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Crise no Casamento! Primeiro amor, Fique Longe romance Capítulo 103

Os homens não podiam ser sempre mimados.

Raro o suficiente para ser precioso.

Na manhã seguinte, bem cedo, eu mesma instruí dona Rose a garantir que Bruno soubesse que eu havia preparado o café da manhã para ele e Gisele antes de sair de casa com minha bolsa.

Eu não sabia qual acordo Bruno e Rui haviam feito, mas a razão para o Escritório de Advocacia X reabrir foi o fato de ele agora ser parte dos bens da família Henriques.

Mas isso não me incomodava, desde que eu pudesse continuar trabalhando lá e que Luz e o Adv. Juan não fossem afetados.

Nós três estávamos sentados no escritório de Juan, e Luz segurava firmemente minha mão.

Ela estava preocupada comigo.

— Ana, você está bem? Deveria descansar por mais tempo.

— Não estou tão triste assim.

Pisquei meus olhos secos, recordando aqueles quinze dias que passei sozinha no exterior. As lágrimas já haviam se esgotado naquela época.

— O médico disse que minha mãe não sofreu muito ao morrer. — Eu disse de forma simples e com um tom indiferente, e logo mudei de assunto. — Desculpem pelo que aconteceu antes, eu queria muito me desculpar, mas não encontrei uma oportunidade.

Levantei-me e fiz uma reverência solene.

Os dois se assustaram com meu gesto e rapidamente se levantaram, tentando me impedir.

— Ana, você está sendo muito formal. Nós é que devemos te agradecer. Se não fosse por você, o escritório...

— Mas realmente está tudo bem? Que tipo de acordo você e Bruno fizeram?

Meu peito apertou e a respiração ficou um pouco irregular.

Eu não era insensível, e quando alguém me demonstrava carinho, me sentia tocada. O olhar preocupado de Luz pousava sobre mim. Eu queria me permitir ser vulnerável e me aconchegar em seus braços, mas havia outras pessoas presentes.

Juan e Rui tinham uma boa relação.

Para evitar dizer algo que pudesse ser mal interpretado, respondi de forma simples:

— Luz, você sabe melhor do que ninguém o quanto eu amei Bruno.

Se meu Twitter era como um diário dos meus sentimentos de adolescente, Luz era a única pessoa com a chave desse diário.

Ela testemunhou minha jornada, desde a alegria inocente, passando pelo desejo de casar com ele, até o momento em que percebi que havia me casado com o homem errado após tanto esforço.

Agora, apesar de ter me conformado, não podia contar isso a ela.

Soltei um leve suspiro, nossos olhares se encontraram, e Luz abriu a boca como se quisesse dizer algo, mas desistiu no final.

Eu não esperava que fosse Juan quem me desmascarasse.

— Ana, você não pode me enganar. Você não está feliz!

Os advogados tinham uma percepção realmente aguçada. No entanto, embora Juan fosse meu veterano, nosso contato sempre foi limitado, e nossa relação nunca foi íntima o suficiente para compartilhar segredos pessoais.

Minha resposta foi um tanto distante:

— Juan, você não me conhece tão bem assim.

Com uma simples frase, interrompi toda a preocupação daquele homem elegante.

Juan ajeitou, constrangido, seus óculos de armação meia-lua, e pigarreou timidamente.

— Desculpe.

No silêncio de estar sozinha, pude me concentrar completamente nos documentos que Juan havia me entregado.

O caso tratava de um casal de celebridades em processo de divórcio, e eu era a advogada da esposa.

A esposa era uma atriz que havia anunciado seu casamento três anos atrás e se afastado do mundo do entretenimento.

O marido era um ator em ascensão. Na internet, circulavam boatos de que ele só havia alcançado o sucesso graças aos recursos que ela lhe proporcionara, e que um divórcio entre eles seria impossível.

Caso contrário, ele seria massacrado pelos internautas e teria que abandonar sua carreira!

Mas os documentos contavam outra história.

Esse caso era estranho. Embora fosse a esposa quem estivesse processando, a ré era ela mesma. A esposa se acusava de traição e afirmava que o casamento havia se desfeito, pedindo o divórcio.

Eu tinha acabado de pegar o celular para ligar para a esposa e marcar uma reunião quando uma mensagem chegou no meu celular.

“Onde está?”

Era Bruno.

Pensei por um momento e acabei respondendo: “No apartamento.”

Sua resposta veio seca e impossível de decifrar: “Espere por mim.”

Enquanto organizava os documentos na mesa, fiquei um pouco perdida em meus pensamentos. Se fosse antes, eu teria achado essa mensagem doce.

Aquilo que antes eu tanto ansiava, agora, ao ser entregue dessa maneira, só conseguia me fazer sentir o peso de sua arrogância e autoritarismo.

Fui até o banheiro, e quando voltei, o celular tocou de novo. A voz fria de Bruno veio do outro lado da linha:

— Desça.

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