Olívia Bianchi –
Já havia se passado alguns dias desde que Archie praticamente esfregou na minha cara de que era o pai de Aron.
Aquilo estava me irritando cada vez mais e por isso, decidi refazer o exame de DNA, que por sinal, havia acabado e chegar pelo meu e-mail confirmando o resultado.
—Vovó o que faço? – Perguntei para ela, vendo-a se aproximar com um bolo e colocá-lo sobre a mesa.
A mais velha me olhou e suspirou, sentando-se na minha frente e me servindo.
—Olívia, não acha que seria certo o deixar reconhecer a criança? – Perguntou ela com sua voz coerente.
Eu então, respirei fundo e esfreguei meu rosto com as mãos, me sentindo irritada.
—Como? Como podia ser ele? – Perguntei com a voz sôfrega, voltando a encará-la. —Por que ele estava naquela boate? Por que era ele vovó?
—Querida, nem sempre as coisas são como planejamos. Pode ter sido uma mera coincidência talvez! – Disse ela segurando a minha mão. —Olhe para o lado positivo. Ele era o seu marido, ele gostava de você e Aron precisa de um pai.
—May! – Chamei a olhando. —A senhora sabe que não é fácil assim. Como vou explicar isso para Aron? Como vou falar com ele que me deitei com um homem aleatório e acabei me casando com ele sem saber, descobrindo que ele era o pai dele?
—Menina! – Chamou ela, me olhando com reprovação. —Para quê contar isso ao garoto? Deixe as coisas acontecerem. Deixe o pai o reconhecer, deixe-o se aproximar que o universo tratará do resto.
—Mas vovó, ele quer levá-lo! – Falei mostrando a minha tristeza.
—Você não irá deixar! Vá com eles e most5re que a criança tem uma mãe. – Disse ela me encarando com os olhos afiadores. —Mostre que é uma Bianchi e que luta pelos seus objetivos.
Respirei fundo e então, ouvi alguns passos vindo correndo até mim.
—Mamãe! – Chamou Aron tocando as minhas pernas. Me afastei com a cadeira para que ele se sentasse e o acariciei dando um riso.
—Você está bem?
—Uhum! -Respondeu o pequeno, passando a mão na barriga. —Não dói mais!
—Que bom! – Disse a vovó com um riso confortante.
—Mamãe, será que podemos ir ao parque hoje? – Perguntou Aron me olhando. —Eu quero soltar pipa.
—Podemos ir a tarde? – Perguntei alisando os cabelos castanhos dele. —Preciso estar no trabalho, mas saio a tarde para passar o dia com você!
—Eu o levo! – Disse May me olhando e encarando o pequeno em seguida. —Eu pretendia caminhar, então, vamos juntos e você solta sua pipa!
—Obrigado vovó! – Respondeu Aron, pegando uma fatia de pão sobre a mesa e levando até os lábios.
Olhei para minha avó e sorri.
—Obrigada! – Falei silabando, vendo-a sorrir.
Me levantei deixando Aron no meu lugar tomando o seu café e fui até o quarto para me arrumar. Fui até o guarda-roupas e me vesti como de costume para o trabalho, saindo em seguida.
Eu gostava das minissaias sociais e sempre complementava o look com uma camisa fechada e um mini blazer. Hoje eu havia optado pela cor preta, de acordo com o meu humor.
Sai da casa me despedindo dos dois e quando eu estava prestes a chamar um taxi, um carro parou bem na minha frente.

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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.