— Espere ali, senhora, por favor. — A recepcionista pediu. — A senhora é da família?
— Esposa. — Lauren respondeu e a recepcionista olhou para o documento dela lentamente, levantando uma sobrancelha. — Não trocamos os documentos. Pode procurar na internet se não tem fotos nossas juntos.
Ela nada respondeu, apenas voltou-se para o computador.
Uma vez que Lauren não teria nenhuma resposta dela, foi se sentar. Só lhe restava esperar.
O telefone dela tinha ficado com a polícia, para que vissem o vídeo. Ela não tinha ponderado que precisaria dele para avisar Emma do que estava acontecendo. Ainda que ela não fosse sair de casa para ir até ali comigo, Lauren tinha que avisar. E ela queria saber como estava Oliver. Ela sentiu essa necessidade absurda de repente. Talvez levada pelo estado no qual Damian se encontrava.
Ela colocou o rosto entre as próprias mãos. O que Marissa tinha dado a Damian? Se fosse apenas um afrodisíaco, ele teria ficado como lá naquela festa, certo? Mas ele não estava apenas com tesão, Damian sentia-se mal. Mal mesmo. Ele chegou a perder a consciência, por favor!
A espera por alguém falar com ela do hospital foi agonizante. Uma dupla de policiais se aproximou dela e ela prestou um depoimento não oficial.
— Família do senhor Damian Lancaster.
— Eu! — Lauren respondeu, colocando-se de pé de uma vez.
A médica olhou para mim e para os dois policiais, que ainda estavam ali. Ela limpou a garganta.
— Sou a Dra. Parker. O paciente foi drogado. O que creio que saibam disso.
— Eu acho que foi um afrodisíaco. — Lauren disse. — Mas ele ficou muito mal, doutora. Não foi só isso, foi?
A profissional suspirou.
— Não. — Ela sacudiu a cabeça. — Os exames indicaram presença de alprazolam no sangue dele. Xanax. Misturado a outro estimulante, acabou causando o mal-estar e… Ele teve duas paradas desde que chegou aqui.
Lauren cobriu a boca com as mãos, os olhos enchendo-se de água.
— Ele está inconsciente.
— Ele… ele vai morrer? — Lauren perguntou, o coração dela mais apertado do que nunca. Ela poderia ter impedido! Ela deveria ter impedido, mas apenas observou!
— Não sabemos, ainda. Ele não está estável. Precisaremos de vinte e quatro a quarenta e oito horas para ter uma noção. Fizemos uma lavagem estomacal. — A médica olhou para os policiais. — A pessoa claramente queria matá-lo. A não ser que ela fosse completamente ignorante e sem noção, não há outra explicação.
— Cuidaremos disso, doutora. Obrigado. — Um dos policiais falou.
— Eu posso vê-lo? — Lauren perguntou.
— Não. A senhora deveria ir para casa. Entraremos em contato. Não adianta ficar aqui.
— Já passou da hora! — Emma mordeu o lábio. — Onde será que ela arranjou aquele afrodisíaco? Eu duvido que ela iria misturar com Xanax, se o objetivo dela era dormir com o Damian. Se ele fosse uma mulher, podia ser. Mas homem? Ele não… você sabe… ficaria inútil.
Lauren concordou.
— Seja lá quem deu, ou vendeu aquilo pra ela, não tinha boas intenções. Quer dizer, estava mais mal intencionado do que o “normal”. — Lauren fechou os olhos e se recostou no sofá. — O Loui?
— Ele veio aqui, mas precisou ir para a casa dele. Acho que alguém da família dele tava criando confusão e dificultando pra ele.
Emma não iria discutir aquilo com Lauren, não naquele momento, pelo menos. Mas ela desconfiava que Loui estava com um baita problema.
Lauren levantou-se dali e avisou que dormiria com Oliver. Agradeceu Emma, que lhe deu um beijo na testa, e se foi.
Na manhã seguinte, Lauren levou Oliver para a escola e foi até a delegacia. Ela precisava do telefone dela e, de lá, iria direto para o hospital e lá ficaria. Ela esperava que Damian acordasse, ou que ao menos ela pudesse ficar com ele.
Depois de pegar o aparelho dela, perguntou sobre Marissa, mas avisaram apenas que ela estava sob custódia e que avisariam qualquer coisa.
— Obrigada.
Lauren deu um leve tapinha no balcão de atendimento e se virou para ir embora. Ela abriu a porta e um vento frio bateu em seu rosto, o que a fez se encolher. Ela apertou o casaco contra o corpo e desceu as pequenas escadas, caminhando até o carro dela. Ela o destravou, abriu a porta e, antes que pudesse entrar, a porta foi fechada.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Divórcio Contratual - Grávida do Meu Ex-marido