— Eu recebi de um número desconhecido. — Ela respondeu de maneira mansa, colocando uma mecha de cabelos para frente do ombro e a enrolou no dedo indicador, cruzando as pernas e mordendo o lábio inferior.
— Quando? — Damian perguntou.
— Faz tempo. — Ela fez aquela cara que Lauren já conhecia muito bem, a cara de quem era inocente.
— E posso saber por que não me falou nada?
— Bom… — Marissa segurou a mão de Damian, que não se moveu. — Da última vez que te mostrei algo, eu realmente estava errada. Daí… daí você não confiou mais em mim. E eu tive medo que você pensasse que era algum “esquema” meu. Mas eu juro, Damian, não é nada disso!
Para quem não conhecia Marissa, aqueles olhos bem abertos, como os do “gato de botas”, os lábios em um leve biquinho e a cabeça ligeiramente inclinada para o lado, convenceriam qualquer um de que ela não passava de uma pobre donzela, injustiçada!
No entanto, Damian já estava bem familiarizado com as artimanhas da modelo. Ele pegou o copo de suco e o bebeu. Se estivesse sozinho, Damian não aceitaria absolutamente nada de Marissa, mas com Lauren ali, ele sabia que poderia confiar nela e agir da melhor maneira para que a mulher em frente a ele não desconfiasse de absolutamente nada.
— E você está certa. Por que eu deveria confiar em você? Quem me garante que essas imagens aqui não são, mais uma vez, armação sua? — Damian se colocou de pé e Marissa o seguiu com o olhar, antes de se levantar e abraçá-lo por trás.
— Damian, você sabe o que eu sinto por você! — ela disse, soluçando e encostando a cabeça nas costas dele. — Você se mostrou o meu salvador quando eu não tinha ninguém. Como eu não me apaixonaria?
Damian permaneceu quieto, com as mãos nos bolsos da calça, olhando para a janela.
— Ter passado aquela noite com você foi como realizar um sonho. E… Eu sei que errei no passado, mas eu juro que dessa vez, é tudo genuíno! Pelo menos, eu não estou mentindo. Aqui, eu vou te mostrar como eu recebi as imagens!
Ela se soltou dele e olhou em volta.
— Ah, você viu meu celular? — ela perguntou e Damian virou-se, varrendo a sala com os olhos.
— Não.
— Claro! — Marissa falou e saiu dali. Ela tinha instalado uma câmera no quarto e pretendia gravar todo o ato com Damian.
“Em breve, a droga vai fazer efeito e ele não vai resistir a mim!”, ela sorriu, maliciosa, caminhando até a cozinha.
Na cama, Damian se abanou com a mão, puxou a gravata, afrouxado-a. Aquilo não era algo para ele dormir, era algo para ele ficar com tesão!
“Onde diabos está a Lauren?”, ele se perguntou, franzindo a testa.
Aquele tipo de droga era dolorosa: se a pessoa não se deixasse levar pelos instintos, quanto mais resistisse, mais calor ficava e os músculos do corpo enrijeciam.
Damian tentou se levantar, mas sem sucesso. Marissa logo apareceu, sem água nenhuma nas mãos. Em vez disso, os dedos dela estavam ocupados em desatar o nó do robe.
— Fica tranquilo. Eu vou te ajudar.

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