Archie Simons –
Tudo começou em um bar!
Não era de costume ficar acompanhado quando o frequentava, até por quê eu gostava de frequentar esses lugares sozinho e depois de um dia exaustivo de trabalho.
Pedi um “The Macallan 1926” e tomei vagarosamente. Enquanto me deleitava com o fino toque amadeirado da bebida, avistei uma garota sorrindo alegremente e gritando para todos que faltava pouco para o seu aniversário.
Ela estava rodeada de pessoas, mas nenhuma delas me chamou tanta atenção como ela.
Seus longos cabelos escuros, olhos azuis que realçava em sua incrível pele de porcelana e um batom vermelho nos lábios.
—O que estou pensando? – Esfreguei meu rosto me virando para o barman o estendendo o copo. —Mais um, por favor!
—Sim senhor! – Disse ele enchendo o copo.
—Quem é aquela garota? – Perguntei o vendo olhar para a mulher e sorrir.
—Aquela? Ela vem aqui as vezes com a amiga, mas é discreta com sua identidade. – Respondeu ele pegando um pano para limpar o balcão.
—Entendi! – Respondi me virando para o balcão e tomando a minha bebida.
Depois de um tempo, notei que havia um silêncio na mesa onde estavam e ao me virar, vi todos praticamente embriagados na poltrona, mas a garota em si não estava mais lá.
Me levantei para ir até a saída e ao pegar um cigarro e levar aos lábios, notei uma voz doze e embriagada ao meu lado.
—Sabe? Não deveria fumar. Tira todo o charme de um homem! – Disse ela.
Me virei para a olhar, arqueando as sobrancelhas.
—É médica?
—Pretendia, mas agora trabalho em uma merda de empresa que não me dá o devido valor! – Respondeu ela com um pouco de revolta no tom. —Nunca trabalhe para o Gruppo Simons!
—Simons? – Perguntei a olhando fixamente. —A quanto tempo está lá?
—Estou a cinco anos, mas precisei tirar uma folga. Amanhã retorno. Não é incrível? É o meu aniversário e parece que estou indo para a guilhotina! – Disse ela mostrando-se alterada.
Sorri ladino, mas ela estava bêbada demais para perceber.
—Espero que tenha um bom retorno, senhorita...
—Gostosa! – Disse ela me apontando um dedo. —Sou uma baita gostosa e levei um fora do meu namorado no meu aniversário, tendo que vir beber com meus amigos depois de planejar uma noite incrível.
—Certo! – Falei ameaçando sair, mas ao dar um passo ela me chamou.
—Ei! É sério isso? – Disse ela me fazendo virar para a olhar.
—Pois não?
—Acha mesmo que não vi como estava me olhando, senhor charmoso? Não vai ao menos me oferecer uma bebida ou dar uma desculpa para me levar com você? – perguntou ela com um riso.
Dei mais um passo até ela e me coloquei bem próximo, tendo aqueles olhos inebriantes sobre os meus.
—Quer mesmo vir comigo? – Perguntei a vendo sorrir.
—Hm! Eu quero!
E assim, fomos mais uma vez, como se algo em mim pedisse também por aquilo.
Acabamos adormecendo e ao acordar, decidi tomar um banho a encontrando adormecida. E assim que terminei, escutei o barulho da porta bater.
Eu simplesmente não acreditei que ela tivesse fugido logo pela manhã, como alguém que estivesse devendo e confesso que, aquilo me irritou.
Eu então me vesti apressadamente e sai do quarto encontrando meu assistente no saguão me aguardando.
—Senhor Simons, bom dia!
—Dylan, sobre a mulher que acabou de sair. Pele clara, cabelos longos escuros, altura mediana e um corpo médio.
—O que devo fazer? A recompensar? – Perguntou ele me acompanhando até o carro e ao abrir a porta para mim, o olhei nos olhos.
—Dessa vez não. Descubra tudo sobre ela! Encontrei a pessoa que minha avó tanto pediu. – Respondi entrando no veículo o vendo fechar a porta e correr para o lado do motorista.
Ele ligou o veículo e começou a dirigir, me olhando algumas vezes pelo retrovisor interno.
—Devo avisar a senhora Simons?
—Não há necessidade ela logo descobrirá com o seu jeito astuto. – Respondi o encarando de volta, —Apenas faça o que te mandei. Descubra tudo o que puder sobre essa mulher e não a perca de vista.
—Sim senhor! – Respondeu ele rapidamente, levando a atenção para a direção.
Eu então, encarei a vista pela janela e sussurrei.
—Eu irei torná-la minha!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.