— Se um filho é seu, com você ao lado, não pode ser filho meu. Eu não quero vínculo com você, Marissa. Entramos em um acordo, lembra? — ele disse, quase cuspindo as palavras. — Uma vez que eu ajudasse a sua carreira, você estaria longe da minha vida. Com ou sem criança, você não vai estar por perto.
— Damian… — ela sentiu-se extremamente humilhada, ali, na frente daquele ator fingindo ser médico, que estava ouvindo tudo. — Você e eu temos uma história…
Damian soltou uma risada de deboche.
— História? É verdade. Você se usou da imbecilidade do meu pai, do erro dele. Não foi pequeno, não estou diminuindo o que ele fez. Porém, você se usou disso para extorquir tudo de mim. Ou, quase tudo. — Damian torceu a boca em desgosto. — Ainda não acertei as contas com você depois que armou para Lauren e a fez ir embora. Eu odeio você, Marissa, tenho nojo. E se eu não estivesse drogado, jamais teria encostado em você.
As lágrimas desciam pelo rosto de Marissa.
— Eu nem mesmo lembro de ter você na minha cama. A minha mente estava completamente, absolutamente repleta de René. Eu amo a ela. Você… você é alguém que eu não me deitaria com, em plena consciência, nem que fosse para salvar a humanidade da extinção. A morte é mais sedutora do que você.
O ator estava se sentindo desconfortável. Ele limpou a garganta.
— Senhor Lancaster, não acho que esse seja o momento para… para falar essas coisas. A senhorita Langston…
Damian se afastou dela de uma vez.
— Não me interessa. Vim aqui apenas como obrigação, porque talvez ela esteja carregando o meu filho. Drogado ou não, eu fiz, não é mesmo? — ele disse com indiferença. — O recado está dado. Se precisar de algo para a criança, fale com o meu assistente, o senhor Jarvis. Não entre em contato comigo. E… cuidado com o que faz e fala, porque se eu sonhar que você está tentando dar um desses seus truques para cima da minha mulher, você vai se arrepender amargamente, Marissa.
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