Doce Vingança de Lúmina: A Filha Perdida da Família Santos romance Capítulo 119

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Gustavo Santos virou-se para olhar para a senhora Eliane, carregando no rosto uma expressão de culpa.

Ele também havia se esquecido.

Afinal, já fazia mais de dez anos que Dona Eliane não comemorava o aniversário.

Mas deixar de comemorar era um pedido dela mesma.

Ele não lembrava exatamente como ela havia dito, mas o sentido era mais ou menos: não queria gastar à toa e, dali em diante, não teria mais festa de aniversário.

Por isso, durante todos esses anos, não houve comemoração alguma, e nenhum deles ousou sequer mencionar o assunto.

O receio era organizar uma festa de aniversário sem consultá-la e acabar irritando a mãe.

Os filhos da família Santos sempre foram considerados atenciosos; bastava a mãe pedir algo, eles faziam de tudo para obedecer.

Dona Eliane, ao notar as expressões dos filhos, se sentiu tomada por uma decepção silenciosa.

É curioso como as pessoas podem ser contraditórias.

Ela mesma havia pedido para não comemorar, mas, ao ver que nenhum dos filhos se lembrou do aniversário, uma pontada de tristeza lhe atravessou o peito.

— O aniversário da mamãe é no dia quinze de julho do calendário lunar. Falta meio mês ainda — Nilza Santos, que permanecia em silêncio, falou de repente.

Marcelo Santos e Jacó Santos sentiram-se imediatamente constrangidos.

Eles, os irmãos, haviam esquecido completamente o aniversário da mãe, enquanto a irmã lembrava com nitidez.

Maria Luíza Santos olhou de relance para os três irmãos, e seu tom foi mordaz:

— Vocês são mesmo filhos exemplares para a avó.

Os três coraram, envergonhados por serem repreendidos publicamente por alguém mais jovem.

No entanto, não podiam culpar Maria Luíza Santos; afinal, foram eles que se esqueceram do aniversário da mãe.

— Já que vocês não têm planos, eu mesma vou organizar a festa da vovó — anunciou Maria Luíza Santos com tranquilidade. — Alguém tem alguma objeção?

Marcelo Santos se alarmou ao ouvir aquilo: