Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 86

—Vou com a Isa pegar uma bebida – respondera Josh, já abrindo a porta – E encontrar uma mesa para conferir a apresentação.

—Reservei a primeira mesa próxima do palco para vocês – explicara Bobby – Irei acompanhar minha deusa e nos vemos em alguns minutos. Aproveitem, o show dessa noite será para vocês.

O casal de músicos se despedira, saindo primeiro do aposento. Após saírem, Isadora voltara o olhar para o companheiro.

—Excêntricos – dissera sorrindo – Talvez todos os artistas sejam assim.

—Eu te disse – comentara o loiro erguendo as mãos – Agora me entende.

Ao sair do camarim, a dupla seguira por um corredor em direção ao salão de espetáculos do pub. Chegando ao bar, Isa e Josh deram de cara com outro casal de conhecidos bebendo, um casal que jamais esperariam ver aquela noite.

Leonel e a loira de olhos azuis, Trixie.

Ao se encontrarem, Joshua e Leonel se cumprimentaram apenas acenando com a cabeça um para o outro. A nerd erguera a mão sorrindo para Leon sem saber o que fazer, não era possível, naquela situação, se afastar de Josh para ir até o outro o beijar na face com a Bruxa por perto.

Trixie exibira um largo sorriso acenando para os dois, mas continuara onde estava. Nenhum dos casais se aproximara do outro mais que o necessário.

—Disse para alguém que viríamos? – perguntara Josh, segurando uma long neck enquanto se dirigiam para a mesa.

—Apenas para Leonard e Katie. Mas muitos alunos do Delphine’s já sabiam sobre esse show. Já vi vários rostos conhecidos – comentara a garota.

—Tem razão – concordara o vocalista.

Quando o casal se sentara à mesa, os músicos já estavam no palco fazendo os últimos ajustes de som nos instrumentos da bando e nos microfones. Como se apenas cruzar com Leonel ao mesmo tempo em que estava com Joshua não fosse o bastante para desestabilizar os pensamentos de Isadora, a vadia loira tinha de estar por perto também.

E para piorar, ambos tinham se sentado em uma mesa bem ao lado!

—Boa noite – a voz de Bobby ao microfone reverberara por todo o ambiente – Eu sou Bobby Shawn, como todos já sabem – todos riram e Isadora lembrara do sistema de começar palestras do pai – Esta linda mulher ao meu lado é minha deusa e minha inspiração, minha esposa Emily – emendara – E o primeiro single dessa noite quero dedicar a dois grandes amigos na plateia, Joshua Armstrong, um talentoso músico com quem já tive o grande prazer de dividir os palcos e sua linda companheira, Isadora Jimenez.

Quando a luz de um dos holofotes do palco fora direcionada para o casal na primeira mesa, a nerd ficara branca de vergonha. Quase todos os presentes bateram palmas e Isadora suspirara aliviada quando as luzes passaram a focar apenas nos artistas novamente. Embora não fosse de beber, naquela era uma situação diferente do habitual e a garota sorvera de uma grande golada da Menta que havia pego no bar.

Finalmente o som começara e a nerd suspirara aliviada. Se arrepiara quando ouvira o som da guitarra e do baixo entoando uma melodia suave e relaxante. A voz de Bobby era simplesmente perfeita.

♫♪♫ I can't see where you're comin' from

♫♪♫ But I know just what you're runnin' from

♫♪♫ And what matters ain't the who's baddest but the

♫♪♫ Ones who stop you falling from your ladder,

♫♪♫ When you feel like you're feeling now

♫♪♫ And doin' things just to please your crowd

♫♪♫ But I love you like the way I love you

♫♪♫ And I suffer but I ain't gonna cut you 'cause

♫♪♫ This ain't no place for no hero

♫♪♫ This ain't no place for no better man

♫♪♫ This ain't no place for no hero

♫♪♫ To call "home"

—Incrível – comentara Isa com o rapaz ao seu lado – É a primeira vez que venho em um show assim. Não entendo muito, mas a voz dele é maravilhosa, se encaixa perfeitamente com a melodia.

—Bobby é um excelente vocalista – afirmara Josh – E um dos músicos mais competentes que conheço. E ele se tornou ainda mais apaixonado pelo trabalho depois de conhecer Emily. Eles se completam de todas as formas. Você precisa a ver cantando algumas músicas das bandas Evanescence, Nightwish e outras famosas de gothic metal. Sua voz conquista qualquer um.

De fato – imaginara Isadora – não havia dúvidas de que se amavam. Como seria ter alguém assim? Que o entendesse, o completasse, que estivesse junto para tudo, o que der e vier? Não conseguia se imaginar tão ligada a alguém, não daquela forma. Sua maior ligação era com o pai, de um jeito platônico como não sabia explicar. Nem mesmo os dois homens ali, Joshua e Leonel com a piranha na outra mesa, a faziam se imaginar amarrada em um relacionamento.

Havia os estudos. Uma carreira. Um futuro.

Ela tinha de se preocupar com isso.

De repente, como num passe de mágica, Isa sentira alguém aparecer ao seu lado e trombar com força em seu ombro. Tivera apenas um segundo para reagir. Ao olhar para cima, tudo que vira em meio à escuridão do interior do pub fora o líquido gelado descendo em direção à sua face.

Não havia o que fazer. Isadora fechara os olhos enquanto tomava um banho indesejado. Acabara ainda provando a bebida e mesmo que não tivesse o hábito de beber, sabia que era vinho pelo sabor. Nem queria imaginar como ficaria o cabelo e as roupas. E não tinha nenhuma troca no carro!

Depois de quase se afogar na ducha de bebida, quando voltara a respirar normalmente, a nerd piscara os olhos se acostumando com a visão embaçada. Por pouco não molhara e perdera as lentes que usava naquela noite.

Ao erguer a cabeça, Isadora dera de cara com uma vadia bem conhecida e que tinha acabado de cruzar uma linha sem volta. Se levantando da cadeira onde estava, ficara cara a cara com Trixie, que tinha uma das mãos na frente da face, provavelmente se segurando para não rir.

—Eu… – mentira a loira com deboche – Acho que tropecei com o salto alto.

Realmente aquilo era possível, embora não fosse verdade. Naquela noite, o pub estava lotado, todas as mesas e o balcão do bar estavam ocupados e havia pessoas em pé por toda parte. Caminhar com salto agulha de vinte centímetros não era para qualquer um. Porém, mesmo que fosse o caso, dessa vez a nerd não deixaria passar barato.

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