— Ela tá namorando o Loui Jarvis. Só achei que você deveria saber que talvez tenha que trocar a mesa da cozinha. — Damian olhou com desinteresse para Emma. — Ela estava de safadeza com ele, lá. E sabe-se mais onde, antes de eu chegar.
Lauren olhou para Emma, que abriu a boca, ofendida.
— Sério? Me conta, você tá com ele? Tão namorando?!
— Lauren! — Damian tocou no ombro dela, com o cenho franzido. — Não vai brigar com ela?
— Larga de ser implicante! A mesa já estava suja, antes de Emma usar. E ela não desrespeitaria a minha casa.
Damian fez um biquinho. Um, porque Lauren tomou o partido de Emma e não o dele. Dois, porque ela disse “minha casa”, em vez de “nossa”.
Ele limpou a garganta e resolveu que aquele era o momento.
— Okay, okay! Se você confia nela… Já que é assim, ela pode ficar aqui de olho no Oliver enquanto eu tenho uma palavra com você, ali fora.
Ele queria conversar num jantar, algo mais romântico, e não no hospital. Porém, aquela situação de Lauren e ele estarem afastados não era o ideal e ele não queria perder mais nenhum minuto. Ainda mais com Julian rondando!
Emma assentiu para Lauren, que se levantou, beijou a testa do filho e seguiu Damian para fora.
Uma vez em um dos corredores, mais perto da saída, Lauren cruzou os braços.
— O que quer falar, afinal? Sua mãe está bem?
— Sim, aparentemente sim. Creio que dessa vez ela não sumirá de novo. — Damian suspirou. O olhar dele mudou e ele descruzou os braços de Lauren, segurando as mãos dela em seguida. — Lauren, me perdoa.
Ela puxou as mãos delicadamente, mas Damian não as soltou.
— Estamos em um hospital…
— Eu sei. Mas eu preciso esclarecer as coisas com você.
Lauren soltou uma risada, virando o rosto para o lado.
— Damian! — ela o repreendeu. Damian apontou para o celular.
— Vai, clica em “play” e aproxima do seu ouvido. Vê aí a boa coisa que ele é!
Lauren suspirou e fez o que Damian mandou. O áudio estava ali direto do gravador, o que indicava que ele tinha gravado diretamente do aparelho.
Conforme os segundos passavam, Damian observou as expressões dela mudando. Primeiro, o desinteresse e má vontade de ouvir. Depois, a surpresa, o choque, a raiva. Quando ela terminou, ele praticamente podia ver a fumaça subindo pela cabeça de Lauren.
— Viu? Ele não gosta de você. Ele não gosta do Oliver! — Damian disse e Lauren apertou os punhos ao lado do corpo. — Se uma pessoa não gosta do nosso filho, não gosta da gente. Oliver é um bom menino, e Julian o viu nascer.
Essa última parte saiu amarga pela boca de Damian. Pensar que Julian tinha vivido aqueles primeiros anos de Oliver, que basicamente o viu nascer, o criou, enquanto ele, Damian, o pai, esteve completamente ignorante quanto a existência do menino, o fazia ficar com raiva!
— Damian, esse áudio é real, não é?
— Sim, Lauren. É. Mas, se ainda assim você não acredita, eu posso dar um jeito de falar de novo com Julian, levantar essas questões. Você fica por perto. Ouve ele falando… E vai ouvir da boca dele. Eu não tô mentindo. — Damian a olhava com ferocidade, mas a raiva não era voltada para ela, e sim para Julian. — Você pode não me querer, mas é esse traste que quer deixar perto do nosso filho? Perto de você? Dar abertura pra esse merda te conquistar?

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