— Pode começar a explicar a sua ausência de anos. — Loui falou e Devin ouvia a dor na voz do mais jovem.
Devin inspirou fundo.
— Sua mãe e eu nos conhecemos quando estávamos no Ensino Médio. Namoramos, mesmo os meus pais não aprovando. Ela engravidou e antes que ela pudesse me contar qualquer coisa, simplesmente foi transferida de escola. Eu não sabia pra onde. Fui até a casa dela, eles tinham todos se mudado.
— Laylah…
— O nome da minha mãe é Madelyn. — Loui o interrompeu.
— Eu vou chegar lá, filho.
Loui parecia que estava engolindo as palavras, mas ficou calado e fez sinal para que Devin continuasse.
— Eu achei que ela não me quisesse. Tinha ido embora, me deixado pra trás. E, na época, eu não tinha qualquer poder para procurar por ela.
Devin olhava para baixo, o sofrimento ao se lembrar dessa época estava estampado no rosto dele.
— Eu dei o melhor de mim para que meu pai visse valor em mim e me desse o controle sobre a família. E, assim que eu tive condições suficientes, comecei a procurá-la. Quando a achei, soube da gravidez, e de como nosso bebê tinha sido perdido. Morrido no parto.
A respiração de Devin agora estava errática, enquanto os olhos se enchiam de lágrimas.
— Meu pai já não podia mais me controlar, e eu me casei com Laylah. Anos depois, tivemos um acidente de carro. Ela perdeu o bebê, sua irmã, e eu o movimento das pernas.
Os três ficaram em silêncio. Devin claramente perdido em memórias dolorosas, enquanto Loui tentava compreender aquelas palavras.
— E onde isso coloca Eurico e Madelyn?


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