Loui não conseguia dizer. Como é que ele falaria para Emma que estava casado? Ele demorou tanto a aceitar tê-la ao lado dele, justamente pelo perigo que era se envolver quando o pai dele estava em cena — e ele não tinha errado, não é? — e, então, aparecia casado? Com outra? Uma desconhecida?
— Sou uma sócia. — Alysha falou, mas Emma não parecia interessada. — Meu pai, ao que parece, pagou ao pai dele para que eu tivesse um marido.
— O quê?! — Emma perguntou e empurrou Loui. — Que porra é essa?
— Senhorita Emma, por favor…
— Por favor uma ova!
— Amor, as coisas foram complicadas. Por favor, me ouve.
— Não!
Alysha pediu que o motorista parasse o carro.
— Eu vou dar privacidade a vocês. — E saiu do veículo.
Dentro, o clima estava sufocante. Os olhos de Emma se encheram de mais lágrimas, agora caindo livremente.
— Você casou com aquela mulher?
— Meu pai tinha raptado você! E ele diria onde você tava se eu me casasse! Saímos do cartório e fomos atrás de você, Emma. — Ela tentou se soltar dele. — Não, não! Amor, eu jamais me casaria com uma outra mulher, ainda mais uma estranha, se não fosse necessário!
Emma ficou em silêncio por um momento, olhando para baixo.
— Você vai se divorciar dela?
Loui segurou o queixo de Emma e a fez olhar para ele.
— É claro que sim! Emma, eu não tenho mais dúvidas quanto ao que eu sinto por você. Eu amo você. — Ele disse seriamente. — Como é que eu ficaria casado com outra pessoa?
Emma fungou.
— Você não conhece aquela mulher? Ela parecia tão…
— Não quero nem ficar casada com um estranho e nem com alguém já comprometido. — Ela disse. — Quero apenas pedir algo. Eu aceitei casar porque se não perderia minha possiblidade na empresa da família. Seria expulsa. “Mulheres deveriam ficar em casa e cuidar da família”.
Ela disse essa última parte com a voz mais grossa, claramente imitando alguém.
— Preciso desse casamento. Ou de algum casamento. Ainda hoje. Será que… a senhorita e o senhor poderiam me ajudar? Eu só quero receber a minha promoção. Depois disso… não precisam mais olhar na minha cara.
— Calma aí. — Emma levantou a mão e olhou de Alysha para Loui e de volta para a mulher. — Tá me pedindo pra ser a amante? É isso?
— Estou pedindo para deixar o processo de divórcio se alongar até eu receber o meu título. Uma vez que eu receba, meu pai não poderá tirar de mim. As ações passam para mim imediatamente. A chance de eu ser retirada da Cadeira é ínfima. — Alysha engoliu em seco. — Podemos entrar com o pedido amanhã, através de alguém de confiança, não pessoalmente. Ele deve ter gente me seguindo…
Alysha respirou fundo e continuou.
— Não preciso anunciar casamento. A certidão está aqui, não é falsificada. E, no mesmo dia que eu receber tudo, o divórcio acaba. Eu fico devendo um enorme favor. Podem me pedir o pagamento por ele como quiserem. Com outro favor, de cunho pecuniário… fica a critério de vocês.
Emma não estava gostando nada.
— E se a gente não aceitar?

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