—Tudo bem. Me desculpe por ter falado no seu amigo. Foi idiotice da minha parte… – pelo menos ele admitia.
—Não esquenta. Você é meu parceiro, não ele. Isso é tudo que importa. Vou ao banheiro. Pode me levar para casa quando voltar? Demoramos um pouco mais do que tinha pensado e não liguei para minha mãe, logo ela começa a me ligar. Amanhã combinamos os detalhes sobre o projeto e damos início.
—Perfeito.
—Tá bom – respondera a garota suspirando.
Mais rápido que o The Flash, Isadora se virara e seguira para o banheiro tão rápido quanto um vampiro correndo da luz do sol. Naquele momento ela estava tão confusa que se ficasse ali se esconderia embaixo de uma mesa.
Entrara correndo no banheiro e fora direto para o último box. Entrara, baixara as calças por reflexo e sentara. Não tinha vontade de fazer nada, nem o número um, menos ainda o número dois. Tudo que precisava era fugir da cena em que se metera com o rapaz.
Em sua mente se perguntava o que estava fazendo. Ainda queria repetir o que havia feito com Leonel. E beijá-lo também. Mas o beijo com Josh tinha sido simplesmente apaixonante e ela queria e iria repetir. Que tipo de vadia ela era?
Havia apenas uma certeza, tinha baixado a calcinha na hora certa. O tesão acumulado escorrera de uma vez em um orgasmo involuntário. Mordera o lábio inferior de olhos fechados contendo um gemido mais alto. Sua vontade era sair dali, ir para um motel com Josh, tirar toda a roupa e se sentar no colo dele.
Mas sabia que aquelas cenas pervertidas não sairiam de seus pensamentos, assim como tantas outras com dezenas de outros amigos e amigas. Tinha de se concentrar, voltar a respirar normalmente e sair por aquela porta.
Haveria muito o que falar com Leonard e Katie no dia seguinte. Estava toda confusa, mas era uma confusão deliciosa da qual não queria se livrar.
—Olá?
A voz harmoniosa ecoando pelo banheiro feminino trouxera Isadora de volta à realidade. Erguera a cabeça e abrira os olhos, sabia exatamente quem estava ali naquele momento. Sem pensar duas vezes a garota se levantara e vestira as calças novamente.
—Você está aqui? Posso entrar? – perguntara a outra pessoa no local.
Isa apenas respondera humhum enquanto a porta já se abria lentamente. Os olhos negros da nerd e os olhos claros da garçonete se encontraram como fogo e gelo, como o dia e a noite se fundindo. Isadora abrira a boca pensando em mil respostas diferentes, mas nenhuma palavra saíra.
Fora a outra garota quem continuara, entrando no pequeno cubículo do box do banheiro com ela.
—Veio para cá tão rápida quanto um furacão. Aconteceu alguma coisa?
—É… não… nada… só… estava apertada… – respondera Isa.
Ótimo. Quando Isadora ficava nervosa, uma de duas coisas sempre ocorria. Ou ela falava demais ou as palavras simplesmente desapareciam e sua voz se recusava a sair. E normalmente acontecia o que ela não queria que acontecesse.
—Posso ajudar? – a voz de Candy era doce e sensual e enquanto ela falava Isa a imaginava gemendo como uma atriz de filme pornô.
—Você é tão… linda – comentara, por fim, a nerd.
—Você também, ainda mais bonita sem os óculos – dissera a loira.
Se for para se arrepender, se arrependa por ter tentado algo. É melhor que se arrepender por ter desistido sem saber qual seria o resultado.
As palavras na mente de Isa naquele instante haviam sido ditas por seu pai anos atrás, quando ela era ainda uma criança. Era o jeito dele de dizer para que ela nunca desistisse de algo sem tentar.
Sem pensar duas vezes, Isadora puxara Candy pela cintura para mais perto de si e fechara a porta atrás dela. Encostando a garçonete na porta, a garota se aproximara lhe abraçando e lhe beijando o pescoço. Candy tinha a pele macia e sedosa e um perfume inebriante.
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