projeto foi totalmente idealizado pensando nas milhares de crianças e adultos que jogam diariamente.

Aparecendo na cena de trás do monitor, vindo pelo lado onde Trixie estava, Leonel cumprimentara a ruiva com um aceno de cabeça e assumira.

—Quem aqui nunca ouviu algum dos filhos pedindo para jogar apenas mais uma hora? Ou dez minutos? – indagara, se dirigindo à plateia – Isso me lembra minha infância, quando pedi várias vezes para poder continuar em um jogo. Ou quando me escondia embaixo das cobertas com o tablet para jogar – todos riram e o rapaz concordara – Hoje em dia eu penso no mal que o vício em jogos faz e como resolver isso. Combater o desejo de uma criança de se divertir em um jogo é algo que não produz o efeito desejado. A criança vai fazer outra coisa obrigada e pensando no jogo e o resultado não será o que os pais desejavam, tampouco o que a criança precisa. Nossa ideia foi conciliar as duas coisas em um projeto que fizesse a criança aprender enquanto joga. Assim nasceu Wise World.

Ao pronunciar as últimas palavras, Leonel e Phoebe se afastaram, abrindo espaço entre eles para que todos pudessem ver o vídeo no monitor. A cena em computação gráfica mostrava um vasto céu azul com diversos pássaros voando e logo em seguida a câmera descia, visualizando uma cidadezinha ao longe.

Se aproximando da cidade, a primeira coisa mostrada eram seus telhados de telhas vermelhas, com diversas torres e chaminés. Ao visualizar as ruas era possível ver pessoas em atividades comuns, homens e mulheres trabalhando em suas lojas, crianças brincando, algumas com uniformes de escola e um vasto parquinho com diversos brinquedos.

—Mas como todo jogo – dissera Leonel, atraindo a atenção do público para suas palavras – precisamos de combates…

—E nós temos! – emendara a morena.

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