Doce Vingança de Lúmina: A Filha Perdida da Família Santos romance Capítulo 314

Diego Matos e Edson Matos encararam Nilza Santos com um olhar de completo espanto, demorando longos instantes para reagir.

Só depois de um bom tempo, Diego Matos finalmente voltou a si. Fitou Nilza Santos, cerrando os dentes:

— O que você disse?

Será que ele estava ficando fora de si depois de tudo o que vinha sofrendo?

Teria mesmo ouvido Nilza Santos pedir que ele a servisse?

Como aquela mulher ousava?

Nilza Santos olhou para Diego Matos sem demonstrar qualquer emoção:

— O que foi? Com apenas cinquenta anos, já ficou surdo? Eu mandei você se ajoelhar e servir a mim e à Rebeca. Entendeu direito?

— Nilza Santos! Você é mesmo desprezível, fomos casados por mais de vinte anos e você tem coragem de me humilhar desse jeito? — Diego Matos explodiu de raiva e a insultou sem medir palavras.

Nilza Santos soltou um riso frio:

— Pois é! Mais de vinte anos juntos, e só agora descubro que o homem ao meu lado era um canalha traiçoeiro, capaz até de tirar a vida do próprio filho. Você realmente é cruel, não é?

Aproximou-se e segurou o queixo de Diego Matos:

— Pense bem. Hoje à noite eu reservei este lugar inteiro. Você e Edson Matos têm obrigações a cumprir, se não servirem a nós duas, não vão conseguir bater a meta.

Quando Nilza Santos soube por Maria Luíza Santos de toda a verdade, sentiu vontade de matar Diego Matos.

Mas, ao pensar melhor, percebeu que a morte seria um castigo pequeno demais para ele.

Era preciso reconhecer que Maria Luíza Santos sabia muito bem como punir alguém.

Aquela boate era perfeita para Diego Matos e seu filho.

Acostumados a serem servidos, agora teriam que servir. Só de imaginar isso, Nilza sentia um prazer imenso.

Ainda há pouco, Maria Luíza Santos deixara claro: Diego Matos e o filho tinham metas diárias. Se não cumprissem, não poderiam comer, nem dormir.

No começo, quando chegaram, Diego Matos e Edson Matos tentaram manter a postura, mas depois de algumas “lições”, ficaram bem mais dóceis. Agora, inclusive, já estavam atendendo clientes.

— Cuidar de mim? Com esse tipo de cuidado, acho que nem minha vida ia sobrar.

— Não, não é isso, eu estou falando de verdade, quero mesmo cuidar da senhora...

Não importava quanto Edson Matos suplicasse, Nilza Santos permanecia impassível.

Sem mais alternativa, voltou-se para Rebeca Santos:

Enquanto falava, Edson Matos ajoelhou-se diante de Rebeca Santos, batendo a cabeça no chão em sinal de súplica.

Rebeca Santos, normalmente tão delicada, agora estava com o rosto gelado e indiferente:

— Aquela por quem eu tinha carinho era minha irmã de verdade, não você, um impostor. Você só me procura agora porque não consegue enfrentar minha prima. Se pudesse, nunca me pediria nada.