—Na verdade ela não deu um fora no gostoso – emendara Leonard – Isadora dormiu no ponto e perdeu a vez de novo, mais uma batalha perdida, mas ainda estamos em guerra.
Leonard tinha dificuldade em aceitar a derrota, mesmo quando não era ele no centro da história – pensara a nerd. Mas talvez fosse a hora de aceitar que Leonel estivesse ficando no passado. Fora apenas uma chupada, nada mais.
—Não foi nenhuma batalha perdida e nem estamos em guerra – dissera Isa suspirando – Como vocês dizem, a fila anda. Admito, eu demorei a avançar e a fila andou para ele, por que não poderia andar para mim também? Josh é um cara legal, vou me encontrar com ele no almoço e vamos planejar nosso projeto.
—Hum… e quantos projetos pretendem fazer juntos? – indagara Leonard de forma pretenciosa.
—No ritmo em que estamos? Quantos ele quiser – respondera Isadora sem sequer pestanejar.
—Falaram de mim, mas parece estar caidinha pelo loirinho – argumentara Katherine debochando dos suspiros de Isa ao falar de Josh – Então Leonel ficou no passado? Ou ainda vai tentar algo com ele no futuro?
—Leonel…
Antes que continuasse, o gay segurara a mão de Katie ao seu lado e deitara a cabeça no ombro da amiga. Ambos riam juntos encarando a outra.
—Ela não superou – dissera ele.
—Agora parece caidinha por dois. Pelos dois… – provocara a loira.
Isadora não sabia como reagir. Josh era sedutor, atraente e a tratava como ela queria que Leonel o fizesse. Era impossível pensar em um sem pensar no outro. Era possível se apaixonar por dois homens ao mesmo tempo? Poliamor? Sequer acreditava em amor…
Antes que pensasse em algo para responder aos amigos que não paravam de a provocar, um de seus celulares tocara sobre a escrivaninha. Era o segundo celular, um que usava para atividades extra curriculares.
Isadora era uma garota de muitas peculiaridades. A maioria delas ensinadas pelo pai. Uma das coisas que Diego lhe ensinara desde pequena era manter sua vida pessoal e profissional separada do lazer e dos prazeres. Para isso, Isadora usava dois celulares. Em um deles havia os contatos da família, dos amigos e do curso. O segundo, aquele que atendera naquele momento, tinha contatos dos jogos online, amigos casuais de redes sociais e outros que ninguém sabia.
A verdade era que ninguém, além dela própria, sabia o que tinha guardado na memória daquele segundo aparelho.
Os dois celulares que Isadora usava tinham o mesmo modelo e não estavam à venda em lojas ou catálogos. Era um smarth phone original desenvolvido por seu pai e só era usado por pessoas de seu círculo de amizades. A segurança do aparelho contra qualquer tipo de invasão era perfeita e o design era simples, na cor negra com dimensões de dezesseis por oito centímetros.
A única diferença ficava por conta das capinha, cromada cor de rosa para o primeiro e dourada para o segundo. O smart pessoal ainda levava um pequeno piercing com chaveiro de borboleta enquanto o segundo tinha um chaveiro de coelhinho, presentes de Leon e Katie.
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