Damian estava com uma maldita dor de cabeça.
— Maldição, eu queria derrubar a conta dela! — ele reclamou, porém, não seria um passo muito inteligente. As pessoas o tomariam por um monstro caso ele fizesse isso.
— A conferência vai começar, senhor Lancaster. — Loui avisou, olhando para o tablet, eficiente como sempre. Damian estava tão irritado que sentiu vontade de implicar com Loui, para arrancar uma reação e ter um motivo para brigar. Porém, não valia a pena. Nem Loui não era o culpado e nem isso ajudaria em nada para apaziguar a raiva que Damian sentia.
— Ela tá fodendo comigo, senhor Jarvis. — Damian disse a Loui e se levantou da cadeira dele, ajeitando o paletó e dando uma última olhada no reflexo dele mesmo. — Vamos.
A noite dele não foi muito boa. Ele tinha ido para a casa dele, porque não queria os repórteres infernizando ainda mais Lauren. Menos ainda com Oliver por perto. Ele tinha pedido que os seguranças ficassem à postos. Assim que ele anunciasse quem era a mulher com ele na foto, o inferno subiria à terra.
Ele entrou na sala de conferência e flashes de câmeras dispararam loucamente. Damian respirou fundo e ninguém podia ver como ele estava por dentro: um caos.
Calmamente, ele ficou em frente ao microfone e olhou para todos. Com um movimento da mão dele, os repórteres se sentaram e esperaram até que ele começasse a falar.
— Hoje eu vim esclarecer algumas coisas sobre a minha vida pessoal, já que especulações tornaram-se um… incômodo. — E todos deveriam saber como Damian Lancaster odiava ser incomodado! — Não há qualquer envolvimento romântico entre a senhorita Langston e eu.
Um repórter levantou a mão. Damian sabia que começariam a questionar sobre a criança. Ele levantou a mão, indicando que esperassem.
— Eu tenho uma mulher. Uma com a qual desejo me casar. E não é a modelo Marissa Langston. — Outro repórter levantando a mão. — Não darei todos os detalhes sobre a minha vida, no entanto, espero que seja o suficiente para que eu não precise tomar medidas cabíveis quanto a ações impensadas e prejudiciais, não só à minha imagem quanto à da empresa e, mais importante ainda, prejudiciais àqueles que eu amo.
Lauren estava no escritório dela, ouvindo a conferência ao vivo de Damian. Ela mordia o cantinho da unha do dedo indicador, nervosa.
— Pode perguntar.
— Senhor Lancaster. — O repórter começou. — Ao longo dos anos, ficou evidente para todos que acompanham o senhor que Marissa e o senhor são íntimos. E agora, ela está grávida. O senhor é o pai da criança?
Damian não pareceu abalado. Não por fora.
— A minha relação com a senhorita Langston não é romântica. Nunca foi. É um assunto delicado de família, mas não é nada romântico. — Damian respondeu. — Quanto à criança, digamos que ela pode ser minha.
— Então o senhor e ela estão juntos!
— Nos tempos de hoje, creio que todos, ou a grande maioria aqui, não precisa de um relacionamento para passar a noite com alguém. — Ele levantou a mão de novo, pedindo que esperassem ele terminar de falar. Damian retirou do paletó um exame médico. — Eu fui vítima de uma droga. Tenho aqui a prova. Não foi “uma noite de amor”.
Ele permitiu que falassem de novo. Havia um burburinho pela sala. Teria Marissa Langston drogado o CEO Lancaster?
— A senhorita Langston o drogou, premeditando levá-lo para perto dela e engravidar?
— Eu não posso afirmar isso. Não posso dizer quem foi, porque ainda não foram encontradas as provas necessárias. Mas que eu fui drogado é inquestionável. E, por isso, eu não posso afirmar que não sou o pai da criança dela. Se eu for, assumirei as responsabilidades para com o bebê.
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