Olívia Bianchi –
Eu o encarei surpresa, confesso.
Jamais imaginaria que, depois de toda aquela vergonha que passei o usando como um plano de vingança, Archie me agradeceria por aquilo.
Levei a mão direita até a nuca a coçando mostrando-me um pouco sem jeito pelo que ouvi e então, a porta atrás de mim foi aberta nos assustando.
—Olá senhor Sions, quanto tempo, não? – Perguntou minha avó se aproximando e estendendo os braços para pegar Aron. —Deixa que eu o coloco na cama.
—Claro! – Respondeu Archie entregando o pequeno e me olhando sem graça.
Minha avó deu alguns passos em direção a porta de entrada e antes de passar pelo arco, se virou para nós, nos encarando confusa.
—Querida, por que não o convida para um café?
—Ah, acho que ele não vai querer, não é mesmo, senhor Simons! – Falei o olhando e então ele sorriu fingido.
—Eu adoraria! – Disse ele me deixando irritada.
—Por favor, entrem. É deselegante tratar de assuntos sérios na calçada. – Disse minha avó, terminando de entrar.
Naquele momento, me questionei como havia feito outras vezes; do lado de quem essa velha estava mesmo?
Soltei um suspiro e apontei para dentro.
—Por favor, entre! – Falei indo na frente o vendo me seguir.
Entramos na casa e percebi que os olhos de Archie encarava o lugar, mostrando-se surpreso.
—Vocês estavam bem vivendo aqui? – Perguntou ele me fazendo o olhar com irritação.
—Por que não estaríamos? Só porque não vivemos no mesmo mundo que você? – Indaguei o vendo vincar as sobrancelhas e me encarar de forma séria.
—Olívia, não estou te julgando por sua classe social, até porque eu jamais faria isso com qualquer pessoa. – Disse ele, tentando se explicar. —Eu perguntei, porque é um lugar pequeno para se criar uma criança agitada como Aron.
—Obrigada por se preocupar. Café, senhor? – Perguntei levando o bule ao fogo e antes que eu me virasse, senti dois braços me prenderem na pia.
Naquele instante, meu corpo congelou como se respondesse a ele daquela forma, assim como todas as vezes em que estávamos bem próximos.
O perfume de Archie era gostoso e inalava forte de seu corpo, mesmo depois de passar o dia inteiro brincando com o pequeno Aron.
Era como um feitiço; algo que me fez fechar os olhos involuntariamente para poder apreciar ainda mais.
—Você está cada vez mais arisca. Não sei se gosto disso ou se fico irritado. – Disse ele cochichando.
Eu então, ameacei me virar novamente, sentindo-o ainda mais perto.
—Acho interessante o tipo de mulher que se tornou todo esse tempo. – Disse ele, completando sua frase.


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Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.