Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 16

—Todo esse andar pertence à Louie – respondera o japonês, chamando a mulata pelo diminutivo do nome, uma intimidade que poucos tinham – Entretanto, quase tudo já estava aqui quando ela veio, noventa por cento da decoração foi feita pelo Mestre anos atrás. Ele é um grande colecionador de antiguidades.

—Entendo de onde vem seu gosto bom e único para as coisas. Agora vamos conhecer seu quarto? – sugerira pretenciosa.

—Vamos para a torre leste do hotel – explicara o rapaz arrumando os óculos – Lá fica uma parte do sistema de vigilância e minha suíte. Nada mais.

Segurando a loira pela mão, Ken a conduzira até o elevador particular outra vez. Aquele lugar era simples exótico, inebriante – pensava a garota. Seria difícil esquecer aqueles momentos vividos ali.

Cerca de cinco minutos depois, as portas se abriam diante dos dois, exibindo um exterior diferente e aconchegante.

Isa vai morrer de inveja quando contar que estive aqui.

Ao contrário do andar escuro e misterioso onde se localizava o escritório de Louise, a suíte de Ken era clara e iluminada. Diversas portas e paredes de vidro permitiam que a luz de fora entrasse pela sacada, revelando todo o interior da belíssima cobertura.

As cores predominantes eram apaziguadoras, azul claro, salmão, branco, dourado, prata e gema clara. A estética dos objetos fazia parecer que estavam em algum lugar futurista, anos à frente do tempo atual. Havia espaço entre as mobílias no interior e o ar era carregado por um perfume de flores e maçã.

—Estou impressionada. Mora aqui sozinho? Louise certamente desaprova esse tipo de interior – sorrira a menina.

—Louie tem seu próprio estilo. Eu gosto de apreciar a luz da manhã e o pôr do sol. As pessoas não entendem o valor dessas pequenas coisas – respondera.

—Você… não tem amigos? – indagara a garota – Esse lugar seria perfeito para uma festa de fazer inveja aos ingleses… – um instante depois a loira pedira desculpas pela indiscrição. Ken era realmente muito reservado.

—De fato – dissera ele – Não tenho amigos. Não tenho tempo para isso. O hotel é minha vida, minhas preocupações, minhas realizações, o lugar onde tudo acontece, onde recebo clientes e estou perto da família. Mesmo que eu quisesse, não poderia dar uma festa aqui. Convidados para o Venatores são selecionados a dedo, se lembra? – indagara voltando o olhar para ela – Também tenho algo que devo lhe confessar, Katherine. Você surgiu como um anjo em meu caminho e admito que estou feliz que esteja aqui.

Katie ponderara por um instante. Ken nunca havia trazido amigos ou garotas ali? Ela era a primeira convidada? Tudo indicava que sim. Isso levantava ainda mais questões.

Quando haviam trocado números de telefone e ele a ligara, ao se encontrar com o rapaz, o mesmo lhe parecera cavalheiro e sedutor, algo bem diferente da maioria de sua idade, afinal, o rapaz tinha apenas vinte anos.

Tinha o masturbado, chupado e fodido rápido no carro e ele não parecera inexperiente para ela, mas ao que tudo indicava, até aquele momento o garoto era… virgem?

Atrevida, a loira voltara o olhar para ele enquanto mordia o lábio inferior em um sorriso. Era um rapaz educado, dotado, atraente e obediente. Aquelas lhe soavam como ótimas referências no currículo. Talvez não fosse experiente, mas isso era irrelevante, afinal, ela era.

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