O homem então, soltou um riso e acariciou os fios dos meus cabelos.
—Você realmente se lembra de mim? – Disse ele me fazendo encostar a cabeça em seu peito.
—Não sei se devemos conversar aqui. Por que não vamos para outro lugar? – Perguntei segurando a mão dele e fazendo menção de sair, mas ele me impediu.
—Não é seguro, há deles em todas as partes.
—Como conseguiu chegar aqui? – Perguntei me virando para o olhar e então, Heitor sorriu.
—Também sabemos bem como nos camuflar! – Disse ele me exibindo um sorriso e olhando em volta. —Por que estava sozinha com ele? Onde está Aron?
—Lá em cima, vamos? – Falei segurando a mão dele e o levando comigo.
Cada lance de escada era como se meu coração saísse pela boca. Um dos seguranças sempre passavam pelo corredor e eu tinha que me esconder.
Até que cheguei perto da porta do meu apartamento e vi que havia dois deles parados em frente.
Fechei a porta da escada e me virei para olhar Heitor.
—Essa não, aqui há mais!
—Sério? Ele está mesmo disposto a te manter sobre controle dele? – Perguntou o homem soltando um riso. —Se eu soubesse que seria assim, não teria facilitado para ele.
—O que? – Perguntei confusa, enquanto sentia minha cabeça latejar. —Ai!
—Você está se sentindo bem? O que há com você?
—Não é nada! – Respondi simplista, o encarando fixamente. —Fique aqui, creio eu que eles monitoram até mesmo o tempo em que subi as escadas.
Falei abrindo a porta e então, os olhos de Dylan vieram até os meus.
—Senhora...
—Está tudo bem! – Falei silabando o vendo assentir com a cabeça. Eu então, apontei com os olhos para o homem do lado e Dylan abriu a porta para mim.
Ele falou algo no radinho e entrou primeiro, voltando até a porta e assentindo com a cabeça. Assim que passei por ela, ele veio atrás de mim e a fechou.
—Olívia, sabe no que está se metendo?
—Vocês estavam vigiando! – Falei em um sussurro olhando em volta e parando os olhos no loiro a minha frente. —Dylan, tem um de vocês que está o facilitando.
—Nós já sabemos! – Disse Dylan atendendo a ligação em seguida. —Certo!
Assim que ele desligou a chamada, ele suspiro e me olhou novamente.
—Deixe-o entrar! – Disse ele fazendo menção de sair, mas eu o chamei.
—Dylan! – Falei o vendo frear os pés e se virar para me olhar. Eu então, respirei fundo e sorri fraca. —Ele sabe não é mesmo?
Assim que eu perguntei, Dylan apontou para a lâmpada e também para os abajures, assentindo com acenos de cabeça, se retirando em seguida.
Eu então, suspirei fundo.
Um pouco de alívio e medo começou a tomar meus sentidos; era bom Archie saber o que eu estava fazendo e me proteger, mas eu também sabia que ele não suportaria me ver sozinha com Heitor.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: DE REPENTE 30 e o presente foi um filho para o meu chefe.