— Ele tá viajando. Foi algo urgente. Logo ele volta. — Lauren odiava mentir para Oliver, mas se dissesse que Damian estava doente, o menino iria pedir para ir ao hospital. E ela não queria arriscar paparazzi em cima da criança.
— Ah! — Oliver disse, os olhos brilhando, cheio de expectativa. Lauren não compreendeu a reação da criança. Ela não sabia que ele pensava que Damian era um agente secreto.
“Papai tá numa missão secreta! Por isso foi urgente!”, o menino pensou e estufou o peito, cheio de orgulho. Na cabecinha dele, Damian estava salvando o mundo.
No dia seguinte, Lauren ouviu a campainha tocando, enquanto dava o café da manhã para Oliver.
— Será o papai? — o pequeno já estava pronto para se levantar.
— Não acho que seja… fica aqui, meu amor. — Lauren pediu, colocando a mão no ombro de Oliver, fazendo com que ele permanecesse sentado.
Emma tinha a chave do apartamento. Quem poderia ser? O porteiro sempre anunciava qualquer pessoa estranha. E o interfone não tinha tocado. Ela teve um mau-pressentimento.
— Ok…
Lauren ajeitou o vestido e foi até a porta. Lá, dois policiais.
— Bom dia, senhores. — Ela falou, achando estranho que o porteiro não tivesse ligado.
Os dois homens eram grandes, e suas posturas eram um tanto quanto… arrogantes.
— Senhorita Everett? — um deles perguntou e Lauren assentiu.
— Sim? Sou eu.
— Precisamos que venha conosco.
Lauren olhou por cima do ombro por um segundo, antes de olhar para os dois homens e sorrir, sem graça.
— O que aconteceu?
— É sobre o caso do senhor Lancaster. — O policial disse, as duas mãos em cima do cinto. — Uma nova prova surgiu e… bom, como testemunha, precisamos que venha conosco.
— Tudo bem, eu posso ir. Primeiro, preciso resolver…
— Não há tempo. — O outro policial disse, um pouco mais impaciente. — É urgente.
Algo dentro de Lauren apitou com força e muito alto. Aqueles homens não eram policiais. Ela não era suspeita de nada. Se fossem prendê-la diriam diretamente. Se precisassem dela, apenas, teriam ligado.
Lauren ouvia os próprios batimentos cardíacos, rápidos, fortes. Quem teria mandado aqueles homens? Marissa estava detida, certo? Julian, no hospital. Mas ele não faria uma coisa daquelas. Para quê? Georgia?
Enquanto quebrava a cuca, o elevador parou. O porteiro não estava na portaria.
“Fizeram algo com ele!”, Lauren pensou, preocupada.
Em frente a ela, um carro parado.
— Isso não é a viatura. — Ela disse.
— Entra no carro de uma vez! — B2 falou, ríspido, perdendo o pouco de paciência.
Lauren deu um passo para trás. Havia câmeras de segurança ali fora.
— O que está acontecendo?
Ela agarrou a bolsa, apertando-a contra o corpo.
— Pega a porra da bolsa dela e enfia essa vadia aqui! — B2 ordenou e, logo, Lauren sentiu algo forte contra o nariz dela. Ela lutou, mas começou a apagar.

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