—Possuo cento e noventa e sete protocolos de segurança divididos em doze grupos de prioridades. Um dos protocolos padrão para empresas ordena que se um ou mais criminosos procurados registrados em meu banco de dados forem identificados nas dependências do prédio, tão logo adentrem uma sala vazia, devo bloquear as portas automaticamente e em seguida informar a segurança interna e comunicar as autoridades. Caso estejam nas dependências externas do local, devo bloquear as entradas e executar o procedimento citado. O mesmo se aplica a desconhecidos portando qualquer tipo de arma de fogo. O protocolo padrão mais indicado para residências se refere à proteção de adolescentes e crianças em caso de suspeita de assalto ou assalto em andamento. Os menores devem ser trancados nos locais onde estiverem e as portas devem permanecer bloqueadas até a situação estar resolvida. Para que não haja pânico, os menores devem ser informados previamente sobre o protocolo em vigor.
—As ações de bloquear os criminosos para fora do prédio ou em salas onde entrem e estejam sozinhos também funcionam em residências? – indagara Leo.
—Perfeitamente. A melhor ação é determinada diante da análise dos fatos em execução. A prioridade é sempre a segurança do usuário e dependentes. A análise é imediata e sua resposta o mais breve possível.
—Farei a pergunta que todos na plateia devem estar se fazendo – dissera a nerd, fitando o pai e demais pessoas que os assistiam – Já foi testada, Sylvia?
—Aproveitando – emendara Katie – Nos diga, temos câmeras inteligentes aqui? E quais outros dispositivos? Como funcionam?
Eram várias perguntas, mas o objetivo era impressionar quem assistia.
—Meu beta test foi executado na residência da senhorita Jimenez há cerca de nove meses, onde opero desde então. No colégio Delphine’s Spencer, assim como em outras nove empresas particulares, iniciei o processo de vigilância há cerca de seis meses. Venho sendo aprimorada e atualizada em todos os locais durante esse período. O colégio Delphine’s Spencer conta com duzentas e vinte câmeras inteligentes estrategicamente posicionadas, trinta sensores de som e vinte sensores de movimento.
—Nos informe o número de ocorrências nesse período – pedira Josh.
—Dois criminosos procurados no estado identificados se escondendo em um barracão de uma empresa de transportes foram notificados às autoridades. Suas prisões ocorreram com sucesso e sem dificuldades. Trinta casos de vandalismo identificados em outras empresas. Todos os responsáveis foram identificados e autuados, atualmente respondendo por seus atos perante a justiça.
Isadora dera alguns passos para a frente, chamando a atenção de todos na plateia. Imaginando que seria o fim da apresentação, todos aplaudiram.
—Como podem ver – começara a mulata após os aplausos – Sylvia não fala e nem se comporta de forma técnica demais. Preferimos optar por essa forma de agir, a fim de que o programa pudesse interagir facilmente com crianças e até com pessoas que não tem afinidades com tecnologia. A ideia é que o programa fale com o usuário de forma simples, mas seja facilmente entendido.
—Além disso – intervira Katie – Sylvia tem olhos e ouvidos mais atentos do que podem imaginar. Para dar um exemplo, preciso de um voluntário. Alguém na plateia pode me ajudar? – indagara erguendo o indicador. Naomi, uma aluna do curso de Administração de Empresas erguera a mão – Poderia digitar algo em seu celular? – pedira a loira – Qualquer coisa, nos diga quando estiver pronta.
Cinco segundos depois, a morena na plateia fizera sinal de positivo com o polegar. Katie pedira que ela guardasse o celular e se voltara para a menina no monitor, como se falasse com uma pessoa.
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