Resumo de XXII – Novas opções – Uma virada em Contos Eróticos: O Ponto I de Dan Yukari
XXII – Novas opções mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Contos Eróticos: O Ponto I, escrito por Dan Yukari. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
O elo entre amigos de infância é algo forte, talvez até mais forte que aquele existente entre irmãos. Enquanto os irmãos são refreados pelas normas ditadas pelos pais, os amigos de infância fazem o papel de confidentes, psicólogos e em muitos casos, cúmplices.
Sabe aquela história de que o filho pergunta aos pais ou conta primeiramente aos pais sobre suas experiências? Esqueça isso, quem sempre fica sabendo de tudo primeiro é aquele amigo que te entendia, que não te cobrava, que consolava os fracassos e foras que você levava e principalmente, te apoiavam quando seus pais te castigavam por não entenderem como você pensava.
Esses amigos se veem no direito de sofrer por você, pensar por você, opinar nas decisões da sua vida e ficarem possessos quando não são ouvidos. E quem pode os criticar? Afinal, você é exatamente como eles quando se trata deles.
Eu.
Não.
Acredito.
Leonard estava sentado ao lado de Isadora em um banco do enorme jardim que havia bem em frente à secretaria do Delphine’s. O gigantesco jardim fora construído em um terreno cedido pela prefeitura de San Dimas ao colégio e era separado do mesmo por uma única rua. Batizado como Adolph Von Delphine’s Spencer, o jardim ostentava o nome do fundador do colégio e tinha uma grande estátua em homenagem ao sujeito no centro.
Dezenas de alunos costumavam chegar até uma hora antes para encontrar os amigos ali e colocar os assuntos em dia. E com colocar os assuntos em dia, não estou falando nada sobre os cursos e estudos.
O Delphine’s era repleto das panelinhas, grupos de três a dez membros que se sentiam diferentes dos demais, se destacando de forma positiva ou negativa, dependendo de como era sua popularidade entre os grupos menores.
Pois é, os estudantes viviam de status e ninguém estava livre dessa alcunha. O Delphine’s não era um colégio qualquer, era um lugar onde só gente muito rica e muito inteligente era aprovada e em qualquer um dos casos, quem era aceito tinha à sua frente um futuro brilhante e uma infinidade de desafios em um ninho de cobras criadas.
A principal regra de não haver divergências entre os alunos, casos onde as duas partes, certa ou errada, eram banidas, fazia com que todos bancassem as raposas dentro do galinheiro. Se você quisesse derrubar alguém no Delphine’s, tinha que ser discreto, silencioso e não ser pego.
—Simplesmente não acredito que ela nos deixou para ficar com o namorado e não me ligou – dissera Leonard destacando pausadamente o Eu não acredito – Quando foi que passei a ficar em segundo plano? – resmungara.
Isadora retirara os óculos para coçar a parte de cima do nariz e então voltara o olhar na direção do rapaz. Sorrira e colocara os óculos de volta.
—Duas coisinhas, meu amigo – dissera ela, fazendo um V com os dedos da mão direita – Uma, ele não é namorado dela. E outra, Katie só me ligou para que eu dissesse à mãe dela que tinha saído com algumas amigas do trabalho para comemorar um novo contrato e que voltaria tarde para casa ou até mesmo iria dormir fora. Embora nós sabemos o motivo verdadeiro. E ela não te ligou porque certamente não tinha tempo para contar nenhum dos detalhes sórdidos que o senhor iria gostar de saber.
—Nos falamos pelo Whatsapp, nada demais – Isa preferia omitir detalhes a dar ideias novas para Leon – Ainda somos amigos, mas apenas isso. Não acho que ele sinta algo, nem tem motivos para sentir.
Era estranho que, ao dizer aquilo, Isadora pensasse que era ela quem sentia algo. O que estava acontecendo? Só havia feito um boquete para o sujeito, seu primeiro boquete real. Não havia como se apaixonar só por uma boa mamada, mesmo com aquele pau delicioso.
A nerd rira sem dizer nada quando pensara no assunto. Imagine como seria o mundo se todas as mulheres decidissem se apaixonar depois de uma chupada. Só haveria mulheres apaixonadas andando pelas ruas. Quantas vezes Katie já teria se apaixonado, talvez por metade dos homens da cidade?
—Lady, não seja tão pessimista – exclamara o gay – Você deu uma chupada com-ple-ta – dissera pausando cada sílaba da palavra para que ela focasse sua atenção ao que dizia – no gato. Não existe homem nesse mundo que não fique babando com algo assim. Tenho certeza que o playboy já caiu na punheta várias vezes depois daquela noite se lembrando dessa sua boquinha deliciosa.
Isadora ficara em silêncio por alguns segundos, olhando embaraçada para os lados enquanto torcia para que ninguém tivesse ouvido as afirmações de Leo. Será que ele se lembrava que aquele era um lugar público, movimentado e que nem todos gostavam de expor suas vidas particulares?
—Creio que nem todo mundo quer saber os detalhes da minha vidinha sem graça, querido – dissera a nerd calmamente com os olhos faiscando em direção ao amigo – De qualquer forma, acho que ele já está em outra. Acho que tenho de me conformar e seguir em frente. Vamos ser realistas, não me matriculei no Delphine’s interessada em arrumar um namorado.
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