—Seria uma blasfêmia ir contra as escolhas de Debbie, concorda? – dissera chamando a mãe da garota pelo diminutivo do nome, expressão que apenas os amigos mais íntimos usavam – Além disso, quando duas mulheres tão lindas são colocadas lado a lado, qualquer coisa que vestissem seria belo.
As meninas precisavam de elogios e Leonard sabia usar as palavras na hora certa. E não era mentira o fato de que eram extremamente lindas.
—Não imagina que algum dos outros grupinhos aguardando para ver o filme possam estar fazendo o mesmo que vocês? – indagara Lori – Quem sabe até mesmo falando das nossas roupas?
Katie vestia jeans e botas marrons que imitavam o pelo de algum animal. A blusinha rosa era coberta por uma jaqueta branca. Normalmente a loira preferia ostentar lindos vestidos, mas a noite fria a forçava a vestir peças mais fechadas. Pensara em responder ao comentário de Lori, mas sabia que Leon diria o mesmo que ela estava pensando.
—Querida, é claro que estão fazendo o mesmo que nós. Que graça tem ficar aqui parados olhando os outros se não fofocarmos sobre o que vestem? Porém, temos de ressaltar pequenos detalhes…
Leon levantara do banco de mármore onde o grupo estava sentado e ficando em pé, girara o corpo no lugar para que as três meninas o admirassem. Vestia calças sociais escuras que combinavam com os sapatos negros impecavelmente brilhantes. A camisa dessa noite era de seda na cor salmão combinada com uma gravata cinza clara adornada com centenas de minúsculos cristais Swarovski. Havia ainda um suéter azul amarrado em torno do pescoço como um xale.
—Sente-se antes que eu o agarre, meu Adônis – rira Katie.
—Veja bem, meu anjo – voltara a falar o rapaz – Nem vou entrar em todos os pormenores. Apenas essa Stefano Ricci – comentara erguendo a gravata que usava – custa mais que o vestuário completo de vinte ou mais pessoas por aqui. E sabem o que dizem sobre moda? – indagara.
—Se não pode pagar pelo que veste, você paga mico – respondera Katie.
—Exatamente – concordara Leonard – Eu preferiria ficar em casa a vir servir de piada para os olhares alheios. Mas nem todos temos o bom gosto Anderson ou uma Debbie como assessora de moda.
Todos riram enquanto Leon se sentava novamente. Lori falava com Ashley sobre irem à lanchonete pegar as pipocas e petiscos reservados quando Katie cutucara o ombro do rapaz, apontando para a fila de entrada em uma das salas.
—Leonel está perdendo pontos comigo ultimamente – comentara a loira.
—Realmente. Estava me perguntando se viriam, mas já esperava por isso – respondera o amigo – E a gangue das vadias está em peso também.
Na extensa fila que se formava para a Sala 3 onde seria exibido o aguardado Homem-Aranha, Leonel aguardava ao lado de Trixie. Atrás do casal, um grupo de tietes da garota os acompanhava. Dessa vez, além de Sharon e Phoebe, a dupla de amigas do colégio, Lindsay e Miya completavam o time.
—Sabe o que é pior? – indagara Leonard para Katie enquanto Ashley e Lori se afastavam seguindo em direção à lanchonete.
—Estou ouvindo… – responder a loira.
—Ser forçado a reconhecer o bom gosto – admitira o rapaz – Chanel, Dior, Saint Laurent, Givench? Essas piranhas possuem falsificações perfeitas ou não tem medo de gastar para manter a elegância. Como posso as alfinetar assim?
—Não apenas bom gosto para roupas e acessórios – acrescentara Katherine – Mas para homens também. Leonel e seu harém – ironizara.
—Duvido que alguma das cadelinhas menores desafie a cadela alfa, amor. Leo é departamento exclusivo de Trixie naquele bando, por enquanto…
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