— É que… eu estou na casa de uma amiga. Não estou em casa.
— Onde é?
— Senhor Lancaster! Não pode esperar até amanhã? Seria rude de minha parte sair assim! Oliver já está dormindo!
— Basta descer. Vai ser rápido.
“Esse homem…!”
— Amanhã.
— Almoço — Damian sorriu. — É sobre trabalho.
Lauren apertou o aparelho.
— Muito bem. Amanhã podemos almoçar no ateliê. Meio dia em ponto.
— Estarei lá. Boa noite, senhorita Laurent.
E ele desligou. Lauren soltou um suspiro.
— Droga, Damian, você não pode me deixar em paz nem depois do divórcio?! Já passaram cinco anos!
Até a vontade de tomar o chocolate quente tinha passado!
No dia seguinte, Lauren estava com um humor não muito bom. Ela chegou ao ateliê e foi para o escritório. Oliver ficou com a babá, enquanto Emma já estava trabalhando.
— Que bicho te mordeu? Isso foi pelo jantar de ontem? — Emma questionou, olhando por cima do computador.
Lauren jogou a bolsa em cima do pequeno sofá e sentou-se na própria cadeira.
— Ele quer almoçar comigo. Ligou de noite, queria que eu descesse, mas eu tava na minha casa, não na sua, que ele acha que é minha — Lauren soltou o ar. — Emma, eu não vou poder ficar em Atlanta por muito tempo.
Emma dessa vez colocou o notebook de lado e olhou para a amiga.
— Calma aí, por quê? Ele já descobriu?
— Ele ligou ontem e me chamou de Lauren!
— Mas que droga! — Emma jogou-se para trás, na cadeira, e girou-a nas rodinhas. Então, se inclinou para frente, juntando as mãos em cima da mesa. — Lauren, eu não se isso seria maldade, mas… o que acha de forjar a morte da Lauren?
Lauren já tinha pensado naquela possiblidade. Porém, ainda tinha a questão dos pais dela. Além disso, Oliver era registrado como filho dela mesma, obviamente. Matar Lauren Everett parecia um pouco mais complicado.
— Eu vou pensar sobre isso. Só que por enquanto, acho bom vermos sobre irmos embora. Mesmo que Lauren se vá, Damian ainda estará aqui e eu sinceramente não quero continuar a ter a presença desse homem na minha vida.
Já era ruim o suficiente que Oliver compartilhasse o sangue de Damian. Depois de tudo, Lauren queria poder drenar a parte de Oliver que correspondia a Damian.
“Mas aí… ele não seria ele,” ela suspirou, derrotada. Por que as coisas tinham que ser difíceis?
Como se fazendo pouco dela, o relógio andou mais rápido, na cabeça de Lauren, e logo a hora do almoço chegou. Um minuto para meio-dia o celular apitou com uma notificação de Damian avisando que estava esperando na recepção.
— Comeremos aqui, senhor Lancaster. Espero que não se importe.
— Não, não me importo — ele sorriu. — Vamos?
A escada era larga o suficiente para que eles pudessem subir juntos, lado a lado. Lauren sentia o olhar de Damian em cima dela e ela não compreendia o que podia ser. Estava mais intenso do que o normal.
— A senhorita quem desenhou o modelo que está vestindo?
Eles chegaram ao segundo andar e Lauren foi pega de surpresa pela pergunta.
— Sim.
— Caiu-lhe como uma luva — ele disse, pensando que o vestido abraçava todas as curvas de René, que eram iguais as de Lauren. Talvez os quadris fossem um pouquinho mais largos. Ele não poderia afirmar até tocar na mulher, o que, ele esperava, não demoraria.
Damian sentia-se estranho, porque ao mesmo tempo que ele queria apenas Lauren. aquela mulher estava mexendo com ele de um jeito diferente.
“Ela é igual a Lauren, é por isso,” ele falava para si mesmo, porém, lá no fundo ele se recriminava, como se estivesse achando uma desculpa para trair. Sim, ele se sentia traindo Lauren, ainda que eles não estivessem mais casados.
René ficou na frente dele para poder abrir a porta e Damian não perdeu a chance de olhar para a figura dela.
“Céus!”
Eles entraram e Damian apertou os lábios assim que o cheiro da comida chegou às narinas dele.

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