— Vô… — Damian esfregou os olhos.
— Eu liguei pro Loui há pouco, pra confirmar que você viria almoçar aqui. Achei que você tava ocupado, como todo sábado de manhã, ou tivesse criado juízo e ido até Lauren! Mas não… eu descubro que não só Loui não trabalha mais pra você como você quer pedir a guarda de Oliver!
Damian levou os dedos às têmporas.
— Como pôde? Eu não acredito nisso, francamente! Está me saindo ainda pior do que o seu pai!
Aquelas palavras fizeram Damian congelar na hora. Rodney era, para Damian, o maior exemplo do que NÃO SER. E agora, Elliot estava dizendo que ele era pior do que o pai? Aquele era um senhor insulto!
— Eu não fiz filho bastardo por aí! E nem enganei a minha mulher! Pelo contrário, eu que fui o corno!
— Você merece uns t***s! E eu estou te avisando, Damian, eu ainda sou o acionista majoritário! Deixei que você tomasse conta dos meus interesses, mas fique sabendo, eu ainda não morri!
Damian estava agora sentado na cama.
— O que quer dizer com isso?
— Quero dizer que se você ousar brigar pela guarda do meu bisneto, Damian, eu vou tirar você do poder. E brinque mesmo comigo e eu coloco o seu pai, que com certeza vai enfiar Julian ali. E eu não vou nem me mover. Prefiro ver o império cair do que passar a mão na sua cabeça. E Oliver não precisa do nosso dinheiro. A mãe dele fez um excelente trabalho SEM VOCÊ!
— Não acredito que vá fazer isso! E eu sou o seu neto, não ela! Por que sempre toma o lado dela?
— Eu tomo o lado certo, Damian. Esse velho aqui vai morrer em breve, eu sei disso, mas antes, vai colocar você no caminho certo, nem que seja a última… Cof, Cof… Coisa que eu… Aaah!
— Vovô? VOVÔ!
Damian se levanta de uma vez e corre para o closet dele, pegando roupas aleatórias e as colocando rapidamente. Ele pega as chaves do carro e desce, sem se dar conta que nem de sapato ele estava.
Ao chegar à mansão, Damian encontrou Elliot sentado, com a mão no peito, e Horton segurando um copo de água. Assim que viu o neto, o velho levantou a mão e apontou para Damian.
— Seu… moleque miserável!
Enquanto eles conversavam, Lauren resolveu sair para respirar um pouco melhor. Ela estava se sentindo péssima no ateliê, principalmente no escritório dela. Talvez fosse o fato de que Damian tinha gritado com ela ali, acusando-a de infidelidade.
“Como é que ele se atreveu? Ele dormiu com a Marissa e não me contou nada! Se o meu passado. Não, meu suposto passado, importa, então o dele não deveria, também! Ele dormiu com ela enquanto ficava me dando sinais de que tinha interesse em mim, o desgraçado!”
Lauren torceu a boca, em desgosto.
— Senhorita Laurent! — Lauren ouviu e olhou para trás, avistando Cheryl estava ali, acenando e sorrindo para ela.
— Eu vou me casar, só não será com Charles. Minha irmã estava certa sobre aquele cretino.
— Eu sinto muito. É com aquela garota, não é? — Cheryl assentiu e Lauren podia ver a expressão dela de dor. — Não quero ser intrometida, mas… acha que é o mais correto com a senhorita casar-se com outro? Quer dizer, é ok ficar solteira.
— Eu não estou com dor por Charles ser um filho da mãe. Quer dizer, não é como se me doesse, na linha de “coração partido”. Eu só estou triste por ter perdido meu tempo, por ter brigado com a minha irmã, por alguém que não valia a pena. Anos jogados fora!
— Entendo. E esse novo rapaz é bom?
— Sim. E meus pais sempre quiseram que ficássemos juntos, mas eu era rebelde demais. Precisei apanhar pra aprender. — Cheryl sorriu mais radiante, agora. — A data do casamento foi adiada para daqui a duas semanas. Será que a senhorita consegue fazer o vestido?
Lauren inspirou fundo.
— Me fale sobre a sua ideia e aí podemos discutir sobre isso. Mas acho melhor fazer isso no escritório, onde posso anotar tudo.
— Tudo bem! posso passar lá amanhã?
— Claro.
E assim ficou marcado. Cheryl se foi e, quando Lauren se deu conta, ela estava em frente ao local onde Damian havia levado a ela e a Oliver, antes. Ela deu uma olhada para dentro, incerta, mas antes que entrasse, ela viu alguém que definitivamente não esperava ver! Não ali!

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