Doce Vingança de Lúmina: A Filha Perdida da Família Santos romance Capítulo 159

Dona Eliane ficou em silêncio, apenas lançou um olhar significativo.

Quem, em sã consciência, leva dinheiro vivo como presente de aniversário?

Nem sequer pensou em escolher um presente?

Samuel Ferreira pareceu perceber o que se passava na cabeça de Dona Eliane. Um leve sorriso surgiu no canto dos seus lábios.

— Eu até pensei em escolher um presente, mas cheguei à conclusão de que, por melhor que fosse, não superaria o da Maria. Meu presente, portanto, tinha que ser diferente do dela. Dar dinheiro é o mais apropriado.

Na verdade, ele tinha pensado em dar um cheque.

Mas, com receio de que Dona Eliane não aceitasse, resolveu entregar dinheiro em espécie mesmo.

Dona Eliane hesitou:

— Isso...

— Aceita logo. — Dona Ana Ferreira lançou um olhar severo para Samuel Ferreira. — Ele só sabe fazer essas coisas esquisitas. Se você não aceitar, aposto que ele vai largar o dinheiro aqui no hotel e sair andando, sem olhar pra trás.

Que ironia!

Esse neto azarado: no meu aniversário me dá cinquenta milhões.

No de Dona Eliane, dá cem milhões.

Ainda bem que ela e Dona Eliane têm uma boa relação, senão teria passado mal de tanta raiva ali mesmo.

— Então eu aceito. — Dona Eliane, ainda relutante, acabou aceitando o presente.

Depois, pensaria numa forma de devolver.

Samuel Ferreira sorriu de canto e trocou um olhar com Maria Luíza Santos, pedindo aprovação como um garoto travesso.

Maria Luíza Santos nem deu atenção. Já era adulto e continuava tão infantil.

Enquanto Maria Luíza Santos sorria, do outro lado do salão, nas mesas da família Santos, o clima era pesado e constrangedor.

Todos olhavam para os próprios presentes, sentindo o rosto arder de vergonha.

Como entregar esses presentes agora?

Logo no início, Maria Luíza Santos já havia dado vários presentes magníficos. Os deles, perto disso, pareciam insignificantes.

Francisco Santos lançou um olhar discreto para os familiares, pegou seu presente e se dirigiu até Dona Eliane.

— Vovó, este é o meu presente. Não tem o mesmo valor da pedra preciosa da minha irmã, mas é um terço de contas. Sei que a senhora é devota, então espero que Buda lhe traga saúde e paz.

O terço não custara mais do que vinte mil.

Ele até queria dar algo mais precioso, mas não tinha dinheiro.

O dinheiro que Maria Luíza Santos lhe dera — cem milhões — já estava todo investido na empresa.